



Ferdinand e Marianne, antigos amigos, se reencontram e passam a noite juntos. Marianne prefere chamá-lo de Pierrot. Quando amanhece, um cadáver encontrado no apartamento e uma história meio sinistra sobre uns gangsteres os obrigam a fugir. Depois de muitas loucuras, eles acabam numa praia. Marianne se cansa de tudo, trai Ferdinand com o chefe dos gangsteres e morre por isso. Ferdinand pinta o rosto de azul, amarra explosivos na cabeça, acende o pavio, se arrepende tarde demais.
Premiações
*Indicado ao BAFTA de Melhor Ator Estrangeiro Jean-Paul Belmondo em 1967
*Indicado ao Leão de Ouro no Festival de Veneza em 1965
*Vencedor do Sutherland Trophy no British Film Institute Awards em 1965
Crítica
Pierot Le Fou (O Demônio das Onze Horas) é uma adaptação da novela Obsession, do norte-americano Lionel White.Um enorme e forte ensaio sobre as condições humanas, sobre as fronteiras do que é real e o que é ficção.
"Pierot" é o espelho de um Godard contestador, engaijado em um cinema que fosse em direção oposta ao estabilishment da época.
Godard utiliza em seu "Pierot" de várias referências à Poesia e ao Cinema.Há instantes que para tratar da relação entre "Pierot" (Ferdinand) e Marianne, Godard utiliza-se do lirismo do melodrama e do musical, em seguida, utiliza do interlúdio para nomear e anunciar as sequências( fuga, espera, ódio, amor, perigo...).
Tudo isso faz parte de seu experimentalismo, auxilia na aproximação com o real, e faz com que a trama a construa o carater pertubador de Pierrot.
O Roteiro de "Pierot" segue o mesmo caminho de experimentalismo. A narrativa é fragmentada, cria expectativas sobre o que acontecia, ao mesmo tempo em que compõe a unidade da trama.
Godard constrói personagens ricos em lirismo, e que ao mesmo tempo servem para legitimar o caráter contestador da obra.
Marianne, brilhantemente interpretada pela pérola da Nouvelle Vague, Anna Karina, é uma mulher forte, que conduz as ações, enquanto o homen ler, fuma, e escreve no seu diário.
Ferdinand (Pierot) é um protagonista difernte daqueles do cinema tradicional. Ele, assim como Marianne, não tem objetivos definidos, como fica claro no instante em queMarianne irá questionar: "Não sei o que fazer. O que faço eu?".
Quanto a aspectos técnicos, Pierrot Le Fou é encantador, a Fotografia de Raoul Coutard ( que fotografou também Acossado e Jules e Jim), mostra o sul da França de forma a dar uma sujestividade à obra, aquele lugar também representava a fuga de Pierot e Marianne do mundo burguês de Paris.
A Montagem de Françoise Collin igualmente brilhante, em determinados momentos temos um flashback e só nos damos contas depois.
Além disso, temos a Trilha Sonora composta por Antoine Duhamel, que é algo essencial na história, muito be empregadas em cada situação vivida pelos personagens.
Pierrot é Godard em mais um "filme de autor".É o diretor reafirmando, mais uma vez, o seu compromisso com a experimentação, ao mesmo tempo,ampliando as barreiras da expressão cinematográfica.
Fonte - Alan Kardec da Silva Pereira - Cineplayers
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