Traduzido para 25 línguas e com mais de um milhão de exemplares vendidos, 1001 filmes para ver antes de morrer inclui obras de mais de 30 países e revela o que há de melhor no cinema de todos os tempos. Mais de 50 críticos consagrados selecionaram 1001 filmes imperdíveis e os reuniram neste guia de referência para todos os apaixonados pela sétima arte.

Ilustrado com centenas de cartazes, cenas de filmes e retratos de atores, o livro traz lado a lado as obras mais significativas de todos os gêneros - de ação a vanguarda, passando por animação, comédia, aventura, documentário, musical, romance, drama, suspense, terror, curta-metragem ficção científica. Organizado por ordem cronológica, este livro pode ser usado para aprofundar seus conhecimentos sobre um filme específico ou apenas para escolher o que ver hoje à noite. Traduzido para 25 línguas e com mais de um milhão de exemplares vendidos, "1001 filmes para ver antes de morrer" inclui obras de mais de 30 países e revela o que há de melhor no cinema de todos os tempos.
É claro que eu, amante das duas coisas Sétima Arte e Listas , não podia deixar passar a oportunidade de trazer para vocês a lista dos filmes e os respectivos links na nossa querida mulinha que vai trabalhar sem parar por um bom tempo...rsrsrs
Lembrem-se que as datas e traduçoes dos títulos dos filmes segue a lista do livro e não do IMDb.
Sempre que necessitarem de fontes na mula é só solicitar. Abraços a todos.

NOSSOS DIRETORES

domingo, 11 de setembro de 2011

536. PERSEGUIDOR IMPLACÁVEL (1971)

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Harry Callahan (Clint Eastwood) é um policial que age além dos limites da lei, impondo sua própria filosofia para acabar com o lixo humano da cidade de San Francisco. Agora ele terá que resolver o caso de um bandido que está matando as pessoas uma a uma, e ameaça matar uma garota de 14 anos caso o prefeito não lhe pague o resgate em pouco tempo.

Comentário
Este filme de ação da dupla Clint Eastwood/Don Siegel,confirma o talento de ambos para transformar um simples filme policial num cult movie de primeira linha do cinema.Se percebermos bem,o ano de 1971 era um período muito conturbado pela Guerra do Vietnã,que assolava as fronteiras do Sudeste Asiático quando o filme fora lançado,chocando as pessoas pela temática forte em relação a atentados,sequestros,ameaça terroristas e etc.Harry Callaghan,vai justamente contra a esse status quo,utilizando-se da mesma essência dos elementos citados acima,ou seja,a política do "olho por olho,dente por dente" ou se preferirem o termo "tolerância zero" também se enquadra no contexto.Clint Eastwood a partir deste filme,se firmou como um grande ator nesse gênero do cinema e mais tarde se especializaria em outros com o mesmo talento. É um filme diferenciado pela temática,direção segura,domínio e dinâmica por parte do elenco na interpretação dos personagens,claro que o destaque fica por conta do ácido detetive Harry Callaghan.

por Luis Claudio Lima da Silveira em Cineplayers

Premiações
Indicado a Melhor Fotografia no Edgar Allan Poe Awards em 1972

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535. SHAFT (1971)

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John Shaft , um investigador durão, é contratado para localizar uma jovem adolescente que foi seqüestrada, mas acaba no meio de uma guerra entre traficantes.

