Traduzido para 25 línguas e com mais de um milhão de exemplares vendidos, 1001 filmes para ver antes de morrer inclui obras de mais de 30 países e revela o que há de melhor no cinema de todos os tempos. Mais de 50 críticos consagrados selecionaram 1001 filmes imperdíveis e os reuniram neste guia de referência para todos os apaixonados pela sétima arte.

Ilustrado com centenas de cartazes, cenas de filmes e retratos de atores, o livro traz lado a lado as obras mais significativas de todos os gêneros - de ação a vanguarda, passando por animação, comédia, aventura, documentário, musical, romance, drama, suspense, terror, curta-metragem ficção científica. Organizado por ordem cronológica, este livro pode ser usado para aprofundar seus conhecimentos sobre um filme específico ou apenas para escolher o que ver hoje à noite. Traduzido para 25 línguas e com mais de um milhão de exemplares vendidos, "1001 filmes para ver antes de morrer" inclui obras de mais de 30 países e revela o que há de melhor no cinema de todos os tempos.
É claro que eu, amante das duas coisas Sétima Arte e Listas , não podia deixar passar a oportunidade de trazer para vocês a lista dos filmes e os respectivos links na nossa querida mulinha que vai trabalhar sem parar por um bom tempo...rsrsrs
Lembrem-se que as datas e traduçoes dos títulos dos filmes segue a lista do livro e não do IMDb.
Sempre que necessitarem de fontes na mula é só solicitar. Abraços a todos.

NOSSOS DIRETORES

domingo, 27 de dezembro de 2009

269. JOHNNY GUITAR (1954)

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Dona de um saloon num lugar esquecido por Deus, vê suas esperanças renascerem com a possibilidade de a ferrovia passar próximo ao seu comércio. Mas ela tem de resolver um problema: a hostilidade do xerife local e os capangas de sua inimiga mortal: uma fazendeira que a quer fora da cidade . Para enfrentar as adversidades, numa luta sangrenta que está por começar, ela conta com a ajuda do antigo amor Johnny Guitar, músico e pistoleiro.Western muito famoso, em aprte pela particularidade de contar com duas mulheres nos papéis principais. Johnny Guitar é um dos trabalhos mais elogiados do mestre Nicholas Ray, o "poeta maldito de Hollywood". No elenco, atuações memoráveis de Joan Crawford e Mercedes McCambridge. Assista e descubra porque este filme, um dos maiores faroestes de todos os tempos, é cultuado por gerações de cineastas, como Pedro Almodóvar, Martin Scorsese e François Truffaut.

Curiosidades
- Joan Crawford insistiu para que seus close-ups fossem somente filmados em estudio, onde a luz poderia ser rigidamente controlada. Então, nenhum close da atriz foi feito durante as filmagens nas locações.

- A cena onde os cavalos estão passeando perto da cachoeira foi filmada com os cavalos vendados. Eles estavam com tanto medo da queda d'água que nunca se aproximavam.

- A mistura de gêneros foi uma conseqüência natural de um movimento, colocada em prática por Hollywood, para recuperar o público desgarrado de alguns estilos. Assim, a inclusão de elementos românticos (estórias de amor, mulheres como personagens principais, canções) em gêneros tipicamente masculinos como o western (a exemplo de “Duelo ao sol”, de King Vidor, 1946; “Johnny Guitar”, de Nicolas Ray, 1954 ; ou “Sete noivas para sete irmãos”, de Stanley Donen, 1954) ocorreu com o objetivo de trazer para esse tipo de filmes o público feminino, que não se sentiria, a princípio, atraído por estórias de mocinhos/bandidos e por perseguições a cavalo.

Crítica
“ Neste filme, Joan Crawford e Sterling Hayden protagonizaram um dos diálogos fetiche mais memoráveis da história do cinema. Johnny pergunta a Vienna: "how many men have you forgotten?" Vienna responde, "as many women as you've remembered". Johnny dirige-se a Vienna, "don't go away" e Vienna esclarece, "I haven't moved".

Quando pela primeira vez vi Os Sonhadores de Bernardo Bertolucci ficou-me gravada na mente uma cena em que Théo pergunta a Matthew: "Do you know what Goddard says about Nicholas Ray? He says, Nicholas Ray is le cinèma". Faço tais citações de cor numa mescla de inglês e francês que não sei se está em exata conformidade com a frase do filme, mas essas mesmas palavras me bailavam na mente quando há uns dias me dirigia ao cinema para ver Johnny Guitar, obra escrita e realizada por Ray em 1954, um dos seus mais célebres filmes.
Há algum tempo que um fascínio quase apenas teórico por Nicholas Ray se apossou de mim. Rebel Without a Cause e toda a sua poesia visual, verbal e vivencial apaixonaram-me desde o primeiro visionamento e várias coisas que li sobre outras obras deste realizador me fizeram sentir que iria amar todos os seus filmes. E Johnny Guitar é isso mesmo, um filme apaixonante.
Um filme de regressos e recordações, como o evocava João Bénard da Costa na sinopse distribuída na Cinemateca, Johnny Guitar conta-nos o reencontro de Johnny (Sterling Hayden) e Vienna (fabulosa Joan Crawford) no saloon desta última para onde Johnny é convidado a vir tocar a guitarra que lhe dá o epíteto. Ostracizada pela comunidade local, Vienna tem como camaradas um bando de pequenos outsiders que servirão de argumento para a sua perseguição. Joan Crawford, cuja beleza estonteante recordava de Grand Hotel, surge aqui como um mulher madura e forte, tão fácil de amar como de detestar. E essa força de sentimentos surge plenamente concretizada na sua relação com Johnny, o único homem que verdadeiramente ousou amar mas que partiu , quando ela quis a ele se entregar, forçando Vienna a cerrar o seu coração (mas não o corpo) para o resto da vida. O seu regresso traz o reviver de um passado que julgou passar e vai pôr à prova decisões que tomara e rumos que traçara.
Neste western cheio de amor, escondido, reprimido ou abertamente expresso, há sempre a morte a espreitar por entre as sombras das personalidades e da vida. Por isso, sendo tudo nele simples, como os cenários, tudo nele é extremamente arrebatado e complexo, como se estivéssemos perante seres de coração apertado entre as mãos cerradas da vida, capazes (ou não, no caso máximo de Emma) de ter coragem de agir de acordo com o sentimento.
Estamos perante um daqueles filmes que poderiam gerar conversas imensas, mas que funcionam bem melhor se o virmos e o apreciarmos, se nos deixarmos envolver e tocar pela trágica humanidade das suas personagens.
E lembrando a canção que canta Peggy Lee e com a qual termina o filme:

Whether you go, whether you stay, I love you
But if you're cruel, you can be kind I know
There was never a man like my Johnny
Like the one they call Johnny Guitar

Magnífico.
(Info postadas originalmente por Zape no MKO)

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