Traduzido para 25 línguas e com mais de um milhão de exemplares vendidos, 1001 filmes para ver antes de morrer inclui obras de mais de 30 países e revela o que há de melhor no cinema de todos os tempos. Mais de 50 críticos consagrados selecionaram 1001 filmes imperdíveis e os reuniram neste guia de referência para todos os apaixonados pela sétima arte.

Ilustrado com centenas de cartazes, cenas de filmes e retratos de atores, o livro traz lado a lado as obras mais significativas de todos os gêneros - de ação a vanguarda, passando por animação, comédia, aventura, documentário, musical, romance, drama, suspense, terror, curta-metragem ficção científica. Organizado por ordem cronológica, este livro pode ser usado para aprofundar seus conhecimentos sobre um filme específico ou apenas para escolher o que ver hoje à noite. Traduzido para 25 línguas e com mais de um milhão de exemplares vendidos, "1001 filmes para ver antes de morrer" inclui obras de mais de 30 países e revela o que há de melhor no cinema de todos os tempos.
É claro que eu, amante das duas coisas Sétima Arte e Listas , não podia deixar passar a oportunidade de trazer para vocês a lista dos filmes e os respectivos links na nossa querida mulinha que vai trabalhar sem parar por um bom tempo...rsrsrs
Lembrem-se que as datas e traduçoes dos títulos dos filmes segue a lista do livro e não do IMDb.
Sempre que necessitarem de fontes na mula é só solicitar. Abraços a todos.

NOSSOS DIRETORES

sábado, 27 de fevereiro de 2010

308. ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE (1956)

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Uma grandiosa saga no coração de um dos maiores estados norte-americanos. Assim Caminha a Humanidade conta a história de três gerações de influentes texanos e seus conflitos familiares, amorosos, raciais e as disputas econômicas entre os tradicionais pecuaristas e os novos ricos magnatas do petróleo do Novo Oeste.

Premiações
- Ganhador do Oscar de Melhor Diretor, além de ter recebido 9 indicações para Melhor Filme, uma dupla indicação de Melhor Ator com Rock Hudson e James Dean, Melhor Atriz Coadjuvante com Mercedes McCambridge, Melhor Direção de Arte - A Cores, Melhor Figurino - A Cores, Melhor Edição, Melhor Trilha Sonora e Melhor Roteiro Adaptado;

- Vencedor na categoria Melhor Produção Estrangeira do Prêmio David di Donatello, na Itália;

- Indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme Drama e Melhor Diretor;

- Prêmio de Melhor Filme - Drama, da Associação Nacional dos Roteiristas dos EUA.

Curiosidades
- Inicialmente era intenção do diretor George Stevens que o ator Alan Ladd interpretasse o personagem Jett Rink. Ladd apenas não aceitou o papel ao seguir as recomendações de sua esposa, já que estava naquele momento enfraquecido, recuperando-se de uma doença;

- Antes de Elizabeth Taylor, o papel de "Leslie" foi oferecido à Grace Kelly;

- Antes desse filme as calças jeans eram consideradas roupas de trabalhador, ou, para ser direto, roupa para "peão", não para gente "decente", mas com o personagens do filme as usando, em especial o de James Dean, durante quase todo o filme, houve uma popularização e elas se tornaram mania;

- O personagem Jett Rink foi inspirado na vida de Glenn McCarthy (1908/1988), imigrante irlandês que se tornou um dos principais petroleiros no Texas, o homem que deu a imagem que existe de opulência ao Texas, abrindo um dos mais luxuosos hotéis do mundo para a época, o Shamrock Hotel, aberto no dia do padroeiro da Irlanda, São Patrício, ou melhor, 17 de março de 1949;

- Este foi o primeiro grande filme do ator Dennis Hopper, aqui fazendo o papel do jovem Jordan Benedict III, na fase adulta e adolescência;

- A estréia do filme foi atrasada em alguns meses até que a atriz Elizabeth Taylor, que estava grávida, tivesse o seu filho;

