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O enredo gira em torno de Link Jones (Gary Cooper), taciturno vaqueiro que viaja de um vilarejo na fronteira do Texas com o México para contratar uma professora para as crianças do lugar. Largado por engano na vastidão do deserto junto a uma cantora de cabaré (Julie London) e um trapaceiro (Arthur O'Connell), ele é obrigado a reviver um passado nada agradável de assaltante de bancos e se reunir à antiga gangue do tio que o criou (Lee J. Cobb) para efetuar um assalto ambicioso. Anthony Mann recicla mais uma vez seu protagonista predileto (o homem amargurado que tenta fugir de um passado condenável), em uma trama que enfoca, mais uma vez, embates entre ex-amigos que agora se encontram em lados distintos da lei.
Crítica
Apenas um diretor muito amadurecido e em plena consciência de contexto histórico no seu trabalho poderia realizar O Homem do Oeste. Se John Ford, dois anos antes com Rastros de Ódio, apresentara uma visão mais melancólica e desiludida ao gênero, Anthony Mann acrescentou ainda mais ao que estava sucedendo na época: o declínio daquele que pode ser considerado o cinema americano por excelência, o faroeste. E, devido à sua qualidade, não nos resta outra opção além de o analisarmos no mesmo patamar da obra-prima de John Ford ou a outros gigantes como Rio Vermelho e Matar ou Morrer.
O protagonista Link Jones (Gary Cooper) é a síntese de que as coisas haviam mudado: abandou seu passado (criminoso, diga-se de passagem) para ter uma vida mais cômoda e honesta com sua esposa; anos depois, por uma fatalidade de destino, reencontra seu antigo tutor (que o tratava como filho) com outra gangue, mais jovem e também menos interessante; dadas às circunstâncias, Link Jones é forçado a acompanhar a gangue em um crime mais ambicioso – terá que encarar de maneira mais intensa do que nunca, porque agora ele tem consciência de quem realmente era, seu passado sujo e violento e, talvez, expugná-lo de uma vez por todas em sua última missão.
A semelhança com Os Imperdoáveis, a última obra-prima do faroeste, não é mera coincidência: o filme de Anthony Mann deve ter inspirado em muito Clint Eastwood para realizar, com muita propriedade, uma espécie de canto de cisne do gênero até o momento – e resta ao público que realmente ama o cinema torcer pela sua retomada, porque faz uma falta danada; e o seu esquecimento não seria a principal prova da desconfiguração que o cinema americano tem sofrido nos últimos tempos?
Por Alexandre Carneiro Rios Macedo
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Man.Of.The.West.(1958).(Dual.SPA.ENG).DVDRip.XviD-by.mercedes.avi
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(Postado pelo amigo Tetrão dos Amigos do CST)
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