Traduzido para 25 línguas e com mais de um milhão de exemplares vendidos, 1001 filmes para ver antes de morrer inclui obras de mais de 30 países e revela o que há de melhor no cinema de todos os tempos. Mais de 50 críticos consagrados selecionaram 1001 filmes imperdíveis e os reuniram neste guia de referência para todos os apaixonados pela sétima arte.

Ilustrado com centenas de cartazes, cenas de filmes e retratos de atores, o livro traz lado a lado as obras mais significativas de todos os gêneros - de ação a vanguarda, passando por animação, comédia, aventura, documentário, musical, romance, drama, suspense, terror, curta-metragem ficção científica. Organizado por ordem cronológica, este livro pode ser usado para aprofundar seus conhecimentos sobre um filme específico ou apenas para escolher o que ver hoje à noite. Traduzido para 25 línguas e com mais de um milhão de exemplares vendidos, "1001 filmes para ver antes de morrer" inclui obras de mais de 30 países e revela o que há de melhor no cinema de todos os tempos.
É claro que eu, amante das duas coisas Sétima Arte e Listas , não podia deixar passar a oportunidade de trazer para vocês a lista dos filmes e os respectivos links na nossa querida mulinha que vai trabalhar sem parar por um bom tempo...rsrsrs
Lembrem-se que as datas e traduçoes dos títulos dos filmes segue a lista do livro e não do IMDb.
Sempre que necessitarem de fontes na mula é só solicitar. Abraços a todos.

NOSSOS DIRETORES

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

278. OS SETE SAMURAIS (1954)

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No Japão do século XVI, durante a Era Sengoku, uma aldeia de lavradores sofre freqüentes ataques de bandidos, que saqueiam sua produção e levam suas mulheres. Sofrendo grande miséria por causa dessa condição, os moradores decidem resistir aos ataques, mas para isso precisam de pessoas que conheçam a arte da guerra. Alguns deles, tendo como recurso apenas comida, saem para contratar Ronins (samurais sem um senhor) que os defendam. Nessa busca encontram Shimada e pedem a ele ajuda. Unindo-se com outros sete ronins eles passam a ser Os Sete Samurais. O grupo reunido começa a ensinar às pessoas da aldeia a se defenderem em troca de comida. Cada um dos sete samurais era detentor de habilidades específicas, incluindo uso da espada, visão estratégica, coragem, sabedoria, liderança, comicidade. Vários temas são levantados referentes à cultura japonesa, como a morte, o aprendizado, a miséria, a estratégia militar, a obediência, a castidade, a piedade, as diferenças sociais e o respeito.

Premiações
-Recebeu 2 indicações ao Oscar nas categorias Melhor Direção de Arte - Preto e Branco e Melhor Figurino - Preto e Branco.
-Academia Britânica - Indicado aos Prêmios de Melhor Filme e de Melhor Ator Estrangeiro (Toshirô Mifune e Takashi Shimura).
-Festival de Veneza - Indicado ao Prêmio Leão de Ouro.

Curiosidades
-As filmagens de Os Sete Samurais tiveram que ser interrompidas por diversas vezes devido à falta de cavalos para a realização das cenas finais de batalha.
-O ator Seiji Miyaguchi, que interpreta o samurai Kyuzo, nunca havia tocado em uma espada antes de rodar Os Sete Samurais. Foi graças à uma cuidadosa edição usada no filme que o ator pôde passar para o público a impressão de que ele era um mestre na arte espadachim.
-Quando foi lançado pela primeira vez nos Estados Unidos e na Europa foi exibida uma versão de Os Sete Samurais que tinha apenas 141 minutos.
-Foi refilmado como Sete Homens e Um Destino (1960)

Crítica
Honra de miseráveis
por Radamés Manosso

Aprendemos a ver os samurais como uma versão japonesa dos cavaleiros andantes, como guerreiros obcecados pela honra, pelo aperfeiçoamento de suas habilidades e imbuídos de nobres ideais. Assim como os cavaleiros andantes, os samurais tiveram seu tempo até que o mundo deles começou a desmoronar. Bem, os sete samurais do filme têm todas essas características, mas também são seres humanos com história e sentimentos e enfrentam a miséria em uma época de provações terríveis.

Akira Kurosawa compôs um painel social amplo de um Japão conturbado por guerras intermináveis e classes sociais em conflito. Temos os camponeses oprimidos pelos poderosos e atormentados por bandoleiros. Temos os samurais que vagueiam pelas vilas em busca de trabalho e, por fim, os bandoleiros que também não passam de miseráveis e vivem do saque. A história se passa no século XVI e começa quando um camponês flagra a conversa de um grupo de bandoleiros. Eles planejam o ataque à aldeia do camponês assim que terminar a colheita, para que o saque seja mais proveitoso. Os pobres camponeses se reúnem para ver o que pode ser feito e decidem contratar os serviços de alguns samurais para protegê-los. O problema é que os lavradores são miseráveis e não têm como pagar pelos serviços. Depois de muitas dificuldades e peripécias, finalmente os camponeses conseguem trazer até a aldeia um grupo de sete samurais. Não é um grupo ideal, convenhamos, mas no calor da batalha é que se forjam os heróis. Um longo treinamento e uma dura batalha espera os camponeses que agora contam com proteção.

Os camponeses são miseráveis, mas ricos psicologicamente: o velho patriarca é cheio de astúcia; o jovem Rikichi é o líder que não se rende ao conformismo; o velho Manzo é o pai mesquinho que esconde a filha por medo de que os samurais a desonrem. Cada samurai também tem muito a dizer. Shimada é o líder. Homem desprendido e generoso, é um guerreiro experiente e líder astuto. É ele que monta a estratégia para a batalha. Kyuzo é um samurai litúrgico, austero, espadachim exímio, para quem ser samurai é um sacerdócio. Superar limites e executar missões impossíveis é com ele. Katsushiro é um rapaz inexperiente que tem veneração pelos samurais e quer a todo custo se tornar um deles. Só que para isso, ele precisa crescer e se tornar um homem. Kikuchiyo é um bufão ridicularizado por todos que tenta se unir ao grupo a todo custo. Para conquistar seu espaço ele tem que mostrar a que veio e precisa enfrentar seu passado obscuro e terrível.

É preciso pensar com uma cabeça oriental, para aproveitar o máximo que este filme têm a nos oferecer. É um filme com longos silêncios, com interpretações estilizadas e teatrais e fala sobre um universo estranho para os ocidentais. Quem no ocidente se preocupa com honra? Mas o shakespeariano Kurosawa tem a força: o enredo é envolvente e denso, as cenas de batalha são exuberantes, os personagens são complexos e a fotografia é magnífica. Tudo isso é universal e perfeitamente assimilável por um ocidental.

Os sete samurais é um filme sobre miséria extrema e nobres guerreiros desprezados. Na cena final, Akira compõe a última pintura viva do filme: os sete samurais aparecem juntos mais uma vez. Poderosa reflexão sobre vitória e derrota. Uma reflexão universal, mas com uma dimensão maior para o povo japonês que, em 1954, ainda se recompunha da derrota na Segunda Guerra Mundial.

Screens


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Seven.Samurai.(1954).DVDRip.XviD.cd1-SCHiZO.avi
Seven.Samurai.(1954).DVDRip.XviD.cd2-SCHiZO.avi

Legenda
Seven.Samurai.(1954).DVDRip.XviD-SCHiZO.srt

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