- Inspirado no best-seller de Edna Ferber, "Assim..." também enfrentou a mesma onda de indignação pelo qual a escritora sofreu. Quando Ferber se propôs a escrever um romance que tratasse da nova classe de texanos que, de uma hora pra outra, se tornava milionária graças aos poços de petróleo descobertos em suas fazendas, lembrando e muito, em parte, a história de Glenn McCarthy, um fazendeiro de Houston que virou um grande magnata da sociedade americana, graças ao dinheiro do petróleo, os texanos ficaram extremamente irritados. Se só no filme já podemos perceber os estereotipo do homem mexicano, e afinal, para os americanos mais racistas, o Texas faz divisa com um país renegado, imaginem então como deve ser no livro. De fato, houveram muitas críticas a Edna Ferber, e isso se estendeu a pré-produção do próprio filme. Os texanos receavam que suas piores manias fossem rechaçadas na película, já que, no decorrer da História, o Estado do Texas sempre foi motivo de piadinha para os estadunidenses. O certo é que Texas tinha e ainda tem o seu diferencial. O que, claro, acaba sempre chamando a atenção de quem quer que seja;

- O que mais chama a atenção é que, antes de "Assim Caminha a Humanidade", não havia sido filmado, na história do Cinema Americano, nenhuma personagem feminina, texana, de tão forte personalidade. Uma personagem capaz de se impor diante ao preconceito perpetuado ao longo das gerações de que as mulheres não são capazes de participar de conversas de mais “conteúdo”, como assuntos políticos, por exemplo. Impedida de participar de uma dessas conversas, Leslie explode: “Arrumem o tear, meninas. Logo me juntarei ao harém”. E assim o filme todo vai cativando o público, com sutis, mas antológicas passagem que continuam no imaginário daqueles que contemplaram o filme.

- Todas as pinturas usadas na mansão dos Benedict agora são propriedade do Hotel Menger, na cidade de San Antonio, no estado do Texas. Elas estão em uma ala exclusiva do hotel, e são uma atração a parte dele, trazendo mais turistas para ele do que hóspedes;

- Rock Hudson, nascido Leroy Scherer Junior, em Illinois, Estados Unidos, no dia 17 de Novembro de 1925, e falecido em Beverly Hills, California, no dia 2 de Outubro de 1985, foi um ator norte-americano. Ele teve uma vida conturbada. Aos quatro anos foi abandonado pelo pai passando a ser educado com muita dificuldade pela mãe. Ele foi carteiro na cidade em que nasceu no estado de Illinois, mecânico e caminhoneiro. Entrou para a universidade e orientado por um professor mudou o nome, tirou várias fotos e as enviou para vários agentes de artistas de Hollywood. Rock Hudson estreou em 1948 no filme "Sangue, Suor e Lágrimas" (Fighter Squadron), como coadjuvante e assinou um contrato com os Estúdios Universal que lhe garantiram a realização de 22 filmes em quatro anos. Seu primeiro grande papel a chamar atenção da crítica e do público foi no drama "Sublime Obsessão" (Magnificent Obsession), de 1954. Bem apessoado e com 1m93 de altura, a partir daí sua carreira decolou como galã em vários Faroestes e comédias ao lado de Doris Day. Foi indicado ao Oscar apenas uma vez, em 1956, por este "Assim Caminha a Humanidade", que fez o lado de Elizabeth Taylor, atriz que se transformaria em uma de suas melhores amigas fora das telas, e de James Dean. Em compensação ganhou quatro vezes o Globo de Ouro. Nas décadas de 50 e 60 figurou entre os dez astros de maior sucesso de bilheteria do cinema norte-americano. Quando os rumores começaram a circular em Hollywood que, ao contrário dos amantes românticos que ele interpretava no cinema, sua orientação sexual era a de homossexual, seu agente cinematográfico arrumou o casamento de Rock Hudson com Phyllis Gates, que era sua secretária. O casamento durou menos de três anos e terminou em divórcio em 1958. Sua última aparição no cinema foi em 1984 no filme "O Embaixador" (The Ambassador), co-estrelado por Robert Mitchum. Desde o início da década de 80 com os primeiros indícios da Aids, o ator passou a fazer mais séries e seriados para a TV, como "O Casal McMillan" e seu último trabalho foi em vários capítulos da série "Dinastia". Ele só assumiu a doença três meses antes de morrer, ao anunciar que doaria US$ 250 mil para uma Fundação recém aberta para cuidar de pesquisas sobre o vírus da Aids. Ele também estava escrevendo uma biografia, cujo título provisório era "Minha História", e cuja renda seria revertida toda para essa Fundação;

