Traduzido para 25 línguas e com mais de um milhão de exemplares vendidos, 1001 filmes para ver antes de morrer inclui obras de mais de 30 países e revela o que há de melhor no cinema de todos os tempos. Mais de 50 críticos consagrados selecionaram 1001 filmes imperdíveis e os reuniram neste guia de referência para todos os apaixonados pela sétima arte.

Ilustrado com centenas de cartazes, cenas de filmes e retratos de atores, o livro traz lado a lado as obras mais significativas de todos os gêneros - de ação a vanguarda, passando por animação, comédia, aventura, documentário, musical, romance, drama, suspense, terror, curta-metragem ficção científica. Organizado por ordem cronológica, este livro pode ser usado para aprofundar seus conhecimentos sobre um filme específico ou apenas para escolher o que ver hoje à noite. Traduzido para 25 línguas e com mais de um milhão de exemplares vendidos, "1001 filmes para ver antes de morrer" inclui obras de mais de 30 países e revela o que há de melhor no cinema de todos os tempos.
É claro que eu, amante das duas coisas Sétima Arte e Listas , não podia deixar passar a oportunidade de trazer para vocês a lista dos filmes e os respectivos links na nossa querida mulinha que vai trabalhar sem parar por um bom tempo...rsrsrs
Lembrem-se que as datas e traduçoes dos títulos dos filmes segue a lista do livro e não do IMDb.
Sempre que necessitarem de fontes na mula é só solicitar. Abraços a todos.

NOSSOS DIRETORES

sábado, 22 de outubro de 2011

541. CORRIDA SEM FIM (1971)

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Dois jovens taciturnos atravessam o sudoeste americano a bordo de um Chevy 55 cinza. Uma garota que vive sem rumo se junta a eles em sua viagem, até que no caminho deles surge um possante GTO 70 amarelo conduzido por um quarentão. Eles lhe propõe uma aposta, o primeiro que entre eles atingir Washington ganha o veículo do outro...

Crítica
"Revi por estes dias essa obra de Monte Hellman. Já a tinha assistido em um passado tão remoto para mim, que não me ficara quase que nenhuma lembrança, tampouco entendimento sobre o que vira. É tempo de acertar as contas com a obra e também de perceber que o amadurecer nos traz, às vezes, uma maior compreensão.

A história é de uma simplicidade impar, mas seu diretor consegue durante a projeção fazer um retrato de uma época e efetua uma crítica sem precedentes ao país em que vivia. Os fins dos anos 60 foram uma época de contestação no mundo todo e em especial dentro dos EUA. Monte Hellman abandona logo aquilo que seria o alicerce de sua história: a aposta entre os competidores, a própria disputa em si. O que existe aqui é uma desconstrução da narrativa clássica. Não se trata apenas de se colocar em uma posição contrária ao que vigorava na época, nem de se fazer surgir a chama da revolta contra o status quo. O diretor opta por uma desdramatização. Os personagens que nos surgem na tela nada reinvidicam. Contentam-se com seus bólidos em devorar distâncias e o tempo num road movie existencialista. Notemos que o filme não nos traz nenhum nome próprio. Os personagens são conhecidos e descritos nos créditos como Condutor, GTO, Mecânico, Garota, etc. A trajetória dos quatro personagens principais é destituída de qualquer sentido de função, objetivo.
A garota que surge do nada e que muda de habitáculo a seu bel prazer, não se prendendo a nada, nem a ninguém. Notem que ela deixa parte de sua casa (uma das duas mochilas que carregava) quando sobe a garupa de um jovem e abandona a troupe. Somente em um momento é definido o modo de pensar dessa garota. Quando o condutor em um determinado momento fala do modo de vida das formigas que vivem em um estado embrionário até que eclodem para se reproduzir. Ela fala de modo lacônico que a vida é mais do que isso. Estaríamos presos a idéia que o objetivo da existência se resume a uma reprodução sem outro objetivo que não a sobrevivência da espécie?

