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Militante, líder de uma Organização anti-governista e ex-presidiário, organiza um assalto a uma fábrica em forma de protesto. Envolvido numa imprevisível reação dos seguranças, termina gravemente ferido e abandonado pelos amigos. Vagará sem rumo encontrando apoio entre pessoas desconhecidas, carregando a possibilidade de ter assassinado um dos seguranças. Na verdade, a culpa é o que lhe dói mais. Como sobreviver ao peso de um crime? Como limpar e esquecer as mãos sujas de sangue inocente?
Premiações
Vencedor do BAFTA como melhor filme.
Indicado ao OSCAR por melhor edição.
Indicado no Festival de VENEZA pela direção (Carol Reed).
Curiosidades
O filme foi baseado num livro de F. L. Green e roteirizado pelo próprio escritor.
Crítica
O primeiro filme de Carol Reed após a Guerra coincide com o início do que pode ser considerada uma grande trilogia sobre Culpa e Inocência. Todas as questões morais envolvidas em O Condenado serão prosseguidas por suas próximas obras: O Ídolo Caído (1948) e O Terceiro Homem (1949). E não apenas elas, mas inúmeras outras características que conferem uma impressionante coerência ao universo dos 3 filmes. A mais notável, provavelmente, consiste na excelência técnica envolvida para a criação do suspense. Poucos cineastas conseguiram naquela época construir e sedimentar uma carreira com bases tão sólidas nesse nobre gênero cinematográfico, o que faz de Reed não apenas um conterrâneo do grande mestre Hitchcock, mas uma voz independente e notória na utilização do medo como motor narrativo.
“Em meu trabalho não existe o bem ou o mal, só inocência ou culpa.” Essa é uma das frases ditas pelo investigador em sua busca incessante contra o fugitivo, muito bem ecoada pela própria voz de Reed. Com sua discreta maneira de abordar o político através do espetáculo audiovisual no que ele pode oferecer de mais catártico, Reed compõe em O Condenado um grande leque de situações antológicas, inundadas por um sem número de personagens caricatos e inesquecíveis, cada um com uma maneira de olhar a culpa do protagonista. Aliás, esse último, numa visceral interpretação de um James Mason moribundo, nada mais será do que uma representação da própria culpa humana, uma expiação, num sacrifício e paixão cristãos, constantemente confirmados pela intertextualidade bíblica que a obra transborda.
O agonizar do homem, entremeado por inúmeras reviravoltas pelas ruas irlandesas, tão bem exploradas nos expressivos jogos de luz e sombra, fazem desse filme um dos exercícios mais físicos de Reed. Toda a inquietação moral e ética sobre o crime se delineará através de uma filmagem em incessante e rigorosa ação, encontrando no cinema o escape perfeito para perguntas que não calam na alma. Reed, consciente de seu lugar na sétima arte, tirará proveito como poucos dessa linguagem. Nesse sentido, ele é um grande culpado.
nandodijesus
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Odd.Man.Out.(1947).DVDRip.XviD.srt
(postado originalmente por nandodijesus no MKO)
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