- "Assim Caminha a Humanidade" é o último filme do ator James Dean, ele morreu 3 dias após o término das filmagens deste filme, em um acidente automobilístico, sendo indicado postumamente para o Oscar de Melhor Ator;

- O filme é um marco do passado. Um elo com o Texas de outrora, dona de uma terra invejável e de povo bravio. O único azar de Assim Caminha a Humanidade foi o de ter sido feito no mesmo ano de O Rei e Eu, A Volta ao Mundo em 80 Dias e Os Dez Mandamentos. Dos dez Oscar a que concorreu, só levou o de direção. Por outro lado, sua grande “sorte” foi ter sido envolvido pela mística do nome de James Dean. É um filme gigante em todos os aspectos, desde o tamanho das fazendas, do tom épico sentido na maneira de filmar do cineasta, as magníficas interpretações dos jovens astros... Enfim, é um grande clássico que sempre vai ganhar lugar de destaque no coração de muitos cinéfilos pelo mundo afora. Simplesmente sem mais comentários, baixem ele e assistam!

(Postado por ElWoOdBlUeS do MKO)

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307. O HOMEM QUE SABIA DEMAIS (1956)

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Durante suas férias no Marrocos, Ben McKenna (James Stewart), um médico, e sua família se envolvem acidentalmente em uma trama internacional de assassinato, quando um moribundo fala ao ouvido de Ben algumas palavras. Para impedi-lo de denunciar a trama à polícia, os conspiradores resolvem então sequestrar seu filho.

Crítica
Baseado na obra de Charles Bennett e D. B. Wyndham-Lewis, "O Homem Que Sabia Demais" é mais um excelente filme do grande mestre, Alfred Hitchcock, embora não chegue à altura de um "Rebecca, A Mulher Inesquecível", ou de "Quando Fala o Coração", ou de "Janela Indiscreta", ou ainda de "Psicose", entre mais alguns.

O roteiro de John Michael Hayes é bem estruturado e, na nas mãos de Hitchcock, nos brinda com grandes momentos de tensão, como nas cenas da tentativa de assassinato do Primeiro Ministro, no Royal Albert Hall, ou nas seqüências finais que envolvem o resgate na Embaixada do jovem Hank.

A trilha sonora, conduzida pelo legendário colaborador de Hitchcock, Bernard Herrmann, é um dos pontos fortes do filme. A performance de Doris Day, nas cenas da Embaixada, ao cantar a música ganhadora do Oscar, "Whatever Will Be, Will Be" (Que será, será), enquanto o marido tenta localizar o filho seqüestrado, contribui para o aumento da tensão exigida pela trama.

A fotografia de Robert Burks também merece menção, assim como as magníficas atuações de Doris Day e James Stewart. Doris Day mostra uma forte presença de cena, demonstrando segurança e, várias vezes, sobrepujando o grande James Stewart.
(Contracampo 70 anos de cinema)

Premiações
- Ganhou o Oscar de Melhor Canção Original ("Que Sera, Sera").
- Indicado ao Palma de Ouro em 1956

Curiosidades
- Em suas clássicas aparições, o diretor Alfred Hitchcock surge de costas para a câmera vendo acrobatas em um mercado marroquino, pouco antes do assassinato.

- O compositor Bernard Herrmann, responsável pela trilha sonora de O Homem Que Sabia Demais, aparece como regente da orquestra na sequência do Albert Hall.

- A sequência do Albert Hall dura 12 minutos e não possui uma única palavra de diálogo.