Os diálogos entre motorista e mecânico se restringem apenas aqueles destinados a falar dos carros e de sua mecânica. Tudo exterior, a solidão é que impera. Não se estabelece comunicação entre seus interiores. Parecem de certa forma autistas, por não conseguirem se expressar.

Já o quarentão GTO é um mitômano. Nada que sai de sua boca é confiável. Ele reinventa sua vida de acordo com os ouvintes que se sentam como carona. Quando os rivais se postam no mesmo carro e GTO começa a disparar suas “verdades” ouvimos um seco “não me interessa” disparado pelo Motorista. Não existe relacionamento entre os personagens. Mesmo a única cena de sexo, parece reforçar a idéia de que o medo do envolvimento é grande. O condutor aguarda do lado de fora, o que reforça a solidão que envolve esse personagem e os demais.

O que me fascina mais que tudo o já dito é essa visão de um road movie, sem sexo, drogas ou violência, em uma época onde os choques de idéias se fizeram presente em manifestações por vezes violentas. Hellman talvez soubesse que as drogas foram aceitas pelo sistema para obrigar os soldados a minimizarem quaisquer resquícios morais ou de cunho religioso que os impedisse de se tornar máquinas de matar (vivíamos a Guerra do Vietnã). E a não violência pregada na obra, era uma alfinetada contestatória ao que ocorria na época. Também a idéia deles caminharem do Oeste para o leste não é gratuita. De certa forma serve para reforçar a idéia de desconstrução histórica (a colonização deu-se no caminho inverso). Os personagens que surgem na estrada ou que pegam carona com GTO, servem para nos enquadrar na época que a obra surgiu. O hippie que pede para descer quando GTO quer impor seu ponto de vista (real ou imaginário), o homem que o ouve enfadado, quase dormindo (alheio ao que ocorre a sua volta) ou a velha e sua neta que ficou órfã de pai e mãe devido a um motorista imprudente (crítica velada aos excessos daquela época) demonstram que a obra é imparcial, o que a faz até o dia de hoje atual e impactante."

por Conde Fouá Anderaos em Cineplayers

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540. SOB O DOMÍNIO DO MEDO (1971)

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Tudo o que o pacato matemático americano David Sumner queria quando se mudou para uma fazenda no interior da Inglaterra com sua jovem esposa Amy era paz e tranqüilidade para terminar seu livro.
Mas seu sonho de encontrar o lugar perfeito se desfaz quando os homens que contratou para reformar sua garagem começam um jogo de intimidação e medo, progressivamente invadindo sua casa e desrespeitando o casal. David vai ser posto em uma dura provação e será levado até o limite para defender seu lar, sua honra e sua esposa.

Curiosidades
- Adaptado do romance The Siege of Trencher's Farm, de Gordon Williams.
- O título original, Straw Dogs (Cães de palha), foi tirado do livro sagrado Tao Te Ching, escrito pelo filósofo chinês Lao Tzu (século VI a.C).
- Roger Spottiswoode (diretor de Sob Fogo Cerrado e 007 - O Amanhã Nunca Morre) divide os créditos de montagem com Paul Davies e Tony Lawson.
- Por sua extrema violência, Sob o Domínio do Medo teve seu lançamento em vídeo proibido na Inglaterra até 2002.
- Jennie Linden recusou o papel principal do filme
- Dustin Hoffman, que não é fã de filmes violentos, admitiu que só atuou por dinheiro.
- Sam Peckinpah estava insatisfeito com a reação dos outros atores na cena em que o personagem de Dustin Hoffman entra no bar. Ele decidiu gravar uma esquete na qual Hoffman entrou sem calças. A reação dos atores nessa esquete foi inserida no filme.
- Refilmado em 2011 (lançamento previsto para 21/10 no Brasil) com James Marsden no lugar de Dustin Hoffman.

Premiações
- Indicado ao Oscar em 1972 na categoria de Melhor Trilha Sonora Original (Jerry Fielding)
- Venceu na Categira de Melhor Direção no Kansas City Film Critics Circle Awards.

