Traduzido para 25 línguas e com mais de um milhão de exemplares vendidos, 1001 filmes para ver antes de morrer inclui obras de mais de 30 países e revela o que há de melhor no cinema de todos os tempos. Mais de 50 críticos consagrados selecionaram 1001 filmes imperdíveis e os reuniram neste guia de referência para todos os apaixonados pela sétima arte.

Ilustrado com centenas de cartazes, cenas de filmes e retratos de atores, o livro traz lado a lado as obras mais significativas de todos os gêneros - de ação a vanguarda, passando por animação, comédia, aventura, documentário, musical, romance, drama, suspense, terror, curta-metragem ficção científica. Organizado por ordem cronológica, este livro pode ser usado para aprofundar seus conhecimentos sobre um filme específico ou apenas para escolher o que ver hoje à noite. Traduzido para 25 línguas e com mais de um milhão de exemplares vendidos, "1001 filmes para ver antes de morrer" inclui obras de mais de 30 países e revela o que há de melhor no cinema de todos os tempos.
É claro que eu, amante das duas coisas Sétima Arte e Listas , não podia deixar passar a oportunidade de trazer para vocês a lista dos filmes e os respectivos links na nossa querida mulinha que vai trabalhar sem parar por um bom tempo...rsrsrs
Lembrem-se que as datas e traduçoes dos títulos dos filmes segue a lista do livro e não do IMDb.
Sempre que necessitarem de fontes na mula é só solicitar. Abraços a todos.

NOSSOS DIRETORES

domingo, 24 de outubro de 2010

458. DUAS OU TRÊS COISAS QUE EU SEI DELA (1967)

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O "Dela" no título do filme se refere à Paris dos anos 60, um retrato da sociedade de consumo, em meio à pobreza das massas e conflitos como a Guerra do Vietnã. Um dos exemplos dessa atmosfera é Vlady, uma dona-de-casa que se divide entre cuidar da família e a prostituição, o meio mais fácil que encontra para poder ganhar dinheiro e satisfazer suas necessidades mais frívolas.

Crítica
"Em A invenção do cotidiano, Michel de Certeau compara a cidade à poesia. Sim, pois as figuras de linguagem, que tramam um rumo incerto na produção de significados, são comparáveis às figuras ambulatórias, ou aos habitantes da cidade que, ao percorrerem os lugares, promovem práticas de espaço que dão um sentido metafórico à urbe pensada a partir do sentido literal desenvolvido pelo planejamento urbano. Michel de Certeau pensa a cidade a partir da linguagem. E é este o processo desenvolvido por Godard em Duas ou três coisas que eu sei dela.

"Ela", que está no título do filme, como muitos sabem, não é Juliette Jeanson, a mulher que se divide entre os papéis de prostituta e dona-de-casa. "Ela" é Paris, bem como a cidade de pedra que se ergue, e seus habitantes que passam pelas ruas, e as problemáticas sociais no contexto do capitalismo, e até mesmo os sinais que nos remetem a Paris inserida no mundo, com claras referências à Guerra do Vietnã. Mas Juliette está lá para revelar algumas elocubrações de Godard, como quando está deitada na cama e fita a câmera dizendo sensivelmente que "a linguagem é o lugar que nós habitamos".

Em dado momento, a voz do narrador afirma entre sussurros que estuda a cidade como se fosse um biólogo diante da natureza, e a cidade é o seu objeto. Sabemos que se trata de uma ironia do Godard, que no seu fino trato com a ficção que dialoga com o documentário na construção de um argumentação a respeito do mundo histórico, de modo algum apresentaria um olhar reificante perante o mundo. Godard, um admirador do existencialismo, nega a dimensão do olhar cartesiano que coisifica o mundo a partir de uma relação intrínsica entre conhecimento e poder.

Godard nega não só Descartes, como também um crítico de Descartes, Wittgenstein. Na cena em que um primeiro plano submerge numa xícara de café, Godard cita a famosa frase do Tractactus Logico-Philosophicus, de Wittgenstein: "Os limites do meu mundo são os limites da minha linguagem". Ao que em seguida vemos Juliette andando por Paris e dizendo: "mas o mundo sou eu".

Uma das cenas finais do filme apresenta Juliette no centro de uma paisagem de altos edifícios. Ela diz: "uma paisagem é um rosto". Ou seja: uma paisagem urbana está circunscrita pelos afetos de seus habitantes. E a câmera realiza uma panorâmica de 360° perscrutando os edifícios da cidade enquanto Juliette afirma: "logo percebi que eu sou o mundo, e que o mundo sou eu".

Assim, o lugar de Godard é junto à fenomenologia de Merleau-Ponty expressa em O olho e o espírito: a sutil revelação de que "penso, logo, existo" é um inferência que coloca o mundo como objeto e aquele que o concluiu como sujeito, até nos darmos conta de que nosso corpo está no mundo e que não somos apenas aqueles que vêem, mas também a materialidade dos que são vistos."
Fonte - Tatiana Hora - FlordeHospital.Blogspot

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