Traduzido para 25 línguas e com mais de um milhão de exemplares vendidos, 1001 filmes para ver antes de morrer inclui obras de mais de 30 países e revela o que há de melhor no cinema de todos os tempos. Mais de 50 críticos consagrados selecionaram 1001 filmes imperdíveis e os reuniram neste guia de referência para todos os apaixonados pela sétima arte.

Ilustrado com centenas de cartazes, cenas de filmes e retratos de atores, o livro traz lado a lado as obras mais significativas de todos os gêneros - de ação a vanguarda, passando por animação, comédia, aventura, documentário, musical, romance, drama, suspense, terror, curta-metragem ficção científica. Organizado por ordem cronológica, este livro pode ser usado para aprofundar seus conhecimentos sobre um filme específico ou apenas para escolher o que ver hoje à noite. Traduzido para 25 línguas e com mais de um milhão de exemplares vendidos, "1001 filmes para ver antes de morrer" inclui obras de mais de 30 países e revela o que há de melhor no cinema de todos os tempos.
É claro que eu, amante das duas coisas Sétima Arte e Listas , não podia deixar passar a oportunidade de trazer para vocês a lista dos filmes e os respectivos links na nossa querida mulinha que vai trabalhar sem parar por um bom tempo...rsrsrs
Lembrem-se que as datas e traduçoes dos títulos dos filmes segue a lista do livro e não do IMDb.
Sempre que necessitarem de fontes na mula é só solicitar. Abraços a todos.

NOSSOS DIRETORES

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

301. LOLA MONTES (1955)

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Realizado simultaneamente em três versões (alemã, francesa e inglesa), Lola Montès é um afresco deslumbrante da decadência de uma cortesã que acaba na "fogueira" de um circo. Ophuls é um esteta, e seus movimentos de câmera permitiram que dessem origem a uma estética da mobilidade pela assombrosa agilidade de seu manejo, que faz malabarismos com os cenários, os acessórios, os personagens e os sentimentos.

A ação se passa no século XIX e o centro é um circo em Nova Orleans onde o apresentador anuncia uma atração insólita: uma dançarina, a Lola Montès do título, cuja conduta dissoluta entreteve a crônica internacional durante meio século. A partir dela como centro de um espetáculo circense, na arena de um circo, rodeada de palhaços, trapezistas, acrobatas, anões e um público ávido, sedento, Ophuls faz desfilar a sua vida, que é vista, no filme, através de flash-backs.

Crítica
Tomo emprestadas as palavras de Claude Beylie, ilustre ensaísta cinematográfico francês para situar melhor a importância de Lola Montès. Antes, porém, lembrar que François Truffaut, uma vez, escreveu o seguinte: "Quem nunca viu Lola Montès não pode entender de cinema". Mas vamos às palavras de Beylie: "Hoje, que as paixões se aplacaram, devemos reter Lola Montès. Antes de mais nada, uma rigorosa denúncia do sensacionalismo espetacular e da promoção da mídia. Ophuls que, a este respeito, estava vários passos à frente de sua época, ocultava suas intenções: "As perguntas que o público do circo faz a Lola me foram inspiradas pelos jogos radiofônicos de programas publicitários tremendamente impudicos. Acho apavorante esse vício de tudo saber, essa falta de respeito diante do mistério." No entanto, ao mesmo tempo e paradoxalmente, ele realiza o desejo wagneriano de um espetáculo total: o tratamento original da cor (na tradição de Jean Renoir e Vincente Minnelli), o uso de caches, que permitem modificar à vontade o formato da imagem em cinemascope (o que cria a impressão de uma tela variável, submetida a sutis mudanças de cenário na mesma tomada..."Além da já citada assombrosa agilidade da câmera. Os travellings e as panorâmicas de Ophuls são, por assim dizer, coisa do outro mundo. É bem de ver o que disse Beylie: a cor é trabalhada com tal intensidade que se ajusta como uma luva ao tecido dramático, tornando-se um elemento de composição importante da mise-en-scène.

E na melhor tradição de um Renoir (vejam A carruagem de ouro, French Can Can) e de Minnelli (sim, o grande Minnelli, um dos mais sofisticados e estilizados diretores que o cinema já teve em sua história - basta reparar no sentido cromático que tem O pirata (1948), musical revolucionário, esteticamente falando, bem entendido, com a encantadora Judy Garland a sonhar com o seu príncipe encantado que aparece na pele de um "pirata", Gene Kelly, ou o colorido marcante de Agora seremos felizes (Meet me in StLouis, 1944).

A estrutura narrativa original de Lola Montès se pulveriza entre flash-backs, mas não havia um sentido cronológico na cópia desejada pelo autor, cronologia imposta pelos produtores, que cortaram e "resumiram" esta obra-prima (a mesma coisa seria se arrancar páginas e páginas de um livro para fazê-lo menor). Mas o tempo se encarregou, e o tempo sempre é o melhor juiz da obra de arte, de resgatar a integridade de Lola Montès. Quem vê Lola Montès deve ficar algum tempo de quarentena sem assistir a outro filme.

Baseado num argumento de Cecil Saint-Laurent. A fotografia é de um esteta: Christian Matras, que "pinta" com a luz. E a partitura, de Georges Auric. Além de Martine Carol, a mulher de conduta dissoluta, e de deslumbramento indiscutível, e Peter Ustinov, estão presentes no elenco: Anton Walbrook (como o rei Luís I da Baviera), Ivan Desny (o tenente James), Lise Dalamare (Craigie), Oscar Werner (o estudante que pega carona), Will Quadflieg (o compositor Liszt), Henri Guisol (o cocheiro), Paulette Dubost (a camareira), e a trupe do circo Kröne.

(André Setaro)

Screens



Link ed2K
Lola.Montes.(1955).BDRip.XviD.avi

Legenda (PTBR.ENG.SPA)
Lola.Montes.(1955).BDRip.XviD.ptbr.eng.spa.srt

(Info e links torrent postados originalmente no MKO por Correa)

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