Traduzido para 25 línguas e com mais de um milhão de exemplares vendidos, 1001 filmes para ver antes de morrer inclui obras de mais de 30 países e revela o que há de melhor no cinema de todos os tempos. Mais de 50 críticos consagrados selecionaram 1001 filmes imperdíveis e os reuniram neste guia de referência para todos os apaixonados pela sétima arte.

Ilustrado com centenas de cartazes, cenas de filmes e retratos de atores, o livro traz lado a lado as obras mais significativas de todos os gêneros - de ação a vanguarda, passando por animação, comédia, aventura, documentário, musical, romance, drama, suspense, terror, curta-metragem ficção científica. Organizado por ordem cronológica, este livro pode ser usado para aprofundar seus conhecimentos sobre um filme específico ou apenas para escolher o que ver hoje à noite. Traduzido para 25 línguas e com mais de um milhão de exemplares vendidos, "1001 filmes para ver antes de morrer" inclui obras de mais de 30 países e revela o que há de melhor no cinema de todos os tempos.
É claro que eu, amante das duas coisas Sétima Arte e Listas , não podia deixar passar a oportunidade de trazer para vocês a lista dos filmes e os respectivos links na nossa querida mulinha que vai trabalhar sem parar por um bom tempo...rsrsrs
Lembrem-se que as datas e traduçoes dos títulos dos filmes segue a lista do livro e não do IMDb.
Sempre que necessitarem de fontes na mula é só solicitar. Abraços a todos.

NOSSOS DIRETORES

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

492. MINHA NOITE COM ELA (1969)

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Terceira parte da série "Seis Contos Morais", de Eric Rohmer, Minha Noite Com Ela (Ma Nuit Chez Maud), de 1969, é um dos clássicos da Nouvelle Vague. Indicado Ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Roteiro Original em 1970, o longa-metragem trabalha questões como ética, religião e filosofia, sempre tendo como pano de fundo os relacionamentos humanos.
O engenheiro Jean-Louis (Jean-Louis Trintignant) volta à cidade de Clermont depois de ter morado anos fora. Católico introvertido que acaba por nutrir uma paixão platônica pela loura Françoise (Marie-Christine Barrault), que ele encontra nas missas de domingo. Apesar de não desenvolver nem uma reles amizade com ela, acredita que a moça é sua parceira ideal.
Um dia, durante um passeio, reencontra Vidal (Antoine Vitez), um velho amigo marxista. Ele o apresenta à sua namorada Maud (Francoise Fabian), uma divorciada inteligente e charmosa. Os três passam a noite no apartamento dela falando sobre filosofia e religião, principalmente sobre diferentes visões sobre a filosofia de Pascal, que nasceu na cidade em que eles vivem.
Vidal volta para casa, deixando Jean-Louis e Maud juntos. Com a chegada de uma tempestade de neve, ele terá que resistir aos avanços da anfitriã para se manter fiel aos seus princípios católicos e à sua paixão, que ele nem conhece realmente.

Crítica
Minha Noite com Ela (1969), de Eric Rohmer, é um genuíno produto da Nouvelle Vague. Seus diálogos são repletos de citações e discussões cujo objetivo é a descoberta, ou melhor, a exposição do ser humano. Nesse terceiro filme, as preocupações que o cineasta viria a desenvolver em produções posteriores já estão evidentes. Menos atrativo que obras mais recentes, como Conto de Verão (1996), onde o interior das pessoas é mostrado sem que elas tenham de falar sobre si ou sobre seus sentimentos, Minha Noite com Ela é uma boa fonte de pesquisa da origem dessa notória percepção de Rohmer em relação ao ser humano e suas aflições.

O protagonista é Jean-Louis (Jean-Louis Trintignant), um católico devoto que, depois de anos fora do país, retorna à pequena cidade de Clermont. Num de seus parcos passeios, encontra o velho amigo Vidal (Antoine Vitez) que o convida a acompanhá-lo a um recital e depois à casa de uma amiga, a recém-divorciada Maud (Françoise Fabin). Lá, o trio discute inúmeros assuntos, entre eles Françoise (Marie-Christine Barrault), que Jean-Louis encontra nas missas de domingo e por quem nutre uma paixão platônica.

O filme, indicado à Palma de Ouro em Cannes e ao Oscar de roteiro e de filme estrangeiro, faz parte da série Contos Morais e tem como grande tema o relacionamento. Mas aqui, ele vem diluído em intermináveis conversas sobre religião e matemática, e a relação desses dois assuntos com Blaise Pascal (1623-1662). O matemático e teólogo - inventor da seringa farmacêutica e do barômetro - nasceu em Clermont-Ferrant, cidade onde o filme é ambientado. A certa altura da vida, o filósofo passou a defender o Jansenismo, doutrina desenvolvida pelo holandês Cornélio Jansênio (1585-1638), para quem a salvação da alma está diretamente ligada à predestinação. Não por acaso, o jansenismo de Pascal é defendido por Jean-Louis e atacado por Vidal, evidenciando a percepção de mundo de cada um dos personagens.

A discussão sobre predestinação e livre-arbítrio encaixa-se no recorrente flerte de Rohmer com o acaso. A certa altura do filme, o protagonista decide casar-se com Françoise e, sem ao menos conhecê-la, transforma esse "relacionamento" em seu objetivo na vida. Logo no início, Jean-Louis segue a moça para conhecê-la e acaba por perdê-la de vista. Mas quando ele a vê passando pela rua, vai atrás e a aborda. Mais tarde, os personagens se encontram novamente e, por coincidência, a moça precisa de carona para voltar para casa. O acaso divide seu grau de importância com a vontade de Jean-Louis, cuja ausência não o teria impulsionado a falar com a moça. Essa é a dubiedade da casualidade na obra do cineasta: nada é por acaso mas sem ele nada acontece.

Por Luara Oliveira - Cineweb

Premiações
Indicado ao Oscar em 1970 de Melhor Filme Estrangeiro, em 1971 ao Oscar de Roteiro Original.
Em 1969 Indicado ao Palma de Ouro no Festival de Cannes
Vencedor do Prêmio de Melhor Filme em 1970 no French Syndicate of Cinema Critics.
Vencedor do Prêmio de Melhor Roteiro em 1970 no New York Film Critics Circle Awards, USA
Vencedor do Prêmio de Melhor Fotografia e de Melhor Roteiro em 1971 no National Society of Film Critics Awards, USA

Screens
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Link ed2K (release criado para mula, paciência ao baixar)
Ma.Nuit.Chez.Maud.(1969).CRiTERiON.DVDRip.XviD.avi

Legenda
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