Comentário
Foi um dos primeiros e é tido até hoje como um dos melhores filmes já realizados do gênero blaxploitation: com heróis negros, muita sensualidade, produção modesta, muita ação transcorrendo quase sempre no Harlem bairro nova iorquino de população predominantemente de origem africana e os negros lutando contra o crime organizado dos brancos. Shaft O Filme, com direção de Gordon Parks (que faz uma ponta no filme), traz Richard Roundtree (Seven Os Sete Crimes Capitais) no papel título e é retrato da era black power.Sucesso na época de sua estréia, teve seqüências cinematográficas e acabou também originando uma série de TV norte americana na década de 70. Destaque também para sua trilha musical que marcou época e valeu para Isaac Hayes o Oscar de Melhor Canção. Na recente volta do herói à tela, Roundtree retomou o velho papel, mas o protagonista passou a ser seu sobrinho, interpretado por Samuel L. Jackson.John Shaft é um detetive machão, de cabelo esculpido no melhor estilo black power e com correntes no pescoço. Irresistível para as mulheres, é o verdadeiro James Bond negro. Seu vocabulário, porém, está longe do utilizado pelo agente do serviço secreto de Sua Majestade: Shaft O Filme praticamente inaugurou o uso do palavreado dos guetos negros na telona, abrindo espaço para diretores como Spike Lee (Faça a Coisa Certa).

Curiosidade
O filme teve duas sequências: Shaft's Big Score em 1972, e Shaft in Africa em 1973. Esses foram seguidos pela série de tv Shaft, que tinha Roundtree como Shaft e foi ao ar pela rede de televisão norte-americana CBS de 1973 a 1974.Em 2000, foi feita uma sequência estrelando Samuel L. Jackson no papel principal. Jackson protagoniza o sobrinho do personagem de Roundtree, que retorna como John Shaft, ainda um detetive particular que tenta fazer com que seu sobrinho junte-se a ele.

Premiações
* Oscar 1972
- Vencedor na categoria de melhor canção original (Isaac Hayes)
* BAFTA 1972
- Indicado ao prêmio Anthony Asquith Award for Film Music
* Golden Globe 1972
- Vencedor na categoria de melhor Trilha Sonora
- Indicado na Categoria de melhor canção Original, e na categoria de ator recém chegado Richard Roundtree
* Grammy 1972
- Vencedor da Melhor Trilha Sonora para Filmes

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534. OPERAÇÃO FRANÇA (1971)

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Marselha, França. Um assassino profissional, Pierre Nicoli (Marcel Bozzuffi), mata um detetive francês. Paralelamente em Nova York, Jimmy "Popeye" Doyle (Gene Hackman), um detetive da polícia, e Buddy "Cloudy" Russo (Roy Scheider), seu parceiro, investigam discretamente Salvatore "Sal" Boca (Tony Lo Bianco), um pequeno comerciante, que está tendo gastos muito acima da sua renda. Cada vez existem mais indícios que grande parte da renda de Sal é ganha ilegalmente e, no processo, é ajudado pela esposa, Angie Boca (Arlene Farber). Isto os leva a descobrir que um grande carregamento de droga está para chegar no país, assim Popeye e Buddy recebem ordens para trabalhar com os agentes federais Bill Mulderig (Bill Hickman) e Bill Klein (Sonny Grosso). Acontece que Doyle e Mulderig têm desavenças, pois uma vez os instintos de Doyle falharam, o que provocou a morte do parceiro. O cérebro da operação é Alain Charnier (Fernando Rey), que esconde 60 quilos de heroína no Lincoln Continental, um carro de luxo que pertence a Henri Devereaux (Frédéric de Pasquale), um astro de cinema que, em razão da sua fama, não deverá ser importunado quando estiver filmando em Nova York. Alain contata Sal para organizar a venda da heroína, mas Doyle vigia Sal e logo começará um jogo de gato e rato.