Crítica
John Lennon decretou o fim do sonho em 1970. No ano seguinte, Hollywood deu a sua própria versão dessa sentença através de um punhado de filmes transgressores e polêmicos. “Laranja Mecânica”, de Stanley Kubrick, e “Operação França”, de William Friedkin, mexeram com as platéias, mas ainda conseguiram manter uma certa postura mainstream, o que permitiu que ambos fossem candidatos ao Oscar de melhor filme (o segundo ganhou). Enquanto isso, o mais incendiário dos filmes de 1971 ganhou injustamente o ostracismo. “Sob o Domínio do Medo” (Straw Dogs, EUA), de Sam Peckinpah, é uma obra-prima de múltiplos e ricos significados que – pecado mortal – assume uma arrogante postura amoral.

Peckinpah, considerado por muitos críticos um cineasta tão talentoso quanto irascível, já havia feito pelo menos um filme impecável, o faroeste “Meu Ódio Será Tua Herança”. Mas a película, vista como um canto de cisne do Velho Oeste, transportava a complexa filosofia de violência de Peckinpah para um tempo e um espaço que camuflavam a verdadeira reflexão pretendida por ela. O tema de Peckinpah, que ressoa em todos os filmes que dirigiu, é a inadaptação social. A violência mostrada de forma visualmente estilizada, que perpassa as obras e constitui a assinatura estética do diretor, surge como conseqüência do isolamento a que os marginais de Peckinpah são submetidos pelo meio social em que vivem.

“Sob o Domínio do Medo” escandalizou platéia e crítica, sofrendo todo o tipo de acusação, na época em que foi lançado. A renomada Pauline Kael, maior autoridade da crítica de cinema nos EUA, gostou do filme, mas chamou-o de fascista. Andrew Sarris, outro estudioso de prestígio, achou-o machista. Na Inglaterra, país que serve de cenário para a história, “Sob o Domínio do Medo” teve o lançamento em vídeo proibido até o ano de 2002. Essa foi a punição social dada a Peckinpah por ousar fazer um filme antisocial. Cru, violento, “Sob o Domínio do Medo” exibe cenas dantescas de estupro e morte sem suavizá-las, e ainda por cima se recusa a explicá-las. O lona-metragem é uma espécie de antepassado do francês “Irreversível”, só que com personagens muito mais ricos.

A chave para compreender o filme de Sam Peckinpah está justamente nos personagens. Eles são tão complexos e tridimensionais quanto seres de carne e osso. O roteiro, criado por David Zelag Goodman em parceria com Peckinpah, impede que o espectador simpatize com qualquer um deles. Todos, sem exceção, são párias sociais, só que de espécies diferentes. Eles tomam decisões erradas, e é a reunião desse conjunto de más escolhas que leva os habitantes da pequena aldeia rural da Inglaterra, onde o filme é ambientado, a viver uma explosão incandescente de violência transformada em tragédia coletiva.

O matemático David Sumner (Dustin Hoffman) é um pacato cidadão norte-americano, recém-casado, que se muda para o vilarejo em busca de paz para trabalhar. A aldeia é a cidade natal da mulher de Sumner, Amy (Susan George), uma garota jovem, sensual e atrevida. Os dois não vivem um bom momento conjugal, algo que a razoável distância intelectual entre os dois (as partidas de xadrez jogadas na cama deixam isso claro) apenas amplia.

Sumner está em ambiente hostil. No meio de homens rudes, beberrões e semi-letrados do local, é tratado a gargalhadas. Todos os vêem como covarde, especialmente o bando que contrata para consertar sua garagem, que inclui um ex-namorado de Amy. David percebe o problema, vive tenso, mas não consegue reagir. É um tímido incurável, um vulcão adormecido que, como o filme indica desde o começo, está prestes a explodir.

Quando os desordeiros começam a assediar a entediada Amy, David acha que a culpa é dela. “Eles só faltam me comer com os olhos”, reclama a garota, a certa altura. “Quem se veste desse jeito não devia esperar outra coisa”, retruca o matemático, sem sequer levantar os olhos para a esposa. Ele não percebe que as minissaias são uma maneira que a solitária Amy encontrou para implorar pela companhia do marido ausente. Mas os olhares que ela atrai vêm de outros.