- O Homem Que Sabia Demais esteve inacessível ao público em geral durante décadas. Isto porque Hitchcock comprou de volta os direitos de 5 de seus filmes e os deixou de legado para sua filha. Estes filmes receberam o apelido de "os 5 filmes perdidos de Hitchcock" e apenas estiveram novamente ao alcance do público em 1984, quando foram relançados nos cinemas, com uma distância de quase 40 anos desde seu primeiro lançamento. Os demais filmes do pacote eram Festim Diabólico (1954), Janela Indiscreta (1954), Um Corpo Que Cai (1958) e O Terceiro Tiro (1955).

- Refilmagem de O Homem Que Sabia Demais, filme dirigido pelo próprio Alfred Hitchcock em 1934.

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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

306. PALAVRAS AO VENTO (1956)

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Mitch Wayne e Kyle Hadley são amigos desde criança. A irmã de Kyle, Marylee, pretende se casar com Mitch. Mas este considera a jovem praticamente uma irmã e na verdade está apaioxonado por Lucy. O problema é que Kyle também está e é ele quem acaba se casando com Lucy, antes mesmo que Mitch pudesse expressar seus sentimentos. Kyle, antes um playboy e bebedor, com o tempo passa a ter mais responsabilidade. Mas então descobre que é estéril e mergulha com tudo na bebida. Marylee, movida pelo ódio de ter sido rejeitada, sugere ao irmão que Mitch e Lucy são amantes. E quando Lucy revela estar grávida, Kyle acusa o amigo Mitch de ser o pai.

Crítica
Baseado no livro de Robert Wilder, "Palavras ao Vento" é um dos ótimos dramas dos anos 50. Realizado pelo grande cineasta Douglas Sirk, o filme fala de temas como alcoolismo, impotência e ninfomania dentro de uma abastada família do ramo do petróleo.

A direção de Sirk é consistentemente muito boa. A fotografia de Russell Metty e a música de Victor Young são dois pontos altos do filme.

No elenco, o maior destaque fica por conta da atuação de Dorothy Malone, no papel de uma jovem ninfomaníaca, por ter sido rejeitada pelo seu grande amor de infância. Robert Stack também apresenta uma ótima interpretação no papel de um rico playboy que vive a se embebedar. (70 Anos de Cinema)

Premiações
Dorothy Malone venceu o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante em 1957, neste mesmo ano Robert Stack foi indicado a Melhor Atro Coadjuvante e "Written on the Wind" foi indicado a melhor canção original. Ainda em 1957 Dorothy Malone concorreu ao Golden Globe na categoria de melhor Atriz Coadjuvante.

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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

305. UM CONDENADO À MORTE ESCAPOU (1956)

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Baseado na história do ativista da resistência francesa Andre Devigni, que acaba preso durante a ocupação alemã na França e é condenado à morte. O que alimenta sua esperança é a preparação de um plano para fugir do seu destino.

Crítica
Quando ouvimos termos como “ode à liberdade” vemos paisagens com elementos naturais, o céu, o mar, as montanhas, e sentimos, decerto, até a brisa do vento como fossemos pássaros cujo destino é onde a vontade e o desejo levem. Ou vemos pessoas, circulando por todos os lados, num fluxo contínuo na qual, nós mesmos, nos perdemos anonimamente. Observarmos, num e noutro caso, antes de tudo, o movimento, serenos ou rápidos, da vida. É aqula ausência de responsabilidades, sem amarras

No entanto, “Um condenado à morte escapou” de Robert Bresson, é diametralmente o oposto daquelas imagens. Também ode à liberdade, é realizada dentro de uma prisão nazista, onde os prisioneiros não podem conversar, sequer olhar para os companheiros, todos à espera de seu veredito, em regra, a morte. Tudo é árido, especialmente na cela onde o protagonista, André Devigni, passa a maior parte do filme, num regime de rigor extremado; há até mesmo escassez de diálogos, e quando, em dado momento, aparece um companheiro de cela, ficam a dúvida se não se trata de um nazista infiltrado. O titulo sugere tudo o que nos é mostrado numa história baseada em livro ( e também no passado real pois o próprio Bresson esteve preso por mais de um ano em razão da resistência ao nazismo).

