Traduzido para 25 línguas e com mais de um milhão de exemplares vendidos, 1001 filmes para ver antes de morrer inclui obras de mais de 30 países e revela o que há de melhor no cinema de todos os tempos. Mais de 50 críticos consagrados selecionaram 1001 filmes imperdíveis e os reuniram neste guia de referência para todos os apaixonados pela sétima arte.

Ilustrado com centenas de cartazes, cenas de filmes e retratos de atores, o livro traz lado a lado as obras mais significativas de todos os gêneros - de ação a vanguarda, passando por animação, comédia, aventura, documentário, musical, romance, drama, suspense, terror, curta-metragem ficção científica. Organizado por ordem cronológica, este livro pode ser usado para aprofundar seus conhecimentos sobre um filme específico ou apenas para escolher o que ver hoje à noite. Traduzido para 25 línguas e com mais de um milhão de exemplares vendidos, "1001 filmes para ver antes de morrer" inclui obras de mais de 30 países e revela o que há de melhor no cinema de todos os tempos.
É claro que eu, amante das duas coisas Sétima Arte e Listas , não podia deixar passar a oportunidade de trazer para vocês a lista dos filmes e os respectivos links na nossa querida mulinha que vai trabalhar sem parar por um bom tempo...rsrsrs
Lembrem-se que as datas e traduçoes dos títulos dos filmes segue a lista do livro e não do IMDb.
Sempre que necessitarem de fontes na mula é só solicitar. Abraços a todos.

NOSSOS DIRETORES

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

258. A PRINCESA E O PLEBEU (1953)

Image Hosted by ImageShack.us

IMDb Image Hosted by ImageShack.us

A Princesa e o Plebeu é uma espécie de história de Cinderela às avessas. Uma princesa riquíssima tem uma crise nervosa por causa da agenda cheia de compromissos repetitivos e entediantes: o que ela quer é apenas viver como uma garota normal. Então durante a noite foge do seu palácio e acaba encontrando não um príncipe encantado, e sim um jornalista interesseiro, que a reconhece (embora ela não saiba disso) e quer conseguir uma reportagem exclusiva que lhe renderá uma enorme quantia de dinheiro.

Curiosidades
- O projeto de levar às telas de cinema A Princesa e o Plebeu inicialmente era do diretor Frank Capra, que tinha a intenção de colocar nos papéis principais do filme os atores Cary Grant e Elizabeth Taylor.
- O diretor William Wyler inicialmente queria que a atriz Jean Simmons interpretasse a Princesa Ann. Quando ele soube que Simmons não poderia atuar em A Princesa e o Plebeu Wyler chegou inclusive a cancelar temporariamente a produção do filme.
- Quando a cena em que a princesa se despede de Joe foi rodada, a atriz Audrey Hepburn não conseguia de maneira alguma derramar as lágrimas necessárias na cena. Após várias tomadas desperdiçadas, o diretor William Wyler reclamou com ela e fez com que Hepburn começasse a chorar. Somente após isto ocorrer a cena pôde ser rodada com sucesso.
- Após o término das filmagens, o ator Gregory Peck disse aos produtores que, como era bem provável que Audrey Hepburn fosse indicada ao Oscar por seu papel em
A Princesa e o Plebeu , que seria melhor que o nome dela aparecesse logo após o título do filme.
- Na década de 70 chegou a ser proposta uma sequência para A Princesa e o Plebeu , que reuniria mais uma vez Audrey Hepburn e Gregory Peck. No filme Ann já seria uma rainha e Joe Bradley um romancista de sucesso, com a história central se passando entre seus filhos, que se apaixonariam. Porém, tal filme nunca chegou a sair do papel.
-A Princesa e o Plebeu foi refilmado para a TV americana em 1987.

Premiações
Oscar 1954 (EUA)
* Venceu nas categorias de melhor atriz (Audrey Hepburn), melhor figurino - preto e branco e melhor roteiro original.
* Indicado nas categorias de melhor filme, melhor diretor, melhor ator coadjuvante (Eddie Albert), melhor roteiro, melhor edição, melhor direção de arte - preto e branco e melhor fotografia - preto e branco.
Globo de Ouro 1954 (EUA)
* Venceu na categoria de melhor atriz - drama (Audrey Hepburn).
BAFTA 1954 (Reino Unido)
* Venceu na categoria de melhor atriz britânica (Audrey Hepburn).
* Indicado nas categorias de melhor filme e melhor ator estrangeiro (Gregory Peck e Eddie Albert).
NYFCC Award 1953 (New York Film Critics Circle Awards, EUA)
* Venceu na categoria de melhor atriz (Audrey Hepburn).