A narrativa de “Sob o Domínio do Medo” cresce em tensão a cada seqüência. A fotografia suja de John Coquillon, repleta de tons de terra, contribui para isso. A ambientação decrépita, contudo, tem um contraponto forte, que é a edição sofisticada, com vários momentos antológicos. A assinatura visual do diretor – as cenas de violência extrema filmadas em câmera lenta – aparece várias vezes, mas com menos destaque do que em “Meu Ódio Será Tua Herança”. Há uma chocante cena de estupro em que a montagem paralela é utilizada com eficiência para contrapor as reações distintas de dois personagens.

O recurso é repetido poucos minutos depois, em uma variação ainda mais refinada: uma das ações mostradas (o mesmo estupro) ocorre horas antes da outra (uma quermesse), mas ambas ganham novos significados quando colocadas lado a lado. Peckinpah estava, em “Sob o Domínio do Medo”, no melhor de sua forma. O tratamento que ele reserva para a longa e sangrenta seqüência final, quando David finalmente perde as estribeiras e parte para a porrada, permite diversas leituras – uma característica das melhores obras de arte, que sempre permitem abordagens diversas sem perder a qualidade.

Alguns críticos propõem uma visão mais antropológica do longa-metragem, vendo David Sumner como uma metáfora dos Estados Unidos: reservado, excêntrico, mas explosivamente violento quando vê seu espaço ameaçado. Outros lêem a trajetória do protagonista como uma fábula sobre o animal adormecido que existe dentro de cada um de nós, e que repentinamente acorda quando nos libertamos das amarras sociais que definem nosso comportamento. “Sob o Domínio do Medo” funciona das duas formas (e outras mais), além de ser excelente cinema.

Embora tenha virado artigo maldito, o longa-metragem tornou-se material de adoração em círculos restritos de cinéfilos. Não é possível imaginar obras atrevidas como “Taxi Driver” ou “Clube da Luta” sem pensar antes em “Sob o Domínio do Medo”. Talvez por isso, o longa ganhou em 2003 uma edição caprichadíssima da Criterion Colection, nos EUA. Imagens brilhando de novas, no corte original, e som Dolby Digital Mono 1.0 sem chiados ou ruídos são apenas a porção obrigatória do disco. O material extra também, ou sobretudo, é de primeira qualidade.

por Rodrigo Carreiro em Cinereporter

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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

539. A ÚLTIMA SESSÃO DE CINEMA (1971)

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Entre a 2ª Guerra Mundial e a Guerra da Coréia dois jovens, Duane Jackson (Jeff Bridges) e Sonny Crawford (Timothy Burrows), vivem em Anarene, uma pequena cidade no Texas. Eles se parecem fisicamente, mas mentalmente e emocionalmente vivem em diferentes planos, sendo que enquanto Duane é agressivo, Sonny é bem mais sensível. Boa parte do tempo deles é passado no cinema e no salão de sinuca. Enquanto Duane tenta se firmar freqüentando festas de embalo, Sonny é iniciado no sexo por Ruth Popper (Cloris Leachman), a frustrada esposa do seu treinador. Porém, independente do que aconteça, a cidade está morrendo silenciosamente e lentamente.

Premiações
*Oscar 1972 - Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood, EUA
- Vencedor nas categorias de Melhor Ator Coadjuvante (Ben Johnson)e Melhor Atriz Coadjuvante (Cloris Leachman).
- Indicado nas categorias de Melhor Fotografia, Melhor Filme, Melhor Direção (Peter Bogdanovich), Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Ator Coadjuvante (Jeff Bridges), Melhor Atriz Coadjuvante (Ellen Burstyn).

