


Em uma pequena cidade da Tchecoslováquia, em 1942, o carpinteiro Tony inesperadamente recebe o mandato de “Supervisor Ariano” de uma loja de botões.
Tony, de origem ariana, passa a ter direitos sobre a propriedade da Sra. Lautmann, de origem judaica. A dona da loja, em sua inocência e surdez, não compreende os fatos. Um amigo acomoda a situação. Tony comparece diariamente na loja, para os olhos da comunidade, como o supervisor, e para a simpática Sra. Lautmann, como um ajudante.
Não demora para Tony voltar a atenção para aquilo que gosta – e sabe fazer melhor. Começa a reformar os móveis da Sra. Lautmann. Cola, repara, enverniza. Raramente ajuda no balcão, e quando o faz, é um desastre. Judeus amigos da viúva premiam Tony com uma féria superior a que auferiria se tivesse realmente se adonado da loja. A mulher de Tony, que antes o desprezava, passa a paparicá-lo. Entre o carpinteiro e a idosa viúva uma improvável amizade vai tomando forma. Momentos de candura que duram pouco. Os nazistas estão recolhendo todos os judeus da cidade.
Premiações
*Venceu o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1966 e indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante Ida Kaminska em 1967
*Recebeu Menção Honrosa no Festival de Cannes (Jozef Króner e Ida Kaminska), e indicado ao Palma de Ouro em 1965
*Indicada ao Globo de Ouro por Melhor Atriz Ida Kaminska em 1967
*Venceu o New York Film Critics Circle Awards, como Melhor Filme Estrangeiro em 1966
Crítica
Anotação em 2009: A Pequena Loja da Rua Principal é um dos melhores filmes, se não o melhor, da Primavera de Praga – e houve vários belos filmes feitos na Tchecoslováquia naqueles anos 60, quando o país tentou uma liberalização da rigidez do sistema comunista, um “socialismo de face humana”, até que os tanques de Leonid Brejnev invadiram o país em 1968 para restaurar a “ordem”, a pax soviética.
É um filme belíssimo, tão emocionante, tocante, revisto hoje, tanto tempo depois, quanto foi nos anos 60. É até hoje, me parece, um dos melhores filmes sobre o Holocausto dos judeus pelo nazismo durante a Segunda Guerra Mundial.
É uma maravilhosa história sobre solidariedade entre pessoas de mundos diferentes; e os dois personagens principais, trágicos, miseráveis, abatidos em meio à tormenta, são muitíssimo bem construídos. Ficam na cabeça da gente para sempre a velhinha judia Rozalie Lautman e o pobre carpinteiro Toni Brtko, maravilhosamente interpretados por Jozef Króner e Ida Kaminska – duas criaturas que não conseguem se fazer entender, cujos diálogos são como conversas de surdos, mas que estabelecem um relacionamento profundo, marcante, impressionante.
Fala-se, no filme, do nazismo – mas é claro, é óbvio, é evidente que qualquer um entendia que se estava falando de invasor, de imperialismo, de estrangeiro mandando em seu país; é óbvio que se estava falando do regime comunista enfiado goela abaixo dos países da Europa Central pelos vencedores da guerra vindos do Leste – os soviéticos.
Fonte - 50 Anos de Filmes
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