Crítica
A comédia romântica é um gênero ingrato. Nos dias de hoje, tem contra si o facto de ser direccionada muito acentuadamente ao público feminino (o que afasta muitas vezes o público masculino da sua visualização), e o de ser um gênero onde a inovação é muito pouca; aliás, arrisco-me até a dizer que, se ao filme lhe fosse dado a optar, decerto que a comédia romântica seria das últimas escolhas que ponderaria. Isto, hoje, porque, na sua golden age, Hollywood produziu comédias românticas que podem muito bem ser consideradas alguns dos melhores filmes de sempre.

É o caso deste "Roman Holiday" (Férias em Roma). Esqueçam Love Actually ou The Holiday; por muito que as comédias românticas contemporâneas divirtam, Roman Holiday está numa liga completamente diferente, à qual pertence também o incontornável The Philadelphia Story.
Realizado por William Wyler, este foi o filme-catapulta para Audrey Hepburn, que recebeu um Oscar pela sua interpretação de Ann, uma princesa jovem e cansada de todas as obrigações implicadas pela sua posição na sociedade. A história, resumidamente, segue as suas aventuras em Roma a partir da sua fuga nocturna, em que lhe é possível fazer coisas com que sempre sonhou, com a ajuda de Joe Bradley (Gregory Peck), um jornalista que vê na entrevista com ela a solução para os seus problemas financeiros e Irving Radovich (Eddie Albert), o companheiro fotógrafo dele.

O argumento é uma delícia. As personalidades das personagens, que os diálogos rápidos e perspicazes que estabelecem entre si vão revelando, e as situações originadas pelos seus actos formam um cocktail imperdível. A mestria com que Hepburn se transforma de uma cena para a seguinte, retratando ora a curiosidade juvenil e a vivacidade de Ann, ora a tristeza da castração a que é submetida, merece ser aplaudida. Gregory Peck confere charme a um Joe Bradley perto da ruína, mas mesmo assim fascinado pela companhia da princesa; já Eddie Albert encarna o terceiro elemento deste triângulo, criando com Peck um estado de conflito hilariante entre as duas personagens. Tudo isto acompanhado por uma realização impecável, que se adapta às diferentes fases do filme e respectivas exigências.

Roman Holiday é um clássico imperdível, que consegue fazer-nos rir com uma inteligência graciosa, e que nos comove sem se tornar piegas ou recorrer ao habitual melodrama. Durante grande parte da sua duração, trata-se de um filme alegre, contagiado pelo estado de espírito da sua própria protagonista, à medida que ela descobre a vida e, mais inesperadamente, o amor. A cena da moto é um ponto-chave da história, uma vez que personifica a liberdade à qual Ann sempre aspirou, e a imagem do casal em cima do veículo é memorável. Isto só para exemplificar.

Porém, é nas últimas cenas que o filme se torna verdadeiramente comovedor, à medida que o dia de sonho chega ao fim e os protagonistas voltam à realidade. A cena no carro, por exemplo, é das mais poderosas a que já assisti. Conseguindo despertar no espectador emoções distintas daquelas até aí proporcionadas, o final é a prova derradeira de que filmes como este são cada vez mais uma raridade. Roman Holiday brinda-nos com uma cena magnífica e que significa, para as duas personagens principais, a promessa incerta de algo improvável de acontecer, e tem a coragem de terminar numa nota realista e séria, que merece também ser louvada. Os últimos segundos do filme, o último plano, são, a meu ver, algo de fenomenal, e compõem um dos melhores finais que o Cinema já produziu.
Em suma: um filme obrigatário.

Ruben Gonçalves

Screens


Link ed2K
Roman.Holiday.(1953).FS.DVDRip.DivX3LM.cd1-SChiZO
Roman.Holiday.(1953).FS.DVDRip.DivX3LM.cd2-SChiZO

Legenda
Roman.Holiday.(1953).FS.DVDRip.DivX3LM-SChiZO

Nenhum comentário:

Postar um comentário