*BAFTA 1973 - Academia Britânica de Cinema e Televisão, Inglaterra
- Vencedor do Prêmio de Melhor Roteiro Adaptado, Prêmio de Melhor Ator Coadjuvante (Ben Johnson)e do Prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante (Cloris Leachman).
- Indicado aos Prêmios de Melhor Filme, Melhor Direção (Peter Bogdanovich)e Melhor Atriz Coadjuvante (Eileen Brennan)

*Globo de Ouro 1972 - EUA
- Vencedor na Categoria de Melhor Ator Coadjuvante (Ben Johnson).
- Indicado nas Categorias de Melhor Filme - Drama, Melhor Direção (Peter Bogdanovich), Melhor Atriz Coadjuvante (Ellen Burstyn e Cloris Leachman)e Melhor Revelação Feminina (Cybill Shepherd)

*NYFCC Award 1971 - Círculo dos Críticos de Cinema de Nova York, EUA
- Vencedor dos Prêmios de Melhor Roteiro, Melhor Ator Coadjuvante (Ben Johnson), Melhor Atriz Coadjuvante (Ellen Burstyn).

*APCA Trophy 1973 - Associação Paulista de Críticos de Arte
- Vencedor do Prêmio de Melhor Filme Estrangeiro (Peter Bogdanovich)

Curiosidades
- O ator John Ritter esteve cotado para interpretar o personagem Sonny Crawford.
- As atrizes Sissy Spacek e Morgan Fairchild estiveram cotadas para interpretar a personagem Jacy Farrow.
- Estréia de Cybill Shepherd no cinema.
- A atriz Cybill Shephard foi contratada tendo a opção de se recusar a rodar cenas de nudez, se assim quisesse. Shepherd apenas concordou em realizar cenas de nudez para A Última Sessão de Cinema após consultar outras três atrizes do elenco, Ellen Burstyn, Cloris Leachman e Eileen Brennan. Todas concordaram que Shepherd deveria realizar as cenas.
- Toda a trilha sonora do filme, com exceção dos créditos de encerramento e da banda tocando ao vivo na festa de Natal, é tocada como música de fundo através de rádios, jukeboxes ou vitrolas portáteis.
- A versão especial contém 7 minutos de cenas extras, que não foram incluídas na versão original do filme.
- O orçamento de A Última Sessão de Cinema foi de US$ 1,3 milhão.
- Seguido por Texasville (1990).

Crítica
Permanecer imóvel diante das profundas e intensas mudanças ocorridas no mundo durante os fins dos anos 60 e começo dos 70, não era o objetivo de Hollywood. Era necessário mostrar ao revolucionário cinema europeu que também sabia fazer filmes tão sérios quanto eles. Produções fantasiosas como os Westerns, Musicais , Gangsters entre outros gêneros, com suas histórias de vilão e mocinho, enredos ingênuos e cheio de fantasias , foram deixados de lado. Já não havia muito espaço para o glamour e o melodrama.

Surgiram cineastas comprometidos em criar um caráter mais autoral às produções hollywoodianas, e as atenções voltaram-se para a realidade, abordando a vida cotidiana das pessoas nas grandes ou pequenas cidades. Teríamos agora , anti-herois, protagonistas ambivalentes, em lugar de heróis impecáveis. O ser humano seria mostrado com todos os seus defeitos. Teríamos ate filmes fazendo reflexões existenciais em plena Hollywood. Entre os diretores autorais surge Peter Bogdanovich e sua obra-prima A ÚLTIMA SESSÃO DE CINEMA.

Baseado no romance de Larry Mcmurtry, e vencedor de 2 oscars ( ator e atriz coadjuvantes ), A ultima sessão de cinema é mais um dos novos filmes incluidos pelos críticos da AFI na nova atualização da lista dos 100 melhores. Se a escolha foi justa ou não, particularmente, é uma afirmação dificil de ser feita, pois o clássico de Bogdanovich não despertou grandes elógios de minha parte, mas tem um tom autoral que raramente filmes Hollywoodianos possuem.

