Traduzido para 25 línguas e com mais de um milhão de exemplares vendidos, 1001 filmes para ver antes de morrer inclui obras de mais de 30 países e revela o que há de melhor no cinema de todos os tempos. Mais de 50 críticos consagrados selecionaram 1001 filmes imperdíveis e os reuniram neste guia de referência para todos os apaixonados pela sétima arte.

Ilustrado com centenas de cartazes, cenas de filmes e retratos de atores, o livro traz lado a lado as obras mais significativas de todos os gêneros - de ação a vanguarda, passando por animação, comédia, aventura, documentário, musical, romance, drama, suspense, terror, curta-metragem ficção científica. Organizado por ordem cronológica, este livro pode ser usado para aprofundar seus conhecimentos sobre um filme específico ou apenas para escolher o que ver hoje à noite. Traduzido para 25 línguas e com mais de um milhão de exemplares vendidos, "1001 filmes para ver antes de morrer" inclui obras de mais de 30 países e revela o que há de melhor no cinema de todos os tempos.
É claro que eu, amante das duas coisas Sétima Arte e Listas , não podia deixar passar a oportunidade de trazer para vocês a lista dos filmes e os respectivos links na nossa querida mulinha que vai trabalhar sem parar por um bom tempo...rsrsrs
Lembrem-se que as datas e traduçoes dos títulos dos filmes segue a lista do livro e não do IMDb.
Sempre que necessitarem de fontes na mula é só solicitar. Abraços a todos.

NOSSOS DIRETORES

sábado, 12 de junho de 2010

359. A AVENTURA (1960)

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Um grupo de Italianos ricos está em um cruzeiro pela costa da Sicília, quando uma das integrantes desaparece misteriosamente. Enquanto seu namorado e sua melhor amiga a procuram pela Itália, eles começam a ter um caso. Filme que abre a trilogia da incomunicabilidade, na qual Antonioni fal a sobre a mulher contemporânea.

Crítica
Cinéfilos nunca concordam em nada, mas quando a questão é decidir qual o melhor filme de Michelangelo Antonioni, os admiradores do diretor italiano costumam dividir-se em dois grupos. O primeiro deles prefere um de seus filmes em inglês, ou seja, sua obra-prima seria ou Profissão: Repórter, com Jack Nickholson (sobretudo por conta do virtuosístico plano-seqüência do final), ou Depois Daquele Beijo, com Vanessa Redgrave (nesse caso, os brasileiros sofreram muito, pois somente no ano passado foi lançada a versão original, com a metragem e as cores imaginadas pelo cineasta; antes só havia disponível uma cópia da Warner editada e esmaecida à disposição).

O segundo grupo prefere como auge da carreira de Antonioni um dos três filmes da chamada Trilogia da Incomunicabilidade. Neste caso, os cinéfilos brigam entre três filmes: A Aventura (os americanos são os que mais gostam), A Noite (a maioria dos cinéfilos, é seu filme mais conhecido) ou o desfecho, O Eclipse (considerado o mais radical de seus filmes). Para os brasileiros, essa escolha foi praticamente impossível, pois a Trilogia nunca fora antes lançada em vídeo (VHS ou DVD). Exceto A Noite, sempre presente em mostras pelo país, os outros dois filmes eram raridades em Pindorama.

Pois a Versátil acaba de corrigir esse defeito 45 anos depois do lançamento do lançamento da Trilogia. Os DVDs podem ser comprados ou alugados, finalmente, no Brasil. Bom, antes tarde do que nunca. É interessante notar que as distribuidoras estão sempre dispostas a lançar no país os mais infames filmes de Hollywood e nunca clássicos como esses. Antigamente chamavam isso de “imperialismo”, mas a palavra saiu de moda e agora se diz “lógica de mercado”.

A Aventura conta a história de um grupo de seis burgueses entediados (três casais) que partem para um cruzeiro a uma ilha inabitada e isolada da Sicília. Uma das moças, Anna, em briga constante com o namorado e com o pai, desaparece. Não se sabe se ela simplesmente foi embora por tédio ou se tentou o suicídio. O filme se deterá na busca à mulher e o impacto que o desaparecimento teve em seus amigos – que é quase nenhum.

