Traduzido para 25 línguas e com mais de um milhão de exemplares vendidos, 1001 filmes para ver antes de morrer inclui obras de mais de 30 países e revela o que há de melhor no cinema de todos os tempos. Mais de 50 críticos consagrados selecionaram 1001 filmes imperdíveis e os reuniram neste guia de referência para todos os apaixonados pela sétima arte.

Ilustrado com centenas de cartazes, cenas de filmes e retratos de atores, o livro traz lado a lado as obras mais significativas de todos os gêneros - de ação a vanguarda, passando por animação, comédia, aventura, documentário, musical, romance, drama, suspense, terror, curta-metragem ficção científica. Organizado por ordem cronológica, este livro pode ser usado para aprofundar seus conhecimentos sobre um filme específico ou apenas para escolher o que ver hoje à noite. Traduzido para 25 línguas e com mais de um milhão de exemplares vendidos, "1001 filmes para ver antes de morrer" inclui obras de mais de 30 países e revela o que há de melhor no cinema de todos os tempos.
É claro que eu, amante das duas coisas Sétima Arte e Listas , não podia deixar passar a oportunidade de trazer para vocês a lista dos filmes e os respectivos links na nossa querida mulinha que vai trabalhar sem parar por um bom tempo...rsrsrs
Lembrem-se que as datas e traduçoes dos títulos dos filmes segue a lista do livro e não do IMDb.
Sempre que necessitarem de fontes na mula é só solicitar. Abraços a todos.

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terça-feira, 13 de julho de 2010

386. O ECLIPSE (1962)

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Após brigar com o namorado, Vittoria se apaixona por Piero, um sedutor e materialista corretor da Bolsa de Valores. Apesar do real interesse de Vittoria, Piero não deseja um relacionamento sólido, por conta da sua personalidade volúvel.

Premiações
- Ganhou o Prêmio Especial do Júri, no Festival de Cannes.

Crítica
O eclipse (L’eclisse; 1961) coroa a trilogia fundamental do cineasta italiano Michelangelo Antonioni. Completando aquilo que ele começara a dizer em A aventura (1959) e seguira implacável por A noite (1960), o realizador altera a percepção cinematográfica da crise do homem do século XX diante dos impasses mal definidos dos relacionamentos pessoais. A questão homem-e-mulher em Antonioni adquiriu nos três filmes uma estatura diferente, um modelo que, apesar de ele antes já ter aprofundado seus temas em obras-primas como As amigas (1955) e O grito (1957), era desconhecido e secreto. No início de O eclipse planos e diálogos ríspidos e exasperantes revelam a insatisfação da protagonista ao contato com os rumos de sua relação com o amante; as preocupações, avanços e recuos das cenas iniciais entre Vitória e Ricardo não são tematicamente novas, novo é o olhar enviesado e marcadamente geométrico de Antonioni para o gesto humano circundado por um cenário característico. Antonioni é formalista; mas seu formalismo nunca é vazio: a profundidade está colada na forma. Em seus filmes da trilogia do vazio Antonioni depura o cinema que outro italiano, Roberto Rossellini, já apresentava a platéias perplexas e despreparadas no começo da década de 50 em Europa 51 (1952) e Viagem à Itália (1953).

Quem se dispuser a exercitar o olhar por seqüências ora de um, ora de outro filme da trilogia, parece que está assistindo a peças de uma mesma narrativa. A coerência destes filmes é seu coração estético. Em O eclipse a câmara persegue o caminhar e o rosto de Monica Vitti, mulher do cineasta; se você olhar em seguida um plano de Jeanne Moreau caminhando em A noite, terá a impressão de que são partes da mesma caminhada. Em O eclipse um ventilador gira mexendo as páginas de um livro; os planos de natureza do começo de A aventura poderiam imiscuir-se dialeticamente nas observações densamente urbanas de O eclipse.

É impressionante a plasticidade lenta e elaborada de O eclipse, talvez o mais abstrato dos filmes da trilogia; quando o espectador se dá conta, já se foi uma hora de filme sem nada, o tédio mesmo em cena, a balbúrdia nas cenas da Bolsa de Valores, as estéreis indecisões sentimentais de Vitória, a figura plana e árida de Piero (um jovem e escultural Alain Delon). A magia de Antonioni vem do conceito de expor impiedosamente, numa forma tão revolucionária quanto adequada, a falta de perspectivas da burguesia européia de então.

O senso do cenário é um dado de que Antonioni nunca abdica; o cenário em Antonioni é uma personagem da linguagem. O símbolo está ali e parece bastar-se por si mesmo. É pelo raciocínio do cenário que se explica a conclusão narrativa de O eclipse, talvez a mais engenhosa conclusão cinematográfica de uma obra de Antonioni, sempre maravilhoso nos finais de seus filmes. Senão vejamos. Depois do aparente ajuste de Piero e Virótia, Antonioni dispõe planos diversos que buscam significar a estética urbana da década de 60. Um plano fixo de um objeto, outro plano fixo e outro objeto, e assim por diante, algumas breves panorâmicas, um pequeno e curvo plano aéreo, tudo articulado para gerar o último plano do filme, a intensa luminosidade do eclipse que cega o espectador e liquida com a visibilidade do filme. De certa maneira, a insistência de planos da seqüência final vai pouco a pouco abstraindo o conteúdo dos planos para se converter numa forma pura, que é a raiz da novidade reflexiva de Antonioni.

Há um paradoxo em O eclipse, cujo véu se torna obscuro de desvendar (as coisas nunca são simples com Antonioni): quanto mais se enraíza num cinema literário e existencial, mais a forma de Antonioni documenta o mundo. É mais ou menos este paradoxo ontológico que torna o fim de O eclipse tão inquietante: vemos as imagens do olhar interior de Antonioni ao mesmo tempo em que estão ali significativas documentações da civilização moderna. (Eron Fagundes)

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