Premiações
*Oscar 1972 (EUA)
- Vencedor nas categorias de melhor filme, melhor diretor (William Friedkin), melhor ator (Gene Hackman), melhor montagem, melhor roteiro adaptado.
- Indicado nas categorias de melhor ator coadjuvante (Roy Scheider), melhor som, melhor fotografia.
*Globo de Ouro 1972 (EUA)
- Vencedor nas categorias de melhor filme, melhor diretor (William Friedkin), melhor ator drama (Gene Hackman).
- Indicado na categoria de melhor roteiro.
* NYFCCA 1971 (New York Film Critics Circle Awards, EUA).
- Venceu na categoria de melhor ator (Gene Hackman).
*Prêmio David di Donatello 1972 (Itália)
- Venceu na categoria de melhor filme estrangeiro.
* BAFTA 1973 (Reino Unido)
- Venceu nas categorias de melhor ator (Gene Hackman) e melhor edição.
- Indicado nas categorias de melhor diretor, melhor filme e melhor trilha sonora.
* Prêmio Edgar 1972 (Edgar Allan Poe Awards, EUA)
- Venceu na categoria de melhor filme.

Curiosidades
- Steve McQueen recebeu uma proposta para atuar em Operação França, mas a recusou por já ter interpretado um policial em Bullitt (1968).- Jackie Gleason esteve cotado para interpretar Jimmy "Popeye" Doyle, mas foi vetado pela 20th Century Fox devido ao fracasso comercial de Gigot (1962). - James Caan e Peter Boyle recusaram o personagem Jimmy "Popeye" Doyle.
- Segundo o diretor William Friedkin, o colunista Jimmy Breslin, de um jornal de Nova York, foi contratado para interpretar o personagem Jimmy "Popeye" Doyle. Porém, após 3 semanas de ensaios, o diretor decidiu por substituí-lo.
- Fernando Rey foi contratado por engano para atuar em Operação França. William Friedkin queria um ator que ele lembrava ter visto em A Bela da Tarde (1967), mas não lembrava o nome. O diretor de elenco disse que era Rey, que foi então contratado. Ao encontrá-lo no aeroporto é que Friedkin percebeu que não era ele o ator que tinha em mente, além de descobrir que Rey não falava francês. Friedkin chegou a pensar em demiti-lo, mas ao saber que Francisco Rabal, o ator que tinha em mente para o papel, não estava disponível e não falava inglês, decidiu por manter Rey no elenco.
- Gene Hackman e Roy Scheider fizeram patrulha com os policiais Eddie Egan e Sonny Grosso durante um mês, antes do início das filmagens, para pegar melhor o espírito de seus personagens. Posteriormente Egan e Grosso fizeram pequenas pontas como supervisores da polícia.
- Todos os extras usados na 1ª cena no bar eram na verdade oficiais de polícia.
- A sequência de perseguição foi rodada fora de ordem, durante um período de 5 semanas.
- A batida de carro que ocorre durante a sequência de perseguição não foi planejada, mas foi mantida no filme devido ao seu realismo. O homem que teve seu carro atingido tinha deixado sua casa a poucas quadras daquele local, sem saber que ali seria rodada esta cena. Posteriormente os produtores pagaram os danos causados ao carro.
- As filmagens ocorreram entre dezembro de 1970 e fevereiro de 1971.
- Foi o 2º filme de censura R a ganhar o Oscar de melhor filme. O anterior foi Perdidos na Noite (1969).
- William Friedkin, aos 36 anos, foi o mais jovem vencedor do Oscar de melhor diretor. - Seguido por Operação França 2 (1975) e Popeye Doyle (1986).
- O orçamento de Operação França foi de US$ 1,8 milhão.

