Traduzido para 25 línguas e com mais de um milhão de exemplares vendidos, 1001 filmes para ver antes de morrer inclui obras de mais de 30 países e revela o que há de melhor no cinema de todos os tempos. Mais de 50 críticos consagrados selecionaram 1001 filmes imperdíveis e os reuniram neste guia de referência para todos os apaixonados pela sétima arte.

Ilustrado com centenas de cartazes, cenas de filmes e retratos de atores, o livro traz lado a lado as obras mais significativas de todos os gêneros - de ação a vanguarda, passando por animação, comédia, aventura, documentário, musical, romance, drama, suspense, terror, curta-metragem ficção científica. Organizado por ordem cronológica, este livro pode ser usado para aprofundar seus conhecimentos sobre um filme específico ou apenas para escolher o que ver hoje à noite. Traduzido para 25 línguas e com mais de um milhão de exemplares vendidos, "1001 filmes para ver antes de morrer" inclui obras de mais de 30 países e revela o que há de melhor no cinema de todos os tempos.
É claro que eu, amante das duas coisas Sétima Arte e Listas , não podia deixar passar a oportunidade de trazer para vocês a lista dos filmes e os respectivos links na nossa querida mulinha que vai trabalhar sem parar por um bom tempo...rsrsrs
Lembrem-se que as datas e traduçoes dos títulos dos filmes segue a lista do livro e não do IMDb.
Sempre que necessitarem de fontes na mula é só solicitar. Abraços a todos.

NOSSOS DIRETORES

sábado, 22 de outubro de 2011

540. SOB O DOMÍNIO DO MEDO (1971)

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Tudo o que o pacato matemático americano David Sumner queria quando se mudou para uma fazenda no interior da Inglaterra com sua jovem esposa Amy era paz e tranqüilidade para terminar seu livro.
Mas seu sonho de encontrar o lugar perfeito se desfaz quando os homens que contratou para reformar sua garagem começam um jogo de intimidação e medo, progressivamente invadindo sua casa e desrespeitando o casal. David vai ser posto em uma dura provação e será levado até o limite para defender seu lar, sua honra e sua esposa.

Curiosidades
- Adaptado do romance The Siege of Trencher's Farm, de Gordon Williams.
- O título original, Straw Dogs (Cães de palha), foi tirado do livro sagrado Tao Te Ching, escrito pelo filósofo chinês Lao Tzu (século VI a.C).
- Roger Spottiswoode (diretor de Sob Fogo Cerrado e 007 - O Amanhã Nunca Morre) divide os créditos de montagem com Paul Davies e Tony Lawson.
- Por sua extrema violência, Sob o Domínio do Medo teve seu lançamento em vídeo proibido na Inglaterra até 2002.
- Jennie Linden recusou o papel principal do filme
- Dustin Hoffman, que não é fã de filmes violentos, admitiu que só atuou por dinheiro.
- Sam Peckinpah estava insatisfeito com a reação dos outros atores na cena em que o personagem de Dustin Hoffman entra no bar. Ele decidiu gravar uma esquete na qual Hoffman entrou sem calças. A reação dos atores nessa esquete foi inserida no filme.
- Refilmado em 2011 (lançamento previsto para 21/10 no Brasil) com James Marsden no lugar de Dustin Hoffman.

Premiações
- Indicado ao Oscar em 1972 na categoria de Melhor Trilha Sonora Original (Jerry Fielding)
- Venceu na Categira de Melhor Direção no Kansas City Film Critics Circle Awards.

Crítica
John Lennon decretou o fim do sonho em 1970. No ano seguinte, Hollywood deu a sua própria versão dessa sentença através de um punhado de filmes transgressores e polêmicos. “Laranja Mecânica”, de Stanley Kubrick, e “Operação França”, de William Friedkin, mexeram com as platéias, mas ainda conseguiram manter uma certa postura mainstream, o que permitiu que ambos fossem candidatos ao Oscar de melhor filme (o segundo ganhou). Enquanto isso, o mais incendiário dos filmes de 1971 ganhou injustamente o ostracismo. “Sob o Domínio do Medo” (Straw Dogs, EUA), de Sam Peckinpah, é uma obra-prima de múltiplos e ricos significados que – pecado mortal – assume uma arrogante postura amoral.

Peckinpah, considerado por muitos críticos um cineasta tão talentoso quanto irascível, já havia feito pelo menos um filme impecável, o faroeste “Meu Ódio Será Tua Herança”. Mas a película, vista como um canto de cisne do Velho Oeste, transportava a complexa filosofia de violência de Peckinpah para um tempo e um espaço que camuflavam a verdadeira reflexão pretendida por ela. O tema de Peckinpah, que ressoa em todos os filmes que dirigiu, é a inadaptação social. A violência mostrada de forma visualmente estilizada, que perpassa as obras e constitui a assinatura estética do diretor, surge como conseqüência do isolamento a que os marginais de Peckinpah são submetidos pelo meio social em que vivem.

