Traduzido para 25 línguas e com mais de um milhão de exemplares vendidos, 1001 filmes para ver antes de morrer inclui obras de mais de 30 países e revela o que há de melhor no cinema de todos os tempos. Mais de 50 críticos consagrados selecionaram 1001 filmes imperdíveis e os reuniram neste guia de referência para todos os apaixonados pela sétima arte.

Ilustrado com centenas de cartazes, cenas de filmes e retratos de atores, o livro traz lado a lado as obras mais significativas de todos os gêneros - de ação a vanguarda, passando por animação, comédia, aventura, documentário, musical, romance, drama, suspense, terror, curta-metragem ficção científica. Organizado por ordem cronológica, este livro pode ser usado para aprofundar seus conhecimentos sobre um filme específico ou apenas para escolher o que ver hoje à noite. Traduzido para 25 línguas e com mais de um milhão de exemplares vendidos, "1001 filmes para ver antes de morrer" inclui obras de mais de 30 países e revela o que há de melhor no cinema de todos os tempos.
É claro que eu, amante das duas coisas Sétima Arte e Listas , não podia deixar passar a oportunidade de trazer para vocês a lista dos filmes e os respectivos links na nossa querida mulinha que vai trabalhar sem parar por um bom tempo...rsrsrs
Lembrem-se que as datas e traduçoes dos títulos dos filmes segue a lista do livro e não do IMDb.
Sempre que necessitarem de fontes na mula é só solicitar. Abraços a todos.

NOSSOS DIRETORES

sábado, 19 de fevereiro de 2011

500. SEM DESTINO (1969)

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Dennis Hopper escreveu, dirigiu e atuou neste filme que marcou uma geração inteira. Ele é Billy, um motoqueiro que viaja pelas estradas dos Estados Unidos junto de Wyatt (Peter Fonda). Símbolo da contracultura e da liberdade que incomodou a muitos, tudo vai no embalo do mais puro sexo, drogas e rock 'n' roll, com alguns clássicos do gênero.

Premiações
*Oscar 1970 (EUA)
-Indicado nas categorias de melhor ator coadjuvante (Jack Nicholson) e melhor roteiro original.
*BAFTA 1970 (Reino Unido)
-Indicado na categoria de melhor ator coadjuvante (Jack Nicholson).
*Festival de Cinema de Cannes 1969 (França)
-Ganhou o prêmio de melhor filme de diretor estreante (Dennis Hopper).
-Indicado à Palma de Ouro.
*Globo de Ouro 1970 (EUA)
-Indicado na categoria de melhor ator coadjuvante (Jack Nicholson).
*AFI's 100 Years
-O filme ocupa o 88º lugar dentre os melhores filmes norte-americanos das últimas décadas, e o 29º dentre as melhores trilhas-sonoras de filmes.

Curiosidades
-Sem Destino foi lançado nos Estados Unidos da América em setembro de 1969 e retornou 17 milhões de dólares do investimento de 400 mil.
-Durante as filmagens, os atores realmente fumaram maconha. Nicholson contou que na "cena do mato" ele fumou cerca de cem baseados.
-Easy Rider foi ovacionado em Cannes, em 13 de maio de 1969. Não ganhou a Palma de Ouro, mas Hopper foi considerado o melhor diretor estreante.
-Cenas do filme foram transmitidas num tributo da banda Gorillaz à Dennis Hopper em abril de 2010, no Festival de Glastonbury na música "Fire Coming Out Of The Monkey's Head", na qual Hopper participou.

Crítica
Sem Destino (Easy Rider, 1969) surgiu de uma idéia de Peter Fonda. O ator, filho do lendário Henry Fonda, estava no Canadá divulgando seu novo trabalho, quando, em meio a algumas doses de alucinógenos, concebeu o argumento do filme aqui tratado: Dois caras atravessando o país de moto, depois de fazer uma grande transação de drogas, e que, ao fim do filme, seriam mortos por dois caçadores de patos, que não gostavam dos seus cabelos grandes. Fonda ligou para o seu amigo Dennis Hopper, que não acreditou quando aquele disse que o deixaria dirigir tal filme.