Crítica
Um dos melhores policiais urbanos que Hollywood já produziu, Operação França faturou nada mais nada menos do que cinco dos oito Oscar que disputou em 1972, inclusive filme e diretor. Serviu para impulsionar também a carreira de Hackman, em uma produção difícil, que quase não saiu do papel, por nenhum estúdio acreditar no projeto – alguns, inclusive, chegaram a recusá-lo duas vezes. Isso porque não era um filme tradicional que Hollywood estava acostumada a produzir, pois o mocinho não tinha nenhum receio de ser durão, mal educado e de utilizar da grosseria – no pior sentido da palavra – para conseguir o que quisesse, a história também não era tradicional, ou seja, poderia ser um tiro pela culatra de qualquer um. No mínimo irônico, não?Mas o filme foi produzido e conquistou tudo o que já foi citado, inclusive o carinho e a identificação do público e da crítica. William Friedkin, o diretor mais jovem a ganhar um Oscar até hoje, conseguiu, graças a sua experiência em documentários, levar as telas de forma realista a história real da maior apreensão de heroína da história americana, realizada pelo durão Popeye (vivido por Hackman) e Cloudy (Roy Scheider). Seguidos pelo instinto de Popeye, a dupla contrariou a tudo e a todos na polícia para prosseguir com o caso e tudo isso é mostrado na tela, desde quando Popeye começa a desconfiar dos traficantes em uma hilária cena no bar até o desfecho psicológico dos personagens. Aliás, esse desenvolvimento é um grande trunfo do filme, já que o roteiro não prioriza somente a ação desenfreada, como nos filmes do gênero hoje em dia, e sim há um minucioso trabalho por trás dos sentimentos, pensamentos de cada um, que convidam você ainda mais a adentrar na interessante história que está sendo contada. Digamos que seja o tempero certo para o prato perfeito.Somos apresentados a uma Nova York diferente da que estamos acostumados a ver, suja, melancólica, deteriorada. Quando os atores estavam sendo preparados, a dupla de policiais real (Popeye e Cloudy em carne e osso) os levaram para dar um ‘passeio’ por esse submundo desconhecido pela grande maioria. E foi um espanto quando se soube que, a cinco quarteirões apenas de onde um dos membros da equipe morava, havia um centro pesado de injeção de drogas. Eles visitaram o lugar, viram pessoas com seringas grudadas no braço, elásticos apertando os braços, cenas que nenhuma pessoa teria o prazer de ver. Mas lógico que essa preparação funcionou, pois os atores entraram no clima e a vontade acabar com aquilo tudo poderia ser perfeitamente transposta para a tela.Hackman deslanchou como ator depois desse filme em uma interpretação convincente e que quase o selou ao personagem. Mais uma ironia do destino, já que o diretor simplesmente não o queria como seu protagonista (típico anti-herói). Inclusive chegou a brigar com ele durante a produção, por coisas simples. O estúdio citou grandes nomes para os personagens, como Paul Newman, mas o diretor achou que isso iria tirar o realismo de seu filme, o que até concordo, mas como solução chegou a cogitar usar os dois policiais reais para se auto-interpretarem na tela, o que é um pouco demais também (Friedkin tinha umas loucuras como essas, como a história do tiro que ele deu dentro do set de O Exorcista, por exemplo). A escolha de Hackman foi perfeita, pois o ator virou símbolo do filme, mesmo que não gostasse do papel no começo. Isso mesmo, ele era bonzinho demais para o seu personagem, que é racista e grosseiro a todo o tempo. Hackman, inclusive, não tinha a menor simpatia pelo Popeye real, mas com o tempo aprenderam a trabalhar juntos e todo o brilhantismo que vemos na tela funciona em uma química perfeita com Roy Scheider, o cérebro e balança para as ações da dupla.O livro de Robin Moore foi fielmente transposto para a tela, mas com um diferencial que só o filme possui: a famosa cena de perseguição do carro ao trem suspenso pelas ruas da cidade. Essa cena foi incluída no filme porque Friedkin achou que eles deveriam fazer a melhor cena de perseguição já feita, com o objetivo de superar a de Bullit. Pegaram um carro, colocaram um motorista no banco da frente e um câmera no banco de trás e saíram correndo pelas ruas de NY a 140 por hora, gravando tudo o que acontecia. Com isso, todos os acidentes vistos na cena foram reais, a batida no ônibus, no paredão, no carro que cruzou a pista... Todas imprevistos, mas mesmo assim utilizadas no filme. Ainda bem que ninguém saiu ferido. A única parte forjada de toda a perseguição é o quase atropelamento ao carrinho de bebê. Essa cena, da perseguição, tornou-se extremamente clássica e inspirou diversos outros filmes e até alguns jogos, como os da série Driver, por exemplo.O filme é também um soco no estômago de alguns conceitos, como uma das primeiras cenas de Hackman, que ele espanca um bandido vestido simplesmente de papai Noel. É um declarado foda-se ao espírito natalino, uma crítica justamente ao que os policiais deveriam estar defendendo. Há outras cenas pesadas, como o bandido comer um pedaço de pão do morto logo depois do assassinato. O filme inteiro é cheio dessas críticas minuciosas, que podem passar despercebidas pela maioria, principalmente pelo filme desprover de uma narração explicando o que está acontecendo. O filme vai pedir sua atenção para os fatos, principalmente na parte final, na genial cena do tiro.Ah, há mais uma cena de um tiro que eu gostaria de comentar, pois causou uma certa revolta por parte dos policiais reais. Em um certo momento fictício, criado para o filme, Popeye atira pelas costas em um dos bandidos. Obviamente isso revoltou os policiais reais, que acharam que a reação do público seria ruim, uma vez que poderia ser considerado uma covardia. Mas, quando na exibição teste, para cerca de 1.000 pessoas, elas comemoraram muito no momento do tiro, Friedkin provou para os dois que estava certo ao incluir a cena na versão final do filme (ainda mais com toda a personalidade apresentada no filme dos protagonistas).Pela coragem, Operação França conseguiu uma proeza (mesmo que eu não ache justo) de bater ninguém menos que Laranja Mecânica no Oscar daquele ano. É um excelente filme, com ação na medida certa, recheado de cenas clássicas que você já viu plagiadas em algum canto com certeza. É uma obra prima da ação policial urbana. Pede a sua atenção, não subestimando ninguém com uma narração mastigada que tiraria o gostinho de interpretação de diversas cenas. Hoje em dia Popeye já não está entre nós, vítima de um câncer em 1995, mas Cloudy dá diversas entrevistas para o DVD (duas horas de extras na edição dupla, imperdível) e é, inclusive, produtor de um dos documentários. Uma pena que Friedkin, esse figurão, só tenha acertado a mão duas vezes, uma com Operação França e outra com O Exorcista, pois esse seu jeito bem louco de fazer cinema virou um marco. Olha que ele jura de pés junto que nunca teve saco para ler o livro. É um filmaço que não deve ser deixado de lado.
Por Rodrigo Cunha

