1000E1S: 464. DUAS GAROTAS ROMÂNTICAS (1967)

domingo, 14 de novembro de 2010

464. DUAS GAROTAS ROMÂNTICAS (1967)

Na pequena cidade de Rochefort vivem Delphine e Solange Garnier, irmãs gêmeas. A primeira ensina dança e a segunda dá aulas de música para crianças. Quando a data de um esperado evento se aproxima, as irmãs e vários outros moradores da cidade se preparam, enquanto são perseguidos pelo acaso e, principalmente, pelo amor.

Premiações
Indicado ao Oscar de Melhor Trilha Sonora Msical.

Crítica
Neste terceiro filme da trilogia de Jacque Demy, a França estava se aquecendo em um raio de cores pastel e música alegre. - os problemas da Argélia eram omitidos, os protestos estudantis de 68 ainda não haviam chegado e o amor de verão estava no ar. - um complemento mutuo em diversos níveis.
- apenas superficialmente, pode-se escolher um número de elementos compartilhados, mas não de todos os três filmes: a cor, canção, os americanos, etc.
- a comparação mais óbvia, é claro, está no segundo filme (Os Guarda-Chuvas do Amor), que conta a história de dois jovens amantes separados pela guerra e pelas circunstâncias.

O segundo filme da trilogia foi um trabalho de desagregação, impulsionando Jacques Demy ao centro das atenções e transformando a jovem Catherine Deneuve em uma sensação internacional. - uma experiência ambiciosa e de grande sucesso artístico.
O diálogo foi entregue musicalmente, explorando as cadências do cotidiano monótono francês com a pretensão de tornar a vida mais significativa.
- feito dessa forma, até mesmo um prosaico "Bonsoir, Madeleine" se torna lírica de uma emoção brotada da experiência vinda do amor....
As Duas Garotas (...) provavelmente não teria acontecido sem Os Guarda-Chuvas (...) e, certamente, não teríamos a participação ilustre de Gene Kelly. - Um filme muito menos experimental, e as semelhanças que percebemos surgiram, principalmente, da técnica utilizada em Os Guarda-Chuvas (...): cores, design ousado, entusiasmo dos atores etc.

No tema Demoiselle é mais comparável ao primeiro filme da trilogia: Lola (1961), com suas perdidas reuniões, encontros casuais, e reflexões sobre o amor espiritual e sobretudo ao destino.
- enquanto Lola nos fazia rir com os infortúnios de seu herói romântico com um brilho luminoso em preto e branco, em Rochefort são submergidas com suas alegrias.
Se Lola apresentou o amor como algo caprichoso e imprevisível, e Os Guardas-Chuvas (...) como algo belo e frágil, em Rochefort torna-se tudo muito divertido.

Fonte : Com.Ple.xx.os

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