Não é um filme inesquecível, emocionante ou apaixonante para se ver várias vezes: é apenas uma rara obra de arte poética, impessoal, e objetiva produzida por Hollywood. Assim como Antonioni mostra o tédio da burguesia em filmes como a Aventura (60) , Bognadovich o faz neste: a vida tão monótona e vazia de pessoas sem perspectiva alguma em uma pequena cidade do Texas. A história de jovens adolescentes e suas descobertas e a história dos mais velhos e suas perdas.

É claro, ao explorar o tédio, o filme também passa a se mostrar cansativo, lento, vazio, e chato para muitos. Mas é inegavel a beleza da fotografia e direção de arte. O talento de um bom elenco e a escolha perfeita da linda atriz Cybil Shepherd, como a jovem e sedutora Jacy. Quem naquela pequena cidade resistiria a tanta beleza? Cybil Shepherd compensa toda a monotonia do filme, e foi o que me motivou a assistir a este clássico dos anos 70 ( fiquei encantado ao vê-la em Táxi- Driver).

Enfim, é um filme que não assemelha-se a um filme hollywoodiano, não é um filme sobre cinema como diz o título ( o cinema da cidade serve apenas como uma metáfora para indicar a decadencia dos personagens, já que o local acaba falindo e fechando suas portas), não possui uma trilha sonora, escutamos apenas as músicas tocadas no rádio, tem um ótimo elenco e uma linda Cybil Shepherd, o suficiente para prender a atenção do espectador.

por Jackson Moreira Ferreira em Cineplayers

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domingo, 16 de outubro de 2011

538. SWEET SWEETBACK'S BAADASSSSS SONG (1971)

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"Sweetback" (Melvin Van Peebles), um malandro que ganha a vida como garoto de programa, precisa fugir das autoridades após defender outro jovem negro da agressão de dois policiais racistas.

Curiosidades
- Considerado o primeiro filme do gênero "blaxpoitation", tendo precedido Shaft em alguns meses.
- Nenhum estúdio de Hollywood financiaria este filme, com nudez, violência e um elenco composto quase que exclusivamente de negros. Por isso o ator/escritor/diretor Melvin Van Peebles financiou o filme ele mesmo, auxiliado por um empréstimo de US$50.000 de Bill Cosby.
O filme tornou-se um sucesso, gerando US$15 milhões.
- Melvin Van Peebles contraiu gonorréia de uma das atrizes durante as filmagens de uma das cenas de sexo no filme. Assim, ele pediu compensação do Directors Guild, em razão de "doença trabalhista" e usou o dinheiro para comprar mais rolos de filmes.

(Algumas informações retirada do post de Pedro Miranda do MKO)


BLAXPOITATION

Blaxploitation foi um movimento cinematográfico norte-americano que surgiu no início da década de 1970. A palavra é um portmanteau de black ("negro") e explotaition ("exploração").
Os filmes blaxploitation eram protagonizados e realizados por atores e diretores negros e tinham como publico alvo, principalmente, os negros norte-americanos. Atores/atrizes como Pam Grier que se consagraria em Coffy (1973) de Jack Hill e 18 anos depois, em Jackie Brown de Quentin Tarantino, Richard Roundtree de Shaft, o campeao de caratê Jim Kelly que contracenou com Bruce Lee em Enter the Dragon, se destacaram como os principais artistas deste gênero. Shaft, dirigido por Gordon Parks lançado em 1971 com orçamento da MGM, foi o filme que mais se popularizou no genero. Outros classicos da blaxploitation tambem se destacaram, como Sweet Sweetback's Badaaass Song dirigido por Melvin Van Peebles em 1971, Superfly e Trouble Man, de 1972, Black Caesar, de 1973 dirigido pelo consagrado Larry Cohen, Coffy e Cleopatra Jones, de 1973, Black Belt Jones, Willie Dynamite e Foxy Brown, de 1974, Bucktown e Dolemite, de 1975, Black Samurai, de 1977, entre outros.
As trilhas sonoras dos filmes blaxploitation eram compostas por musicos, arranjadores e produtores musicais consagrados da musica negra norte americana como Curtis Mayfield, Isaac Hayes, James Brown, Quincy Jones, Barry White, Marvin Gaye,Willie Hutch entre outros.