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sábado, 10 de setembro de 2011

533. CARTER, O VINGADOR (1971)

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Carter trabalha como cobrador para um agiota de Los Angeles. Quando recebe a notícia da morte de seu irmão, vai para o funeral e percebe que há algo errado. Assim inicia sua busca pelos culpados.

Crítica
Fruto de uma sugestão deveras oportuna, e aproveitando a romagem à década de 70, muito particularmente ao ano de 1971, em que também surgiu "Straw Dogs", eis "Get Carter", realizado por Mike Hodges. O filme ganhou culto. Merece-o. Sobretudo, Michael Caine, admirável na composição de um violento gangster londrino, portador de uma deliciosa ironia desencantada, que ruma a Newcastle em busca dos assassinos do irmão. Desce ao submundo do crime, onde se enreda numa teia de traições, mentiras e brutalidades, com toda a imoralidade (ou amoralidade) dos 70's. A galeria de secundários é excelente, com destaque para Ian Hendry, Britt Ekland e o dramaturgo John Osborne. O filme é muito 'british' mas tem uma clara e assumida influência do cinema noir americano. Numa viagem de comboio, Jack Carter, o protagonista que dá nome ao filme, lê "Farewell, my lovely", de Raymond Chandler. A inspiração também está ligada a um filme de 1966, do inglês John Boorman, "Point Blank", obra genial, em que Lee Marvin é uma espécie de antecessor americano do Jack Carter de Michael Caine.
Fonte - O Terceiro Homem

Curiosidade
O Filme foi refilmado em 2000 com Sylvester Stallone.