Mas, à essa espera da morte e com várias idéias fatalistas cruzando no monólogo interior do personagem, Robert Bresson nos mostra que a luta pela vida se impõe. Apesar de ser um dos melhores dramas já mostrados, pode se assistir a esta película como uma aventura, não daquelas românticas, mas da aventura do real, do trabalho meticuloso da fuga numa situação extrema. O filme é essa construção e o que vemos são cenas de uma perfeição raras vezes vista.

Rigor e formalismo são a essência do cinema de Bresson que se expressam através de seu minimalismo, onde nada, nenhuma cena, sobra. O cinema, segundo Bresson, é um movimento interior e, deste modo, antes de minimalista, podemos afirmar que é essencialista, uma vez que trata dos valores fundamentais mas que só se revelam quando postos em cheque, quando nos vemos enclausurados por qualquer dessas estruturas do poder, seja ela qual for. Há, no processo meticuloso e planejamento e execução da fuga, mais que motivações idealistas: a busca da liberdade para Bresson é sobretudo espiritual ainda que, para atingi-la, se enfrente os riscos da morte e os muros de concreto. Filme francês essencial e ótima chance para resgatar esse grande cineasta que foi Robert Bresson.

por Edson Kyo em kynemafylmz

Premiações
Em 1957 Ganhou o premio de Melçhor Diretor em Cannes e foi indicado ao Palma de Ouro no mesmo ano, também indicado ao BAFTA de Melhor Filme em 1958.

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Un.Condamné. à.Mort.S'est.Échappé.(aka.Le.Vent.Souffle.où.il.Veut).(1956).DVDRip.DivX3.cd1.avi
Un.Condamné. à.Mort.S'est.Échappé.(aka.Le.Vent.Souffle.où.il.Veut).(1956).DVDRip.DivX3.cd2.avi

Legenda (PTBR e ENG)
Un.Condamné. à.Mort.S'est.Échappé.(aka.Le.Vent.Souffle.où.il.Veut).(1956).DVDRip.DivX3.srt
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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

304. RASTROS DE ÓDIO (1956)

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Um veterano do exército confederado, volta para a casa de seu irmão após anos de luta no exército americano. Logo após sua chegada, a casa é atacada por índios, que matam seu irmão, cunhada, sobrinhos e raptaram sua sobrinha. A partir daí ele e um sobrinho adotado começam uma caçada que dura anos a procura de sua sobrinha caçula, e dos índios que a seqüestraram.

Crítica
"Rastros de Ódio" é considerado por muitos críticos o maior filme que John Ford já realizou. Pessoalmente, considero este e "No Tempo das Diligências" de 1939, suas maiores realizações. Porém temos de considerar que "Rastros de Ódio" é uma obra muito mais madura de Ford, e uma espécie de síntese da carreira vitoriosa no cinema, de um homem que praticamente criou e consolidou um gênero: o Western.

Existem vários aspectos a serem abordados neste filme. A princípio a trama é absolutamente comum, os índios vilões, contra o americano herói. Mas com um olhar mais aprofundado neste filme, percebemos muitas sutilezas que Ford quis mostrar. Primeiramente na construção do personagem Ethan, interpretado por John Wayne. Ford constrói um homem sério, destruído, amargurado, um verdadeiro soldado americano, que não permite para sí mesmo a idéia da derrota, já que perdeu a Guerra Civil, mas nunca vai perder a noção de honra e dever.

Percebemos isto logo no começo do filme. Quando os índios vão atacar, e o Reverendo local faz Ethan jurar obediência a ele, para combaterem os Comanches, Ethan logo diz : "Já fiz um juramento a Federação".

Outro personagem interessante de ser comentado é Martin, filho adotado do irmão de Ethan. Na verdade foi este que o salvou muitos anos atrás em um ataque de índios na casa de sua verdadeira família. Martin na verdade é um mestiço, fato que causa em Ethan um certo desprezo, mas é ele que parece estar mais preocupado em encontrar sua meio irmã, Debbie, mais preocupado do que o verdadeiro tio, que demonstra estar mais interessado em matar os índios, e até mesmo matar a sua sobrinha se esta tiver, através do tempo, assimilado a cultura indígena, e ter se transformado em índia também. Mas é com um mestiço, que ele próprio salvou tempos atrás, que durante 5 anos eles vasculham todo o deserto à procura de sua sobrinha. Seria tudo isto um castigo para Ethan que no passado abandonou sua família para se alistar no exército. Esta brilhante construção central dá a tônica principal ao filme.