537. O SOPRO NO CORAÇÃO (1971)

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Laurent, de 15 anos de idade, vive em Dijon no seio de uma família burguesa de tradições rígidas. Não se dá muito bem com seu pai, nem com seus irmãos. É apaixonado por sua mãe, Clara, mulher muito livre que está cansada do marido. Laurent está naquela idade quando tudo é revolta. É a transição da infância para a adolescência, são as primeiras experiências sexuais. depois de uma escarlatina, contrai um problema no coração, e vai se tratar em uma estação climática, acompanhando de sua mãe. Longe de casa, com todo o tempo do mundo só para eles, aprofundam essa relação de paixão que os une.

Premiações
Indicado ao Oscar de Roteiro Original em 1973.
Indicado ao Palma de Ouro em 1971

Crítica
O Sopro no Coração, ou de como tratar um tema-tabu com o máximo de elegância. O filme de Louis Malle, que reestréia com cópia nova, provocou escândalo em seu tempo. Motivo: ainda que com luvas de pelica, trabalha com o mais poderoso interdito da civilização, o incesto entre mãe e filho. Toda a história que ele arma não passa de uma sensual dança de aproximação entre Clara (Lea Massari) e seu filho mais novo, Laurent (Benoit Ferreux). Tudo o mais é irrelevante.

Ou quase isso, porque tudo o mais é contexto, aquilo que justifica e intensifica o que se encontra em foco. La Massari interpreta à maravilha a mulher sensual, desenvolta, que se casou muito jovem com um médico francês - e ginecologista ainda por cima. Tudo nela respira erotismo, do sorriso ao sotaque (a personagem é, como a atriz, italiana), à maneira como anda e o jeito como mexe os cabelos. Tem amantes e a certa altura fará do próprio filho o seu confessor. Laurent se aproxima da mãe quando fica doente. Tem um "sopro no coração", que é como se denomina a disfunção clínica, seqüela de uma escarlatina -, mas claro, o mal de Laurent apresenta ressonâncias simbólicas bem mais complexas.

Malle toma um tabu universal e lhe dá uma dinâmica bem particular. A história se passa em Dijon, em 1954, durante a campanha na Argélia, quando a França enfrentava divisões internas para manter suas colônias. Direita e esquerda se engalfinhavam em campos opostos. Uma época mais liberal em termos de costumes parecia despontar. Não por acaso, os temas do filme são de Charlie Parker, o grande sax do bebop, o improvisador, o artífice da liberdade no campo musical. Bird, como lhe chamavam, dizia que seu sonho era expandir o campo da música, abri-la ao limite máximo de suas possibilidades. Parker chegou à beira do abismo. O som que fez expressa esse andar na corda bamba. E, também por isso, se presta tão bem a um filme de feitio clássico, cujo conteúdo o encaminha para a proximidade da borda.

Para o espectador de hoje, que possa talvez achar o filme meio tímido, cabe lembrar que Malle está trabalhando com o que de mais explosivo existe na relação humana. Em momento nenhum ele se afasta do que tem a dizer, nem disfarça a radicalidade do seu propósito atrás de uma elegância de fachada. Malle é elegante porque este é seu estilo e formação. Era seu jeito de ser. Era sua maneira de dirigir atores, filmar e movimentar a câmera - finésimo, ainda que tratasse do colaboracionismo com os alemães, como em Lacombe Lucien, ou da prostituição infantil, como em Garota Bonita. Sabia, por assim dizer, comer qualquer prato. E com todos os talheres.

Outro equívoco em relação ao filme seria rotulá-lo de simplesmente edipiano, o que remete à tragédia grega, olhos arrancados e morte. Malle faz uma outra leitura da atração fatal. Provavelmente por se sentir no umbral de um mundo novo, de tolerância e hábitos abertos, procurou minimizar o caráter irredutível e letal do tabu. Mas a leveza do desfecho não deve iludir. Com sutileza, Malle mexe em nitroglicerina pura.
Fonte: Estadão

(Informações Retiradas do Post de mfcorrea do MKO)
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