Premiações
- Indicado ao BAFTA de melhor ator coadjuvante (Ian Hendry)em 1972.

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532. SALMO VERMELHO (1971)

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Salmo Vermelho, como a maior parte dos filmes de Jancsó da época, baseia-se em eventos da história húngara. Aqui trata-se de uma revolta de camponeses em 1890. Na história, um grupo de camponeses demanda do proprietário das terras em que vivem alguns direitos básicos, e todos os poderes e seus representantes - o conde proprietário das terras, o clero e o exército - tentam dissuadir os revoltosos, mas as tentativas resultam infrutíferas. Em seu ápice, a revolta assume a forma de uma celebração: os camponeses cantam e dançam em torno de uma árvore, símbolo da chegada da primavera e da fertilidade, e novas canções adquirem vida: os salmos vermelhos.

Crítica

Dois Cinemas na Hungria

Há imagens no mundo que não são de se acreditar. De verdade mesmo. E no cinema também, principalmente porque existem imagens como as que vi dias atrás, em dois filmes que, sinceramente, não se encontram palavras (e estas mesmas são nulas, assim como são inúteis quando tentam expressar sentimentos) para que se consiga acreditar ou não acreditar na natureza impressa por aquelas epifanias em movimento, de uma poesia absurda, dentro da concepção dos sentidos no ser.
Falo num filme chamado Condenação / Kárhozat, 1988, do diretor húngaro Bela Tarr, e em outro, chamado O Salmo Vermelho / Még Kér a Nép, 1972, do também húngaro Miklos Jancsó. Estes dois filmes possuem uma direção de câmera simplesmente fascinante, seguindo parâmetros puramente poéticos, que constroem, "desenhando" com as imagens, o espaço da ação, da clareza, da coesão que emana do próprio cenário que, em nenhum momento, parece ser um cenário feito para ser fotografado pela câmera.
Andrei Tarkovsky dizia que a montagem no cinema deveria obedecer uma cadeia lógica de combinações dos ritmos presentes nas diferentes imagens captadas pela câmera, dando, assim, uma unidade e fluidez ao filme, dotando-lhe um espírito e uma vida, como se fosse uma pessoa a se mover e respirar. Bela Tarr, em Condenação, radicalizou essa máxima do cineasta russo, praticamente conseguindo construir um filme todo em cima de um único ritmo: o da chuva. A chuva como objeto cênico, indissociável à imagem, uma banda sonora que não está ali apenas para um efeito estético. A chuva, a umidade(outra influência de Tarkovsky em Tarr), estão presentes no roteiro como alusões ao passado, à lentidão em esquecer, e da dor aguda de sempre lembrar do que se sente. Mas a chuva é também opressão dentro das imagens, donas de uma leveza inacreditável e de uma profundidade excepcionalmente objetiva, mas que, não curiosamente, não cessa em si.
O olhar de Tarr é lento, mas sem peso o que reforça essa objetividade que não produz imagens simples, mas que conseguem passar, pela insistência física num único plano, sem dificuldades, a significação que certos objetos têm em cena. A composição aqui é levada a um grau elevado de importância no âmbito da representação na imagem. Sim, pois como interpretar aquele enquadramento inicial, quando a câmera move-se lentamente de fora para dentro do cenário, focalizando, sem cortes, um homem de costas enquanto elementos da imagem focada no enquadramento primeiro, mesclam-se dando origem a uma imagem híbrida que evoca e alerta para uma atenção especial ao som, no decorrer do filme?
Aliás, é o som da chuva - assim como o tempo dela - que é precioso nessa poesia imagética: o tempo: numa cena, há um travelling tratando a chuva quase como fumaça dispersa, ligeira, e a câmera movendo-se para a direta, encontrando um homem, o protagonista, que parece esperar o simples posionamento final do enquadramento para ir em direção às gotas d´água, feitas penumbra, ilusão. Noutro momento, outro travelling: uma parede tem sua representação na imagem, enquanto a chuva, novamente chega e vai tomando, quase aos poucos, a sua totalidade; quando esta parede está com sua superfície imersa em água, a câmera desloca-se novamente para a direita, nesse movimento tranquilo, rítmico, passando por objetos e pessoas que parecem deslumbrarem-se com a chuva, de rostos normais, meio enfadonhos... e esta câmera continua seu percurso, entendendo a umidade da cena, o peso contrastante da chuva, até se deter numa outra parede, no outro extremo espacial da imagem, do cenário. Essa parede permanece seca, e Tarr possibilida a prática do ensinamento de Tarkovsky, sem um único corte: a água chega, deslizando de cima para baixo, nessa parede. É o tempo da chuva impresso no cinema. Mas não só esse tempo. O tempo do ser, do mover, do compreender e do sentir-se vivo. É o tempo do ser humano tal como ele deveria captar e entender.