Naquela época, Hollywood passava por um momento difícil (e histórico). Os grandes estúdios estavam perdendo as forças e a velha guarda do cinema norte-americano começava a dar espaço à juventude que chegava. Era o nascimento da chamada Nova Hollywood, para alguns o momento mais produtivo (e destrutivo) da história do cinema. Nela, os jovens da época tomavam a frente na produção cinematográfica norte-americana, apresentando filmes com grande influência européia e que iam de encontro com todos os valores pregados pelos filmes até então produzidos e regulados pelo Código Hays – “normas que determinavam o que era moralmente aceitável para os filmes da época”.

Ao lado de Bonnie & Clyde - Uma Rajada de Balas, Sem Destino é um dos marcos iniciais desse período. Na história, acompanhamos dois motoqueiros, Wyatt (Peter Fonda) e Billy (Dennis Hopper), que, após realizarem uma grande transação de drogas (cocaína, ainda desconhecida para muitos), atravessam os Estados Unidos, até chegarem em New Orleans – onde pretendem aproveitar o carnaval local.

Com dois malucos por trás de tudo, é fácil entender que o processo de produção de Sem Destino foi deveras conturbado. Principalmente por Hopper, um maníaco psicótico, que estava no auge dos seus excessos - ele costumava filmar com duas armas de fogo carregadas em cima da mesa. Ele e Fonda brigavam constantemente, chegando ao ponto de, como contam, Fonda contratar um segurança para acompanhá-lo durante as filmagens.

Um dos grandes problemas (ao lado das crises psicóticas de Hopper e a constante mudança na equipe de filmagem) foi a concepção do roteiro. Fonda e Hopper não eram roteiristas e contrataram Terry Souththern, de Dr. Fantástico, para transformar tudo o que eles já haviam planejado em um roteiro de fato. Mas segundo os dois, Souththern só contribuiu mesmo com o título do filme (que inicialmente se chamaria The Loners). Terry Souththern, por sua vez, dizia que todo o roteiro fora escrito por ele e que Fonda e Hopper “não sabiam escrever nem a porra de uma carta.”. Hopper ainda chegou a, pouco tempo antes do lançamento, exigir que apenas o seu nome fosse colocado nos créditos, o que, é claro, deixou Fonda extremamente irritado. No fim das contas, foi o nome dos três para os créditos do roteiro, que chegou a ser indicado ao Oscar de Melhor Roteiro Original.

No elenco estava presente Jack Nicholson, como o advogado George Hanson, que conhece os dois protagonistas na prisão e segue viagem com eles. Inicialmente, o papel seria de Rip Torn (Boneca de Carne, Doce Pássaro da Juventude), mas, após Hopper o ameaçar com uma faca de churrasco, ele abandonou a produção, fazendo com que Nicholson (um ator de pouco prestígio na época) fosse chamado para o papel.

Uma das cenas mais conhecidas do filme – aquela na qual o personagem de Nicholson divaga sobre uma invasão de venusianos – foi filmada a base de muitos baseados, principalmente por parte de Nicholson, que, naquela época, garantia que “havia queimado fumo todo dia durante quinze anos de sua vida”. Nicholson foi indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por esse papel.

Outra famosa cena é a da viagem do ácido. Tal cena gerou mais uma das grandes brigas do set de filmagens. Hopper pediu para que Fonda fizesse sentir a carga emocional da morte da sua mãe – que havia se suicidado – para uma cena em que ele faz inúmeras reclamações para uma estátua de Nossa Senhora. A cena é belíssima, apesar de cruel com Fonda.

A trilha sonora do filme é memorável, e transformou Born To Be Wild, do Steppenwolf, no hino dos motoqueiros. Era um dos primeiros filmes a usar o rock’n roll dos anos 60 como trilha sonora.

Sem Destino não é só um filme feito por malucos viciados em ácido. Ele é o retrato de uma geração que ainda não tinha ganhado forma no cinema. Imortalizou Dennis Hopper como ícone da contracultura e apresentou a essência daquilo que viria a ser a Nova Hollywood.

por Mateus Souza em Cineplayers

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499. O CONFORMISTA (1969)

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Marcello Clerici (Jean-Louis Trintignant) quer ser normal, igual a todo mundo. Esse desejo foi se transformando em obsessão ao longo de uma vida enfadonha e burguesa, a qual nos é apresentada por meio de flashbacks, extraídos da mente do protagonista no decorrer de uma misteriosa viagem de carro. Na realidade, Marcello é a efígie de uma geração narcotizada pelo fascismo de Mussolini, no fim dos anos 30. Contudo, isso não explica sua busca desenfreada pela normalidade. As lembranças, que vão sendo pouco a pouco reveladas, tentam esboçar o perfil psicológico do rapaz — perfil entremeado por uma sexualidade malresolvida, uma ideologia política resignada, uma ausência latente de fé e um ambiente familiar sem qualquer solidez.