Um dos grandes achados do filme é usar as ilhas, rochas, igrejas, cidades abandonadas e outras maravilhas arquitetônicas e naturais do sul da Itália como metáfora visual do vazio existencial das personagens. A melhor amiga da desaparecida, Claudia (Mônica Vitti), e seu namorado, Sandro (Gabriele Ferzetti), partem à procura da cidadã em cidades vizinhas. Logo se tornam amantes, não se sabe se por atração física ou se porque não tinham nada melhor mesmo para fazer.

A Aventura venceu o Grande Prêmio do Júri no Festival de Cannes de 1960 e catapultou a carreira internacional de Antonioni. Entre as cenas que poderíamos chamar de chocantes são os atos mesquinhos cometidos pelos endinheirados sem explicação, apenas por tédio. Um deles deixa cair um vaso histórico e valioso. Sandro derruba a tinta de um pintor só para iniciar uma briga. Nenhum deles deixa de freqüentar a festa à noite, mesmo sabendo que a amiga poderia estar morta naquele momento ou precisando da ajuda deles.

O mistério do desaparecimento não será revelado, de forma que a trama de suspense importa pouco no filme. Pode-se entender o desaparecimento de várias maneiras, mas, em vista do pouco interesse dos demais na morte da amiga, o melhor talvez seja mesmo o de não prestar atenção ao sumiço e focar-se no mundo de futilidades, de sexo apenas para passar o tempo, da sensação de poder que sentem os habitantes da alta classe italiana e a manipulação que eles podem fazer a si mesmos e com os outros.

Antonioni faria na seqüência A Noite com Marcello Mastroianni e Jeanne Moreau vivendo um casal entediado que vê o casamento acabar por falta de estímulos. Passado numa única noite, Mastroianni encontrará numa festa chique uma igualmente entediada Mônica Vitti e com ela tentará dar um sentido nas relações amorosas.

Atriz e diretor fariam ainda a parte final da trilogia, O Eclipse, com o galã francês Alain Delon, e o primeiro filme em cores do diretor, Deserto Vermelho. Era a época da industrialização da Itália e Antonioni filmou as transformações físicas e sociais em curso. Delon interpreta um ambicioso negociador da Bolsa de Valores obcecado em ganhar dinheiro. Em Deserto Rosso, a musa Vitti é a depressiva burguesa que vaga sem rumo portos italianos recém-construídos a procura de algo – não precisamente nada.

Depois da Trilogia e Deserto Vermelho, Antonioni faria seus próximos filmes para grandes estúdios americanos e ingleses com o produtor Carlo Ponti, marido de Sophia Loren, dando início a uma segunda fase em sua carreira sempre tão discutida, amada e detestada com fúria, mas felizmente não mais ignorada (afinal, os DVDs foram lançados).

(Cineplayers - Demetrius Caesar)

Premiações
*Festival Internacional de Cannes, França
Prêmio do Júri (Michelangelo Antonioni)
*Sindicato dos Jornalistas Críticos de Cinema, Itália
Prêmio Fita de Prata de Melhor Trilha Sonora

Indicações
*Academia Britânica de Cinema e Televisão, Inglaterra
Prêmio de Melhor Filme
Prêmio de Melhor Atriz Estrangeira (Monica Vitti)
*Festival Internacional de Cannes, França
Prêmio Palma de Ouro (Michelangelo Antonioni)
*Sindicato dos Jornalistas Críticos de Cinema, Itália
Prêmio Fita de Prata de Melhor Trilha Sonora (Giovanni Fusco)

Screens


Link ed2K (postado originalmente pelo amigo UserOffline do CST)
L'Avventura.(1960).iTALiAN.DVDRip.DivX5.avi

Legenda
L'Avventura.(1960).iTALiAN.DVDRip.DivX5.ptbr.srt
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