Traduzido para 25 línguas e com mais de um milhão de exemplares vendidos, 1001 filmes para ver antes de morrer inclui obras de mais de 30 países e revela o que há de melhor no cinema de todos os tempos. Mais de 50 críticos consagrados selecionaram 1001 filmes imperdíveis e os reuniram neste guia de referência para todos os apaixonados pela sétima arte.
Ilustrado com centenas de cartazes, cenas de filmes e retratos de atores, o livro traz lado a lado as obras mais significativas de todos os gêneros - de ação a vanguarda, passando por animação, comédia, aventura, documentário, musical, romance, drama, suspense, terror, curta-metragem ficção científica. Organizado por ordem cronológica, este livro pode ser usado para aprofundar seus conhecimentos sobre um filme específico ou apenas para escolher o que ver hoje à noite. Traduzido para 25 línguas e com mais de um milhão de exemplares vendidos, "1001 filmes para ver antes de morrer" inclui obras de mais de 30 países e revela o que há de melhor no cinema de todos os tempos.
É claro que eu, amante das duas coisas Sétima Arte e Listas , não podia deixar passar a oportunidade de trazer para vocês a lista dos filmes e os respectivos links na nossa querida mulinha que vai trabalhar sem parar por um bom tempo...rsrsrs
Lembrem-se que as datas e traduçoes dos títulos dos filmes segue a lista do livro e não do IMDb.
Sempre que necessitarem de fontes na mula é só solicitar. Abraços a todos.
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NOSSOS DIRETORES
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
486. O BANDIDO DA LUZ VERMELHA (1968)
Um assaltante misterioso usa técnicas extravagantes para roubar casas luxuosas de São Paulo. Apelidado pela imprensa de "O Bandido da Luz Vermelha", traz sempre uma lanterna vermelha e conversa longamente com suas vítimas. Debochado e cínico, este filme se transformou num dos marcos do cinema marginal.
Curiosidades
- Aclamado pela crítica como inovador, o filme soa propositalmente desconexo e foi vagamente inspirado nas proezas do marginal João Acácio Pereira da Costa.
- Frases do filme:
"Quem não pode nada tem mais é que se esculhambar."
"Posso dizer de boca cheia: eu sou um boçal."
- Rogério Sganzerla foi homenageado no Dia Nacional da Cultura e do Cinema Brasileiro, em 5 de novembro de 2003, com a exibição do longa-metragem.
Crítica
O Bandido da Luz Vermelha, primeiro longa-metragem do jovem cineasta Rogério Sganzerla que com 22 anos inaugura no Brasil uma nova escola cinematográfica, o Cinema Marginal. Antes de se tornar diretor, Rogério já era respeitado como crítico de cinema do Jornal da Tarde e do Estadão. Com este filme ele define e inova os moldes estéticos de um tipo de cinema que não se preocupa com a claridade dos fatos, filmes que buscam explodir com linguagem e mostrar uma relação totalmente pessoal da imagem com o Cinema, a Política, a Arte e a Vida.
“Movimento” instaurado posteriormente ao Cinema Novo, ambos tinham alicerces ligados ao Neo-Realismo Italiano, porém o Cinema Novo era ligado à cultura Brasileira (cangaceiros, negros, pobreza) enquanto que o Cinema Marginal tinha uma proposta mais experimental, era ligado a várias artes, ligado ao anarquismo (os meios de comunicação de massas, as drogas, o psicodelismo, o nonsense em geral).
Fanático por Orson Welles e Godard, Sganzerla começa seu filme com uma homenagem ao diretor francês. Ao invés de créditos iniciais convencionais, o filme inicia com um painel luminoso na qual se movimentam por ele as informações. Começa com “um filme de cinema de” e logo após o nome de toda equipe que idealizou o filme. Paulo Vilaça (Jorge) faz o papel principal, o roteiro do filme foi baseado na vida de João Acácio Pereira da Costa, bandido catarinense que atormentou a polícia paulista na década de 60.
Helena Ignez (Janete Jane) que futuramente casaria com o diretor e seria a musa do Cinema Marginal cria um estilo de atuar debochada, extravagante. Ela faz o papel de uma prostituta que se torna a relação mais pessoal entre o assassino e as pessoas. Um momento que o assassino deixa de matar e começa a amar. O filme feito em um estilo documentário utiliza sempre de recursos da comunicação em massa (rádio, TV) sempre com um tom debochado, uma narração policial sensacionalista.
O matador nos lembra o poeta de Terra em Transe que com técnicas extravagantes consegue invadir mansões na capital paulista sempre com uma lanterna vermelha e sempre a manter um diálogo com suas vítimas. Um anti-herói que na história real só era odiado pelos policiais, o povo de um certo modo o amava, os lembrava um Robin Hood moderno que ao invés de distribuir o dinheiro roubado aos pobres, distribuía seu sêmen à burguesia.
O desfecho se dá com mais uma homenagem a Godard, dessa vez a Pierrot le fou, o bandido finge ter sido baleado pela polícia e cambaleia a gargalhadas, ironizando o medíocre serviço da polícia que não consegue e nunca conseguirá pegá-lo. Dessa vez ele não se suicida com uma dinamite como no filme de Godard, mas morre eletrocutado num lixão. Posteriormente seu corpo é achado pela polícia que duvidando ser o famoso assaltante, convoca o delegado ao local que comete o mesmo erro que o bandido e acaba morto eletrocutado e morre ao seu lado gritando ao final comicamente: “Mamãe!”
Com certeza esse filme é um marco no Cinema Brasileiro, aclamado pela crítica, Sganzerla estréia seu longa dignamente como Acossado de Godard e Accatone de Pasolini. O Bandido da Luz Vermelha satiriza tudo e a todos redefine os moldes conservadores e cria os futuristas. Genialmente editado, torna-se o expoente máximo do Cinema Marginal.
por Lucas Murari - Cineplayers
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O.Bandido.Da.Luz.Vermelha.(1968).DVDRip.XviD.avi
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Olá Alex,
ResponderExcluirÉ incrível e muito gratificante descobrirmos que existem outras pessoas/blogs que estão na mesma saga nossa. Assistir os 1001 Filmes e compartilhar essa experiência nos nossos espaços virtuais.
Descobrimos seu site, pois deixamos no nosso uma solicitação de ajuda para acharmos alguns filmes que não havíamos encontrado, e um leitor anônimo deixou a indicação do seu link.
Realmente, será muito útil seu site, primeiro por ter o mesmo foco que o nosso, segundo, por termos a possibilidade de trocar informações e conhecimentos a cerca dos filmes.
Obrigado por essa oportunidade e sinta-se a vontade para visitar-nos e participar no 'http://oteatrodavida.blogspot.com'.
Aproveito para comunicá-lo que colocamos seu blog no nosso blogroll, se puder e quiser, ficaríamos feliz em ter o nosso aqui também.
Abraços,