Crítica
Provavelmente o mais bem-finalizado filme de Bernardo Bertolucci, O Conformista é muito mais do que uma alegoria política. O elenco adquire um tratamento de extrema frieza e decadência, algo tão comum na obra de diretores italianos do mesmo período (de Fellini a Pasolini), porém sem jamais abandonar o crível dos episódios descritos. Impregnado até os cabelos de elementos subliminares e metafóricos, o filme faz apelo para discussões filosóficas sobre o amadurecimento de um indivíduo em meio a uma sociedade reprimida pela ditadura. O protagonista esconde dentro de si uma angústia que o faz sofrer em silêncio desde a infância. Já crescido, segue não encontrando apoio ou exemplos positivos nos pais — a mãe é um fantasma dos tempos áureos da Itália pré-fascista, uma mulher que vive de aparências e artificialidades; o pai é uma figura doente e letárgica, aprisionada em um sanatório. Curiosamente, a concepção máxima de normalidade, para ele, é o matrimônio. Marcello então se casa com a rica e pouco inteligente Giulia (Stefania Sandrelli), apesar de não amá-la.

Adaptado do livro de Alberto Moravia, o roteiro (indicado ao Oscar) unifica uma série de detalhes numa composição cíclica: uma experiência homossexual na juventude é relatada após uma cena em que Marcello, já adulto e noivo de Giulia, se insere na Polícia Secreta do "Duce". Em seguida, vemos a proposição de uma tarefa arriscada: matar um dissidente que agora vive em Paris. O sujeito, no caso, é o Professor Quadri (Enzo Tarascio), com quem Marcello, aliás, teve aulas na época da faculdade. Acusado de subversão pelos "camisas negras", Quadri conseguiu escapar da execução na Itália. Exilado agora na França, ele aceita a visita do ex-aluno, ignorando por completo o trágico destino que o aguarda.

Antes de realizar aberrações pseudo-eróticas como O Último Tango em Paris ou Os Sonhadores, Bertolucci propôs aqui um trabalho de tensão sexual muito mais refinado. A bissexualidade dos personagens principais — Marcello e Anna (Dominique Sanda), a bela esposa do Professor Quadri — é somente sugerida, nunca escancarada ou explicada. Um seduz o outro por meio da frágil e inocente Giulia, habilmente convertida em objeto de fetiche nas mãos do cineasta. Um objeto e nada mais.

A perplexidade de Marcello em face à autoconfiança de todos os demais personagens é resumida em dois momentos específicos: no primeiro, ele conversa com o Professor Quadri acerca do Mito da Caverna, de Platão; no segundo, ele vira o centro de um redemoinho humano numa pista de dança. A queda do fascismo, em 1943, por sua vez, abala em definitivo o espírito do homem. É o acontecimento que o faz enxergar a realidade pela primeira vez. Até então, sua existência havia sido fundamentada sobre um palácio de mentiras e traições para si próprio. Ele nunca pôde fazer aquilo que, de fato, gostaria de fazer. Nunca pôde falar aquilo que realmente queria dizer. Tudo era conduzido de acordo com o que os outros — os “normais” — pensavam ou agiam. A revolta chega tarde demais. A histeria final, antecedendo uma falsa tranqüilidade (aquele olhar desesperado em direção à câmera), surge como uma tentativa de punir ou responsabilizar os demais pelo fato de nunca ter tido a coragem de tomar uma decisão. Daí o título da fita, Marcello sempre viveu em conformidade com o mundo. É um “covarde”, segundo Manganiello (Gastone Moschin), seu colega na missão.

