Traduzido para 25 línguas e com mais de um milhão de exemplares vendidos, 1001 filmes para ver antes de morrer inclui obras de mais de 30 países e revela o que há de melhor no cinema de todos os tempos. Mais de 50 críticos consagrados selecionaram 1001 filmes imperdíveis e os reuniram neste guia de referência para todos os apaixonados pela sétima arte.

Ilustrado com centenas de cartazes, cenas de filmes e retratos de atores, o livro traz lado a lado as obras mais significativas de todos os gêneros - de ação a vanguarda, passando por animação, comédia, aventura, documentário, musical, romance, drama, suspense, terror, curta-metragem ficção científica. Organizado por ordem cronológica, este livro pode ser usado para aprofundar seus conhecimentos sobre um filme específico ou apenas para escolher o que ver hoje à noite. Traduzido para 25 línguas e com mais de um milhão de exemplares vendidos, "1001 filmes para ver antes de morrer" inclui obras de mais de 30 países e revela o que há de melhor no cinema de todos os tempos.
É claro que eu, amante das duas coisas Sétima Arte e Listas , não podia deixar passar a oportunidade de trazer para vocês a lista dos filmes e os respectivos links na nossa querida mulinha que vai trabalhar sem parar por um bom tempo...rsrsrs
Lembrem-se que as datas e traduçoes dos títulos dos filmes segue a lista do livro e não do IMDb.
Sempre que necessitarem de fontes na mula é só solicitar. Abraços a todos.

NOSSOS DIRETORES

sábado, 4 de dezembro de 2010

478. A VACA (1968)

Image Hosted by ImageShack.us



Baseado em peça de Gholam-Hossein Saedi, que também contribuiu no roteiro. A Vaca é a história de Masht Hassan, orgulhoso proprietário da única vaca existente em uma aldeia pobre. Um dia, quando ele viaja a negócios, a vaca morre inesperadamente. Ao invéz de contar a verdade, os outros aldeões decidem dizer que o animal simplesmente se perdeu. Com tanto de sua identidade e de seu status relacionados à vaca, Hassan fica cada vez mais obcecado com a busca, ao ponto de enlouquecer. Financiado grande parte pelo governo do Xá, as imagens do filme do interior do Irã e da pobreza deixaram tão ultrajados os produtores que eles obrigaram os cineastas a colocar uma observaão de que os eventos retratados haviam ocorridos muito antes do atual regime.

Crítica
" Voltando para os anos 60, mais exatamente 1969, chegamos a um momento de ruptura entre o cinema de puro entretenimento, para um cinema de reflexão social. Este ano marcará uma quebra de estilo no cinema iraniano, que vai influenciar diretores então em início de carreira, como Kiarostami. É The Cow (Gav, de Dariush Mehrjui, 1969), um sucesso de crítica que entrou para a história daquele cinema. Nota-se, mais uma vez, a literatura como fonte. O filme é uma adaptação de um conto do escritor e dramaturgo Gholam-Hossein Sa’edi e registra o apego de um homem pobre a uma vaca. Com a morte do animal, o homem vai definhando e, aos olhos da população, enlouquecendo. O crédito ao neo-realismo italiano passa, nesse momento, a ser recorrente nas análises, especialmente produzidas na Europa.
Porém, uma nova investigação poderá revelar que naquele momento surgiam os traços incipientes do que hoje é considerado um dos elementos mais marcantes e identificadores da estética do cinema iraniano, que é o aspecto de documentário, ou falso documentário. A dialógica entre verdade e mentira, fato e invenção, que permeia muitas das produções iranianas. Os rudimentos desta dialógica já estavam em The Cow,filme que dá início ao movimento motafävet, o “cinema diferente”.
O filme de Mehrjui introduz o realismo no cinema iraniano ao mostrar o mundo rural sem escamotear a pobreza. Produzido com recursos do Ministério da Cultura do Xá, o diretor foi obrigado a colocar uma legenda inicial explicativa: “Os acontecimentos deste filme datam de 40 anos atrás e não têm nenhuma relação com a época atual”.
De fato, a legenda não correspondia à realidade, e afora isto, como defende Eric Egan, o filme se insere num processo de autocompreensão das nuances da sociedade iraniana, política e culturalmente, quando o país passou a produzir obras comerciais com regularidade (os chamados film farsi), documentários e filmes premiados, como The Cow. O título conquistou o prêmio da crítica em Veneza (1971), no mesmo ano em que concorriam os italianos Antonioni, Fellini, De Sica e Visconti, Satyajit Ray, da Índia, e Akira Kurosawa, do Japão.
Hormuz Kéy examina The Cow sob o ponto de vista sufi, elemento que é interessante guardar para as convergências que faremos com relação a Close-up mais adiante. Para Kéy, toda filosofia e poética de The Cow tem fonte no esoterismo iraniano, mais particularmente no misticismo sufi. Ele cita o místico sufi Hallaj , que “entrando em rebelião contra uma certa divindade (...), proclama seu próprio Deus, que ele chamou “Haq” (termo que significa ao mesmo tempo “verdade” e “Deus”), não hesitando em clamar “Anal Haq! (“Eu sou o verdadeiro”).”
o termo “Haq” foi traduzido por Kéy como “verdadeiro”. Segundo Jamil Ibrahim Iskandar, “Haq” significa, literalmente, “verdade”, enquanto para “verdadeiro” a palavra correta seria Haquiqui. Jamil Ibrahim Iskandar diz que é comum encontrar este erro em vários autores.
Voltando a Hormuz Kéy. Kéy diz, então, que o autor Sa’edi e o diretor Merhjui, de The Cow, trabalharam com os arquétipos do misticismo iraniano e propuseram um comportamento semelhante para o dono da vaca. Após a morte do animal, o personagem afirma: “Eu não sou Mashd Hassan, eu sou a vaca de Mash Hassan”."

Trabalho de tese de Ivonete Medianeira Pinto

Screens


Link ed2K
Gaav.(aka.The.Cow).(1969).(ENG.subbed).DVDRip.XviD-iMBT.avi

(Sem Legendas até o Momento)

Nenhum comentário:

Postar um comentário