A construção dos personagens femininos também é muito interessante, Ford deixa transparecer que naquela época só as mulheres sabiam ler. As diversas cartas que Martin manda para Laurie, sua namorada, nunca é lida por nenhum homem. Ou seja enquanto os homens trabalhavam para a construção de um oeste forte e soberano, as mulheres iam para a escola. A própria mãe de Laurie diz em um certo momento que são elas que dão força e sustentação para a construção do Texas. Outro aspecto a ser abordado é a espera de Laurie durante anos, aguardando a volta de Martin, até que um dia ela se cansa de esperar, e se casa com outro, deixando transparecer que muitas mulheres tiveram que passar por isso na época, principalmente aquelas que tinham seus namorados, ou maridos alistados no exército da Federação.

Ford constrói também um personagem com problemas mentais, mas que na verdade é o mais lúcido naquele meio, e que consegue prever tudo o que vai acontecer antes de todo o mundo, como um cego que tudo vê. Cabe também uma análise sobre o papel do índio no filme. Ford não os trata só como os vilões da trama, tanto que em um determinado momento Debbie, agora já transformada em índia, diz ter muito orgulho de ser o que é. Mesmo assim os índios são vistos como vilões, e transmitem raiva para o público. Apesar desta questão, entre brancos e índios, ser secundária, o que importa mesmo é abordar bem a amargura de Ethan. Não podemos esquecer também que a região que se passa o filme era uma região de muitas mistura de raças, índios, mexicanos e americanos, e aquele, era o momento decisivo de consolidação do território.

A meia hora final é cheia de reviravoltas e cenas de grande impacto. Com o tempo Ethan começa a adquirir carinho e respeito por Martin, tanto que faz um testamento onde deixa todo o seu dinheiro para Martin após sua morte. Outra cena belíssima é o momento do encontro entre Martin, Ethan, e Debbie. Ethan percebe que esta se transformou em uma índia e resolve matá-la, Martin se põe na frente da meia irmã impedindo, Debbie sai correndo, Ethan vai atrás até que ela escorrega e cai. O tio olha bem para ela e, ao invés de atirar, a pega no colo e diz "Let’s go home, Debbie". Este é, sem dúvida, um dos mais belos planos do cinema . A cena final é um daqueles raros momentos de beleza que só o cinema pode proporcionar. Ethan vai partir, mas antes se vê Martin com Laurie e Debbie. Neste momento a camêra vai para dentro da casa, e mostra Ethan de costas partindo, se afastando; ele hesita um pouco como se quisesse também integrar-se ao conforto daquela ordem, que ele sabe com que preço foi restaurada. Mas logo, Laurie e Martin, entre beijos de namorados, pedem passagem; Ethan cede o passo e eles entram. Novamente só, Ethan contempla da entrada da varanda a harmonia restabelecida. Dá meia volta. O seu futuro é permanecer na paisagem, é dissolver-se na luz vermelha do Monument Valley. O guerreiro jamais ficará em paz com a sua guerra. A vida dele não era ficar alí, ele já tinha cumprido sua missão e, se tinha alguma dívida, já havia pago. Agora só resta partir, deixando alí as sementes para a continuação da história do Oeste.

A música de Max Steiner e a bonita fotografia de Winton C. Hoch pelo processo VistaVision, tirou o máximo proveito das belas locações no Monument Valley, cenário favorito de Ford, e colaboram muito para a força do filme. Apesar de mal recebido na época do lançamento, ele conseguiu se impor através dos anos, e hoje figura como um dos mais perfeitos retratos da solidão e amargura humana. Ethan é um herói romântico castigado pelo seu destino de perdedor. Não tem recursos para se agregar a nova sociedade que então se molda, permanece à margem, escorado num código moral primitivo, é um selvagem, ainda que vista a roupa dos brancos. É uma espécie de Ulisses que não pode voltar para casa depois de ter perdido a Guerra Civil, derrota que jamais aceitará.