Inquisidor, o filme é ainda tecnicamente impecável. A fotografia de Vittorio Storaro manipula os contrastes das cores frias e quentes — sobretudo com a utilização bem-dosada dos azuis e alaranjados — em diversos planos angulosos. A música de Georges Delerue é nostálgica e imponente desde os créditos iniciais, uma notável inspiração para a trilha da série Poderoso Chefão, iniciada dois anos depois. Bertolucci, decerto, não entra no rol de meus cineastas preferidos, mas posso garantir que seu Conformista permanece entre os grandes longas da década de 70.

por Pierre Willemin - Em Cinema-Filia

Premiações
*Festival de Berlim 1970 (Alemanha)
-Ganhou os prêmios Especial dos Jornalistas e Interfilm - Recomendação.
-Indicado ao Urso de Ouro (melhor filme).
*Prêmio David di Donatello 1971 (Itália)
-Venceu na categoria de melhor filme.
*Oscar 1972 (EUA)
-Indicado na categoria de melhor roteiro daptado.
*Globo de Ouro 1972 (EUA)
-Indicado na categoria de mehor filme estrangeiro.
*Prêmio da Associação Nacional dos Críticos de Cinema 1972 (EUA)
-Venceu nas categorias de melhor diretor e melhor fotografia (Vittorio Storaro).

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498. Z (1969)

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Z (em Portugal Z - A Orgia do Poder) é um filme franco-argelino de 1969, dirigida por Costa-Gavras e baseado no romance homônimo de Vassilis Vassilikos.O filme se inicia com a advertência nos créditos iniciais de Costa-Gavras e Jorge Semprún que qualquer semelhança com eventos e pessoas da vida real não é coincidência - é intencional.
Suspense político, trata de fatos reais ocorridos em 1963 na Grécia. Em cenário político tenso, professor de medicina e deputado grego, um dos líderes da oposição esquerdista, organiza juntamente com correligionários Shoula, Matt e Manuel e o deputado George Pirou, uma reunião pela paz e contra a permissão de instalação de mísseis balísticos americanos em território grego. Com dificuldades, a reunião é realizada mas ao concluir sua fala, o deputado é atropelado e acaba morrendo dias depois. A polícia conclui que foi um acidente mas há indícios que levam o juiz de instrução a suspeitar da versão da polícia e aprofunda a investigação. Com ajuda indireta de um fotojornalista, e testemunhas como Nick, ele consegue revelar uma trama de membros do governo grego, como o general de polícia, o coronel da polícia, outros militares e Yago e Vago, os autores do crime. São todos indiciados mas as testemunhas morrem em circunstâncias estranhas e os envolvidos são condenados a penas leves. Pouco tempo depois os militares lançam um golpe militar. O novo regime persegue os aliados do deputado morto, o fotojornalista e o juiz de instrução. Proíbem comportamentos e assuntos como a matemática moderna, liberdade de expressão, e a letra z, em grego antigo significa "ele está vivo".

Premiações
*Oscar 1970 (EUA)
-Venceu nas categorias de melhor filme estrangeiro e melhor edição para Françoise Bonnot.
Recebeu ainda três outras indicações, nas categorias de melhor filme, melhor diretor e melhor roteiro adaptado.
*BAFTA 1970 (Reino Unido)
-Recebeu o prêmio Anthony Asquith de melhor trilha sonora para Míkis Theodorákis.
-Indicado nas categorias de melhor filme, melhor montagem e melhor roteiro.
*Globo de Ouro 1970 (EUA)
-Venceu na categoria de melhor filme estrangeiro.
*Festival de Cannes 1969 (França)
-Recebeu o Prêmio do Júri e o de melhor ator (Jean-Louis Trintignant).
-Indicado à Palma de Ouro.
*Prêmio Edgar 1970 (EUA)
-Venceu na categoria de melhor filme.
*NYFCC Award 1969 (EUA)
-Venceu nas categorias de melhor filme e melhor diretor.

Crítica
Z é um thriller político descaradamente maniqueísta. Os bons do filme são cavalheiros altruístas, dedicados, austeros, intelectuais e bonitões. Eles lutam por uma causa justa e erguem bandeiras pela democracia, pelo pacifismo e pela independência das nações. Os maus, por outro lado, são toscos, truculentos, cômicos e abraçam causas de direita unicamente por conta de interesses mesquinhos. Os maus preferem a ditadura, o anticomunismo, a xenofobia; no entanto, vão ao teatro ver o balé bolshoi e um deles é pederasta. Seriam as contradições expostas da direita tacanha que pratica o que critica? Z mostra um mundo polarizado: nobres cruzados da política elegante contra rudes defensores do status quo retrógrado. Será que o mundo é simples e raso assim? Então, porque considerar Z um filme de grande importância? Primeiro, porque é baseado em fatos reais, depois, porque a visão implícita nas lentes de Z é um produto da Guerra Fria que, por extensão, retrata também outras realidades políticas desse mundão de Deus.

