Traduzido para 25 línguas e com mais de um milhão de exemplares vendidos, 1001 filmes para ver antes de morrer inclui obras de mais de 30 países e revela o que há de melhor no cinema de todos os tempos. Mais de 50 críticos consagrados selecionaram 1001 filmes imperdíveis e os reuniram neste guia de referência para todos os apaixonados pela sétima arte.

Ilustrado com centenas de cartazes, cenas de filmes e retratos de atores, o livro traz lado a lado as obras mais significativas de todos os gêneros - de ação a vanguarda, passando por animação, comédia, aventura, documentário, musical, romance, drama, suspense, terror, curta-metragem ficção científica. Organizado por ordem cronológica, este livro pode ser usado para aprofundar seus conhecimentos sobre um filme específico ou apenas para escolher o que ver hoje à noite. Traduzido para 25 línguas e com mais de um milhão de exemplares vendidos, "1001 filmes para ver antes de morrer" inclui obras de mais de 30 países e revela o que há de melhor no cinema de todos os tempos.
É claro que eu, amante das duas coisas Sétima Arte e Listas , não podia deixar passar a oportunidade de trazer para vocês a lista dos filmes e os respectivos links na nossa querida mulinha que vai trabalhar sem parar por um bom tempo...rsrsrs
Lembrem-se que as datas e traduçoes dos títulos dos filmes segue a lista do livro e não do IMDb.
Sempre que necessitarem de fontes na mula é só solicitar. Abraços a todos.

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domingo, 18 de julho de 2010

399. THE COOL WORLD (1963)

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"The cool world, exibido no ciclo New York do Forum des Images em Paris, é uma eclosão de ritmos, sons e imagens de uma Big Apple pulsante, traiçoeira e politizada dos anos 1960. Shirley Clarke, uma das expoentes de um cinema nascido em universidade, mas com vocação para as ruas, vai construir sua obra a partir de uma espécie de flerte com experimentalismos que vão, de alguma maneira, expor uma atitude de olhar para a história do cinema, narrativo, clássico ou vanguardista, e extrair dela os elementos fílmicos para essa construção. Década de 1960 é sinônimo de uma levada mais ágil de um jazz negro que se fazia pelas mãos de Thelonious Monk, Dizzie Gillespie – algo presente, inclusive, em Shadows, de John Cassavettes -, bem como a agitação e protestos dos negros em New York, algo ressonante também no filme cassavettiano há pouco citado.

No primeiro plano de The cool world, escutamos um discurso de segregação proferido por um negro enquanto a câmera, em caráter documental, vai percorrer as ruas movimentadas e perigosas de New York. Uma espécie de Mean streets (coincidentemente, ou não, exibido logo após o filme de Clarke) que vai substituir a Little Italy pelo Harlem. É preciso repetir e salientar essa faceta documental de The cool world: mais do que um filme, uma ficção sobre um negro que quer ascender ao posto de chefe da gangue dos The Loups, o que temos e o que vemos é um retrato vivo e revelador de uma cidade dividida e repleta de tipos e acontecimentos que vão refletir o espírito de um tempo e de um local, sem, no entanto, o fazer de maneira datada – e é aí que entra a ficção e seu poder de recriação do corpo no espaço, capaz de refletir questões que sempre se mostram atuais. Uma mescla reveladora, um dispositivo ao mesmo tempo fantasioso e realista, no sentido mais caro, por exemplo, ao do cinema de Abbas Kiarostami ou nas fabulações do cinema verité de Jean Rouch.

The cool world, ironia a um mundo nada tranqüilo, onde, a cada esquina, há uma nova eclosão de movimentos raciais e religiosos, que se fundem aos retratos e paisagens citadinos. Enquanto Duke, personagem principal, segue em sua trajetória dentro de seu gueto, a câmera ganha as ruas, improvisa imagens, se permite envolver no ritmo do jazz tocado por Gillespie. Um cinema que não quer se reduzir à sua trama, ao contrário, que procura jogar diretamente com o fortuito e fazer dele o próprio filme. Shirley Clarke tem o argumento, o roteiro de seu filme: no entanto, a construção dos meandros cinematográficos de The cool world vão sendo conformados pelas pessoas e fatos que transitam pelas avenidas, ônibus e bares da região do Bronx. A narrativa, os cortes, todos seguem o ritmo frenético da agitação que ganha a tela e que se traduz e se complementa com a trilha.

A câmera na mão, uma montagem mais libertária (que por vezes foge à narrativa para fazer incursões pela cidade, tal qual um dândi) e um rompimento com as amarras clássicas do cinema: o estúdio é substituído pela cidade, um retorno, quiçá, aos primeiros momentos do cinema em que a câmera se voltava para o instante, para o trem que passa, ou para o dia-a-dia dos operários que saem da fabrica após uma jornada de trabalho. The cool world se constrói no instante, na observação da cidade, ao fazer de seus monumentos personagens, e ao imprimir na narrativa em off uma apresentação de vários lugares e olhares.

A saga de Duke chega ao fim; vemos, durante o filme, sua ascensão e queda, a ficção tem a dimensão do controle dentro da estrutura fílmica. No entanto, The cool world termina da mesma maneira como se iniciou: alguém que discursa enquanto transeuntes caminham pelas ruas e são flagrados pela câmera, quase involuntariamente. A cidade segue viva e o cinema se mostra o lugar da ordem e desordem, do controle e do caos, do previsto e não-previsto, sem necessariamente ser necessário separá-los."
Por Leonardo Amaral (Filmes Polvo)

Screens


Link ed2K
The.Cool.World.(1963).(Subbed.FR).XviD.avi

Sem Legendas em PTBR

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