“Sob o Domínio do Medo” escandalizou platéia e crítica, sofrendo todo o tipo de acusação, na época em que foi lançado. A renomada Pauline Kael, maior autoridade da crítica de cinema nos EUA, gostou do filme, mas chamou-o de fascista. Andrew Sarris, outro estudioso de prestígio, achou-o machista. Na Inglaterra, país que serve de cenário para a história, “Sob o Domínio do Medo” teve o lançamento em vídeo proibido até o ano de 2002. Essa foi a punição social dada a Peckinpah por ousar fazer um filme antisocial. Cru, violento, “Sob o Domínio do Medo” exibe cenas dantescas de estupro e morte sem suavizá-las, e ainda por cima se recusa a explicá-las. O lona-metragem é uma espécie de antepassado do francês “Irreversível”, só que com personagens muito mais ricos.

A chave para compreender o filme de Sam Peckinpah está justamente nos personagens. Eles são tão complexos e tridimensionais quanto seres de carne e osso. O roteiro, criado por David Zelag Goodman em parceria com Peckinpah, impede que o espectador simpatize com qualquer um deles. Todos, sem exceção, são párias sociais, só que de espécies diferentes. Eles tomam decisões erradas, e é a reunião desse conjunto de más escolhas que leva os habitantes da pequena aldeia rural da Inglaterra, onde o filme é ambientado, a viver uma explosão incandescente de violência transformada em tragédia coletiva.

O matemático David Sumner (Dustin Hoffman) é um pacato cidadão norte-americano, recém-casado, que se muda para o vilarejo em busca de paz para trabalhar. A aldeia é a cidade natal da mulher de Sumner, Amy (Susan George), uma garota jovem, sensual e atrevida. Os dois não vivem um bom momento conjugal, algo que a razoável distância intelectual entre os dois (as partidas de xadrez jogadas na cama deixam isso claro) apenas amplia.

Sumner está em ambiente hostil. No meio de homens rudes, beberrões e semi-letrados do local, é tratado a gargalhadas. Todos os vêem como covarde, especialmente o bando que contrata para consertar sua garagem, que inclui um ex-namorado de Amy. David percebe o problema, vive tenso, mas não consegue reagir. É um tímido incurável, um vulcão adormecido que, como o filme indica desde o começo, está prestes a explodir.

Quando os desordeiros começam a assediar a entediada Amy, David acha que a culpa é dela. “Eles só faltam me comer com os olhos”, reclama a garota, a certa altura. “Quem se veste desse jeito não devia esperar outra coisa”, retruca o matemático, sem sequer levantar os olhos para a esposa. Ele não percebe que as minissaias são uma maneira que a solitária Amy encontrou para implorar pela companhia do marido ausente. Mas os olhares que ela atrai vêm de outros.

A narrativa de “Sob o Domínio do Medo” cresce em tensão a cada seqüência. A fotografia suja de John Coquillon, repleta de tons de terra, contribui para isso. A ambientação decrépita, contudo, tem um contraponto forte, que é a edição sofisticada, com vários momentos antológicos. A assinatura visual do diretor – as cenas de violência extrema filmadas em câmera lenta – aparece várias vezes, mas com menos destaque do que em “Meu Ódio Será Tua Herança”. Há uma chocante cena de estupro em que a montagem paralela é utilizada com eficiência para contrapor as reações distintas de dois personagens.

O recurso é repetido poucos minutos depois, em uma variação ainda mais refinada: uma das ações mostradas (o mesmo estupro) ocorre horas antes da outra (uma quermesse), mas ambas ganham novos significados quando colocadas lado a lado. Peckinpah estava, em “Sob o Domínio do Medo”, no melhor de sua forma. O tratamento que ele reserva para a longa e sangrenta seqüência final, quando David finalmente perde as estribeiras e parte para a porrada, permite diversas leituras – uma característica das melhores obras de arte, que sempre permitem abordagens diversas sem perder a qualidade.

Alguns críticos propõem uma visão mais antropológica do longa-metragem, vendo David Sumner como uma metáfora dos Estados Unidos: reservado, excêntrico, mas explosivamente violento quando vê seu espaço ameaçado. Outros lêem a trajetória do protagonista como uma fábula sobre o animal adormecido que existe dentro de cada um de nós, e que repentinamente acorda quando nos libertamos das amarras sociais que definem nosso comportamento. “Sob o Domínio do Medo” funciona das duas formas (e outras mais), além de ser excelente cinema.

Embora tenha virado artigo maldito, o longa-metragem tornou-se material de adoração em círculos restritos de cinéfilos. Não é possível imaginar obras atrevidas como “Taxi Driver” ou “Clube da Luta” sem pensar antes em “Sob o Domínio do Medo”. Talvez por isso, o longa ganhou em 2003 uma edição caprichadíssima da Criterion Colection, nos EUA. Imagens brilhando de novas, no corte original, e som Dolby Digital Mono 1.0 sem chiados ou ruídos são apenas a porção obrigatória do disco. O material extra também, ou sobretudo, é de primeira qualidade.

por Rodrigo Carreiro em Cinereporter

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