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Em 1924, o jovem Serguei Eisenstein, então com 26 anos, dirigiu o filme que mudaria a estética e a linguagem do Cinema Soviético, A GREVE é uma visionária experimentação de manipulação de imagem. Recriando brilhantemente a greve que ocorreu em 1912 na Tsarist Russia, num conflito entre operários e policia.
A Greve contém já as sementes de quase todos os elementos que, de forma mais madura, surgiriam em seus filmes posteriores. Segundo as palavras do próprio Eisenstein, o filme era "Incômodo. Angular. Surpreendente. Ousado(...) uma típica 'primeira obra', exaltada e belicosa, igual ao que eu era naqueles anos."
A ação do filme desenrola-se dentro de uma das maiores fábricas da Rússia czarista, quando os operários decidem entrar em greve e sofrem uma violenta repressão por parte da direção da fábrica. O filme é todo desenvolvido em cima da idéia da montagem de atrações, herói do filme é coletivo, e a ação é de massas, não individual, batendo de frente com toda a tradição psicologista tanto do cinema quanto do teatro, que era apontada como a expressão mais acabada da arte burguesa, onde o indivíduo se vê desligado da coletividade. "A Greve", vincula-se então dentro de todo um desenvolvimento da arte revolucionária dentro da Rússia, tanto do teatro de Meyerhold, quanto do cinema de Kuleshov e Dziga Vertov, da provocação futurista de Maiakovski e da ação dos construtivistas dentro da União Soviética.
O filme, ao ser exibido pela primeira vez, em 1925, em Leningrado causou grande furor. Ele representava uma inovação sem precedentes no cinema. A imprensa da época o considerou um marco. O jornal Izvestia apresentava o filme como "um imenso e interessante triunfo no desenvolvimento de nossa arte", A Kiuno Gazeta o descrevia como "um acontecimento gigantesco do cinema soviético, russo e mundial", e o Pravda anunciava a "primeira criação revolucionária do cinema".
O triunfo do filme, mais do que tudo, era o triunfo de suas teorias sobre os métodos de Stanislvaski e do Teatro de Arte de Moscou. Segundo ele, “O Teatro de Arte de Moscou é meu inimigo mortal. É a antítese total de tudo o que tento fazer. Nele amarram-se emoções umas às outras para dar uma ilusão contínua de realidade, enquanto que eu tiro fotografias da realidade para depois as selecionar de modo a produzir emoções (...). Não sou um realista, sou um materialista. Creio nas coisas materiais, creio que a matéria fornece a base de todas as nossas sensações. Afasto-me do realismo para ir à realidade.”
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Stachka.(1924).(RUS&ENG.Intertitles).DVDRip.XviD.avi
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