Traduzido para 25 línguas e com mais de um milhão de exemplares vendidos, 1001 filmes para ver antes de morrer inclui obras de mais de 30 países e revela o que há de melhor no cinema de todos os tempos. Mais de 50 críticos consagrados selecionaram 1001 filmes imperdíveis e os reuniram neste guia de referência para todos os apaixonados pela sétima arte.

Ilustrado com centenas de cartazes, cenas de filmes e retratos de atores, o livro traz lado a lado as obras mais significativas de todos os gêneros - de ação a vanguarda, passando por animação, comédia, aventura, documentário, musical, romance, drama, suspense, terror, curta-metragem ficção científica. Organizado por ordem cronológica, este livro pode ser usado para aprofundar seus conhecimentos sobre um filme específico ou apenas para escolher o que ver hoje à noite. Traduzido para 25 línguas e com mais de um milhão de exemplares vendidos, "1001 filmes para ver antes de morrer" inclui obras de mais de 30 países e revela o que há de melhor no cinema de todos os tempos.
É claro que eu, amante das duas coisas Sétima Arte e Listas , não podia deixar passar a oportunidade de trazer para vocês a lista dos filmes e os respectivos links na nossa querida mulinha que vai trabalhar sem parar por um bom tempo...rsrsrs
Lembrem-se que as datas e traduçoes dos títulos dos filmes segue a lista do livro e não do IMDb.
Sempre que necessitarem de fontes na mula é só solicitar. Abraços a todos.

NOSSOS DIRETORES

domingo, 14 de novembro de 2010

467. REBELDIA INDOMÁVEL (1967)

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Luke (Paul Newman) é enviado para a prisão por quebrar paquímetros em uma noite de bebedeira, onde ele logo ganha a reputação de ser mau. O chefe de uma gangue interna o detesta, e tenta acabar com ele em uma briga, mas acaba perdendo, o que significa maior respeito para Luke. A partir daí, Luke põe em prática vários planos de fuga, mas eles falham um-a-um, e a cada dia que passa ele vai sendo mais detestado pelos guardas da prisão.

Curiosidades
- Em 2003, o AFI elegeu Luke Jackson como o trigésimo maior herói dos filmes americanos. Em 2007, o filme ficou em 71º na lista dos cem filmes mais inspiradores.
- A fala, ouvida duas vezes no filme:What we've got here is (a) failure to communicate ("O que nós temos aqui é uma falha de comunicação") se tornou famosa entre o público americano e foi eleita a 11ª entre as 100 mais memoráveis citações ouvidas no cinema americano.
- Em 2005, a Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos selecionou o filme para preservação por sua importância cultural, histórica e estética.

Premiações
Oscar (1968) - Vencedor do Prêmio de Melhor Ator Coadjuvante George Kennedy , Indicado nas Categorias de Melhor Ator (Paul Newman), Melhor Música e Melhor Roteiro Adaptado.
Globo de Ouro (1968) - Indicado aos Premios de Melhor Ator Paul Newman e Melhor Ator Coadjuvante George Kennedy.
Laurel Awards (1968) - George Kennedy venceu como Melhor Ator Coadjuvante

Crítica
Paul Newman, de “Golpe de Mestre”. Paul Newman, de “Butch Cassidy”. Paul Newman, de “Desafio à Corrupção”, “Inferno na Torre”, “Marcado pela Sarjeta”. Mas acima de tudo, Paul Newman, de “Rebeldia Indomável”. Se fosse preciso escolher um filme – e é uma possibilidade idiota – para definir o que representou Paul Newman na história do cinema, bastaria a indicação de “Rebeldia Indomável”para apresentar os predicados de um dos maiores mitos da história do cinema, digno representante de um tempo onde tudo em uma produção podia girar em torno de uma interpretação, do carisma infindável de um astro, da própria essência dele em cada frame de um filme.

“Rebeldia Indomável” transpira Paul Newman em cada segundo, e por mais que pareça exagero tantas afirmações em torno do carisma do grande astro em seu papel mais famoso, o de Luke Jackson, sua presença é tão hipnótica que confirma a idéia de que, hoje, tempos como o de “Cool Hand Luke”não existem mais, porque os grandes astros, da forma como existiam antes, não existem mais ( e não é demérito a todo o talento absurdo de atores como Pacino, DeNiro e outros ), e que exemplos do que acontece aqui no filme de Stuart Rosenberg são únicos. O filme é a apoteose de um ator. Tudo gira em torno dele, tudo é feito por ele, tudo responde a ele.

O Luke de Newman é um rebelde por natureza, preso por um crime insignificante e condenado a dois anos de trabalhos em uma colônia penal rigorosa em suas normas e convenções. O lugar errado para um homem que jamais se dobrou a nenhum tipo de regra, mesmo sem saber ao certo porque ele age assim. Faz parte de sua natureza, ele não pode evitar – como fica claro na conversa que ele tem com sua mãe ( Jo Van Fleet, admirável em poucos minutos em cena, sentada, atingindo um nível de interpretação que muitos atores apenas sonham em uma carreira inteira ). Uma característica indissociável de Luke, que se percebe desde a luta de boxe célebre com Dragline ( George Kennedy, ganhador do Oscar de coadjuvante, enquanto Newman foi indicado pelo desempenho) , primeiro seu desafeto, e pouco a pouco dependente do sopro de vida e inconformidade de Luke. Luke era o filho mais amado ( “Sempre se ama mais a um filho do que a outro”diz sua mãe, com amargor ) mas não correspondeu äs expectativas, simplesmente porque jamais se dobrou a atender à expectativas de ninguém.A presença de uma personalidade tão forte em um ambiente fechado só pode causar problemas, e causam.

Mas a imposição do sistema tentando dobrar a personalidade do prisioneiro é desafiada com uma simples frase: “Vai ter que me matar!” E como dobrar um homem que se dispõe a comer 50 ovos em uma hora apenas para ganhar uma aposta? Um homem que afirma sem pudores que, em determinadas situações, mais vale a pena não ter nada, nem um ás na manga, mas se sentir livre para fazer a jogada que bem entender?

Essa veia inconformista transpira em cada poro da interpretação de Newman. A ironia do sistema, na figura do diretor da colônia penal, é alegar falta de comunicação ( toda a frase se tornou Cult e popular depois que o Guns n`Roses a usou na íntegra na introdução de uma de suas músicas, “Civil War”). Esse tipo de reação ao sistema e ä sua forma de comunicação e suas normas tornou o personagem de Luke em um ícone do inconformismo. “Me ame, me odeie, mas prove que está aí” grita ele, na chuva, para Deus, esperando uma resposta – que, obviamente, não surge. Esse ressentimento com os rumos da própria vida ainda surgem em uma cena memorável, onde Newman toca e canta "Plastic Jesus" após perder a única pessoa que parecia entendê-lo.

O sorriso de Newman cai como uma luva para transparecer ironia e uma madura sensibilidade ao tema em resposta ao “Ele é nosso”pregado pelos guardas da prisão – a própria encarnação do sistema controlador, representada principalmente pelo chefe dos guardas que nunca mostra seus olhos, sempre se esconde atrás dos óculos espelhadas que refletem o mundo da colônia penal. O sorriso de Luke, ao finalmente se dar conta de que eles – os guardas, a prisão, a vida, o sistema, as regras –“ jamais bateriam nele novamente” sela com chave de ouro uma obra que atesta o esplendor máximo de um dos maiores atores da história do cinema. “Rebeldia Indomável”é essencial.

Por Fábio Rockenbach em O Século da Luz

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