O tempo diegético da imagem enquanto reprodutora de uma realidade que se cria sob o olhar da câmera, parece ser uma fixação explícita em O Salmo Vermelho, de Jancsó. Partindo de uma situação tensa e triste, o filme começa a traçar paralelos com a música, em seu ritmo também contínuo, impassível e liso. O uso da música é um toque na personalidade dos camponeses socialistas que protagonizam o filme: ela os firma ainda mais no seu chão, na sua terra, nas idéias, criando momentos de interlúdios musicais não deslocados e ditados pela ação. A ação pede determinada canção, que executada dentro da própria composição(e não acima dela), estreita os laços entre os personagens(que, vale ressaltar, são conhecidos pelos seus rostos, apenas) e caracterizam seu pensar.
A construção de movimentos de câmera obedece uma composição que jamais está estática: são blocos de imagens sem cortes, com as lentes voltando-se desproporcionalmente dentro do espaço real, compondo-o como ele é, reproduzindo-o aos olhos, alcançando os personagens conforme eles invadem o quadro e os acompanhando em seguida, até um outro personagem surgir e tomar para si a atenção do olho da câmera, que vai registrar os seus gestos e olhares, sempre num misto de plano incerto, meio médio. Esta estrutura faz-nos remeter novamente a Tarkovsky, quanto à montagem, que não deve ter dado muito trabalho a Janscó, já que as imagens capturadas possuem um mesmo e obssessivo ritmo.
O tempo da forma pela qual é retratado em O Salmo Vermelho difere-se enormemente do retratado em Condenação: em Jancsó, o tempo é construído na câmera, nos movimentos que ressaltam aquele certo aspecto de sonho e fábula meio que sonhada por um camponês socialista do próprio filme, dada a interpretação "distante" dos seus atores, e é determinado pela movimentações de seres e de objetos; ao passo de que o tempo, em Bela Tarr, desenvolve-se no nível das suas imagens por meio da montagem (sim, pois o filme de Tarr, apesar da edificação de um espaço real, não é e nem trata-se de apenas um espaço como em Jancsó, mas de vários numa mesma cidade), que "encaixa" precisamente os fluxos de tempos semelhantes em imagens de mesma natureza, mas de diferentes composições.
São reflexões de imagens inesquecíveis e inacreditáveis, com seus andamentos espirituais, finos, lisos e calmos, flutuantes apesar das pesadas chuvas que caem num preto e branco de poesia, e da perseguição e morte de camponeses socialistas. Dois cinemas para se ver e conhecer.

por Ranieri Brandão do MKO

Premiações
- Indicado ao Palma de ouro em 1972
- Melhor Diretor no Festival de Cinema de Cannes em 1972

(Postado por mfcorrea do MKO)

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