


Joe Morse (John Garfield) é um inescrupuloso e ambicioso advogado que, epresentando o chefe do crime Ben Tucker (Roy Roberts), quer unificar todo os controladores de jogos ilegais em uma única e poderosa organização. Para fazê-lo sem o uso da violência e sem transpor nenhuma lei, Joe precisará acabar com todos os pequenos empresários do crime. Mas entre eles está seu irmão mais velho Leo Morse (Thomas Gómez). Leo é a mola mestra do plano, pois o colapso consiste em usá-lo como bode expiatório para levar toda a culpa pela tramóia. Joe agora se encontra encurralado, já que agora precisará escolher entre a fortuna ao lado de Tucker ou o bem-estar financeiro de seu irmão. Filme que marca a estréia do diretor Abraham Polonsky.
Curiosidades
- O diretor-roteirista Abraham Polonsky (1910-99) estreou com esse filme, mas entrou para a lista negra do McCarthismo, só voltando a dirigir novamente (exceto por poucos trabalhos sem receber créditos) duas décadas depois, com "Willie Boy" (1969). A assistência de direção é do futuro diretor Robert Aldrich.
- Em 1994, Força do Mal foi selecionado para preservação no Arquivo Cinematográfico Nacional dos EUA (United States National Film Registry) pela Biblioteca do Congresso por ser "culturalmente, historicamente e esteticamente significante".
Crítica
Já muito foi dito sobre a profunda influência que Force of Evil teve no Cinema americano dos 70s, com Coppola e sobretudo Scorsese a elegerem este filme como uma das grandes influências para algumas das obras-chave de ambos. E de facto para um filme de 1948, Force of Evil está profundamente à frente de tudo o que foi feito durante essa década, conseguindo-se facilmente 'sentir' o filme como um pós-Noir que está a criar as novas 'regras' temáticas da posteriores gerações de realizadores americanos (e não só).
Se o Film Noir foi de facto um dos géneros mais inovadores e criativos do cinema americano, é na obra de Abraham Polonsky que todos os sentimentos de culpa, remorso e sobretudo a tentativa de redenção são mostrados de uma forma magnanima, deixando o seu torpor de uma forma perfeita e causando uma angústia como poucas vezes sentidas no Cinema americano, sobretudo devido à 'interacção' entre John Garfield (num dos seus melhores papéis de sempre), o irmão aparentemente na legalidade que lida com a sua profissão de uma forma corrupta, e o magnífico Thomas Gomez, o irmão que trabalha na ilegalidade mas que tenta conduzir-se moralmente através da honestidade máxima.
Force of Evil é de facto o 'filme perfeito' na forma como conta uma história onde todas as personagens são de facto culpadas, mesmo aquelas que revelam uma profunda inocência (e aqui Polonsky dá uma importância magnífica a todas as personagens, por muito 'secundárias' que estas sejam), retratando de forma verosímil a realidade da corrupção, onde não há possibilidades de 'uma mão se recusar a lavar a outra', já que todos estão embrenhados para a vida no sistema.
Para lá da espantosa forma como Polonsky conta a história de dois irmãos (the wicked and the righteous poder-se-ia dizer), que aparentemente se desprezam, mas que sem quererem conseguem deixar o sangue falar mais alto, fica um dos contos mais pujantes sobre a forma como qualquer sistema (legal ou ilegal) molda os seus intervenientes até à traição ou ao sacrifício, um dos temas mais interessantes no cinema americano, mas que poucas vezes mereceu um tratamento tão 'real' e honesto.
Um filme a ver ou rever (ou a descobrir, já que aparentemente parece algo esquecido até à poucos anos), agora com a edição de uma cópia restaurada, cortesia do Sr. Scorsese.
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