Martin, um mestiço de branco com índio que foi salvo ainda menino por Ethan, assume a função de domar o bicho John Wayne, valendo-se seja da sensibilidade dos brancos, seja da sensibilidade dos índios, de que só ele dispõe.
Artigo de Carlos Augusto Calil para a Folha de São Paulo no dia 29/01/95

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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

303. A HARPA DA BIRMÂNIA (1956)

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Uma tropa, liderada por um capitão apaixonado por música, e que ensinou seus comandados a cantar, entrega as armas para os ingleses já quase na fronteira com a Tailândia depois de terem notícias do fim da guerra. A um dos soldados, o harpista, é delegado uma tarefa inglória: subir até uma montanha nas redondezas e convencer os demais soldados a abandonarem os postos e se entregarem. Chegando lá, é mal compreendido (acusado de traição) e, frente à continuação dos ataques, são todos massacrados pelos canhões britânicos. O harpista escapa roubando as roupas de um monge.

Crítica
Ichikawa fez parte de um grupo de cineastas japoneses que, nos anos 50 e 60, ajudaram a projetar o cinema do país em todo o mundo ao modernizar a maneira de filmar, associando técnicas narrativas ocidentais e abandonando as tradicionais formas de interpretação dos atores, vindas do teatro kabuki e Nô. São os chamados “sete samurais” do cinema, referência ao filme de Akira Kurosawa, ele próprio um dos cavaleiros – os demais são, além de Kurosawa e Ichikawa, Mikio Naruse, Masaki Kobayashi, Hiroshi Teshigahara, Hideo Gosha e Kihachi Okamoto.

O que fez de A Harpa da Birmânia um filme clássico no ocidente, além das inovações técnicas, é mesmo a cativante história do harpista desgarrado de seu grupo que, quando tem oportunidade de se juntar a eles novamente, face ao terror da guerra, opta por tornar-se um monge budista e cultuar a memória dos mortos. Sozinho, ele queima e enterra boa parte de seus conterrâneos que estavam sendo devorados ao léu pelas aves de rapina. Ele lhes dá um fim digno, apesar de ter sido humilhado e quase morto por eles. (O roteiro é de Natto Wada, mulher de Ichikawa, que escreveu o roteiro de seus melhores filmes até 1965.)

A Harpa da Birmânia (no original, Biruma no Tategoto) já foi lançada no Brasil com o nome de “Jamais Deixarei os Mortos”. É um filme pacifista que explora por meio de delicadas metáforas os efeitos da dominação ocidental no Japão pós-guerra e as dores causadas pelas perdas no conflito. Fala de um tempo de exceção em que culturas, religiões, países e raças perdem o sentido de serem assim divididos, pois talvez a divisão tenha sido feita apenas para fins de segregação e destruição.

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302. PLANETA PROIBIDO (1956)

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Inspirado na peça A Tempestade, de William Shakespeare, o filme conta a história de uma expedição terrestre para verificar uma colônia de cientistas em um planeta distante. No local eles encontram dois sobreviventes: o Dr. Morbius, que dobrou seu intelecto com o uso de tecnologia alienígena, e sua filha. Os demais foram atacados por uma força oculta e vagam pelo planeta.

Curiosidades
* O robô Robby fez uma participação especial no episódio 20 ("Guerra dos Robôs") da primeira temporada da série Perdidos no Espaço (Lost in Space), como um personagem diferente. O Robô da série foi diretamente inspirado nele. Apareceu rapidamente no filme Gremlins de 1984, em três episódios da série The Twilight Zone, em um episódio de Columbo, e outro de Mork and Mindy.
* O aço adamantino dos Krell usado por Morbius para proteger seu lar lembra o fictício metal chamado adamantium, muito citado nos quadrinhos do Universo Marvel.

Premiações
Concorreu ao Oscar de Efeitos Especias mas acabou perdendo para Os Dez Mandamentos.

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301. LOLA MONTES (1955)

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Realizado simultaneamente em três versões (alemã, francesa e inglesa), Lola Montès é um afresco deslumbrante da decadência de uma cortesã que acaba na "fogueira" de um circo. Ophuls é um esteta, e seus movimentos de câmera permitiram que dessem origem a uma estética da mobilidade pela assombrosa agilidade de seu manejo, que faz malabarismos com os cenários, os acessórios, os personagens e os sentimentos.

A ação se passa no século XIX e o centro é um circo em Nova Orleans onde o apresentador anuncia uma atração insólita: uma dançarina, a Lola Montès do título, cuja conduta dissoluta entreteve a crônica internacional durante meio século. A partir dela como centro de um espetáculo circense, na arena de um circo, rodeada de palhaços, trapezistas, acrobatas, anões e um público ávido, sedento, Ophuls faz desfilar a sua vida, que é vista, no filme, através de flash-backs.

Crítica
Tomo emprestadas as palavras de Claude Beylie, ilustre ensaísta cinematográfico francês para situar melhor a importância de Lola Montès. Antes, porém, lembrar que François Truffaut, uma vez, escreveu o seguinte: "Quem nunca viu Lola Montès não pode entender de cinema". Mas vamos às palavras de Beylie: "Hoje, que as paixões se aplacaram, devemos reter Lola Montès. Antes de mais nada, uma rigorosa denúncia do sensacionalismo espetacular e da promoção da mídia. Ophuls que, a este respeito, estava vários passos à frente de sua época, ocultava suas intenções: "As perguntas que o público do circo faz a Lola me foram inspiradas pelos jogos radiofônicos de programas publicitários tremendamente impudicos. Acho apavorante esse vício de tudo saber, essa falta de respeito diante do mistério." No entanto, ao mesmo tempo e paradoxalmente, ele realiza o desejo wagneriano de um espetáculo total: o tratamento original da cor (na tradição de Jean Renoir e Vincente Minnelli), o uso de caches, que permitem modificar à vontade o formato da imagem em cinemascope (o que cria a impressão de uma tela variável, submetida a sutis mudanças de cenário na mesma tomada..."Além da já citada assombrosa agilidade da câmera. Os travellings e as panorâmicas de Ophuls são, por assim dizer, coisa do outro mundo. É bem de ver o que disse Beylie: a cor é trabalhada com tal intensidade que se ajusta como uma luva ao tecido dramático, tornando-se um elemento de composição importante da mise-en-scène.

E na melhor tradição de um Renoir (vejam A carruagem de ouro, French Can Can) e de Minnelli (sim, o grande Minnelli, um dos mais sofisticados e estilizados diretores que o cinema já teve em sua história - basta reparar no sentido cromático que tem O pirata (1948), musical revolucionário, esteticamente falando, bem entendido, com a encantadora Judy Garland a sonhar com o seu príncipe encantado que aparece na pele de um "pirata", Gene Kelly, ou o colorido marcante de Agora seremos felizes (Meet me in StLouis, 1944).

A estrutura narrativa original de Lola Montès se pulveriza entre flash-backs, mas não havia um sentido cronológico na cópia desejada pelo autor, cronologia imposta pelos produtores, que cortaram e "resumiram" esta obra-prima (a mesma coisa seria se arrancar páginas e páginas de um livro para fazê-lo menor). Mas o tempo se encarregou, e o tempo sempre é o melhor juiz da obra de arte, de resgatar a integridade de Lola Montès. Quem vê Lola Montès deve ficar algum tempo de quarentena sem assistir a outro filme.

Baseado num argumento de Cecil Saint-Laurent. A fotografia é de um esteta: Christian Matras, que "pinta" com a luz. E a partitura, de Georges Auric. Além de Martine Carol, a mulher de conduta dissoluta, e de deslumbramento indiscutível, e Peter Ustinov, estão presentes no elenco: Anton Walbrook (como o rei Luís I da Baviera), Ivan Desny (o tenente James), Lise Dalamare (Craigie), Oscar Werner (o estudante que pega carona), Will Quadflieg (o compositor Liszt), Henri Guisol (o cocheiro), Paulette Dubost (a camareira), e a trupe do circo Kröne.

(André Setaro)

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(Info e links torrent postados originalmente no MKO por Correa)