O mundo não é raso nem bipolar, mas infelizmente, muitas pessoas tentam faze-lo assim, logo uma obra que retrata essa visão de mundo tem sua importância. Ainda lembro de quando assisti Z no cinema na década de 1980. O filme tinha sido recém-liberado no Brasil, depois de ficar proibido por anos em nossas telas pela censura da ditadura militar. Lembro que fiquei injuriado com a truculência dos direitistas, vibrei com as reviravoltas do filme e sai do cinema purificado pela sua esperança de superação das trevas pela luz. Naquela época, eu era universitário e acreditava no poder da mobilização das massas, etc, etc. Passados alguns anos, assisto Z com menos entusiasmo, mas com o devido respeito, talvez por saber que os bons não são tão bons assim, principalmente depois que assumem o poder e que o maniqueísmo é uma fonte inesgotável de atrocidades.
Costa-Gavras tem um estilo próprio e polêmico de fazer cinema político. Sua técnica consiste em transformar a questão política em um thriller de ação. Em Z, a fórmula foi aplicada com perfeição. O objetivo do filme é mostrar o autoritarismo bronco da política grega da década de 1960. A morte de um político de oposição é investigada por um magistrado que leva à risca a sua função de encontrar culpados, sejam eles quem forem. O filme se divide em três partes: na primeira, temos os antecedentes da tragédia. Vemos um grupo de políticos de oposição que preparam uma manifestação pacífica serem boicotados pelos poderosos locais. Na segunda parte, repleta de cenas de tensão em meio a confrontos de rua, ocorre o crime. É nessa parte que Helene (Irene Papas), esposa da vítima, faz sua parte que é mostrar como a truculência política alcança e arrasa o indivíduo. Na terceira etapa, temos a investigação. O promotor do caso, que aparentemente foi escolhido para não causar problemas para as autoridades, mostra uma desenvoltura que nos leva gradativamente ao entusiasmo à medida que percebemos que dessa vez o caso não vai terminar em pizza. É uma delícia acompanhar o intrépido magistrado desmascarando os canalhas e ver, no final, os milicos entrando pelos canos. Infelizmente, a realidade é duríssima e o que sobra no final são apenas exemplos e promessas. Para quem pensava ser impossível fazer um thriller político, está aí. Z é um filme dos velhos tempos em que era possível distinguir os .bons dos maus na política.

por Radamés Manosso em Só os Melhores

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497. SATYRICON (1969)

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Esta é a livre adaptação de Fellini da famosa peça de Petronius, que faz uma crônica da vida na Roma antiga. Encolpio (Martin Potter) e seu amigo Ascilto (Hiram Keller) disputam o afeto do jovem Gitone (Max Born). Quando Encolpio é rejeitado, ele começa uma jornada na qual encontra todos os tipos de pessoas e de acontecimentos, entre eles uma orgia e um desfile de prostitutas na Roma antiga. Durante a orgia, organizada por Trimalchio (Mario Romagnoli), encontra um ex-escravo que menosprezou a mulher em troca dos prazeres oferecidos por um jovem garoto.
O filme é estruturado em uma narrativa truncada e é uma reflexão sobre a sexualidade masculina e suas variações. Cada trecho do filme trata de uma delas, como o homossexualismo, e outras questões delicadas que envolvem o sexo. Apesar de ser baseado na sociedade da Roma antiga, Satyricon reflete também um momento de caos pelo qual a sociedade da década de 60 vivia.

Premiações
Em 1971 Indicado ao Oscar de Melhor Direção.
Em 1970 Indicado ao Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro.
Vencedor dFita de Prata no Italian National Syndicate of Film Journalists em 1970 nas categorias de Melhor Fotografia, Melhor Produção, Melhor Figurino e Melhor Ator Coadjuvante (Fanfulla)
Em 1971 no Laurel Awards segundo lugar na categoria de Melhor Filme Estrangeiro e Indicado ao prêmio Estrela do Futuro (Martin Potter)

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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

496. PERDIDOS NA NOITE (1969)

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Joe Buck é um caubói inocente do Texas que tenta a sorte na cidade grande de Nova York, pensando em prostituir-se com ricas mulheres. Porém, o que ele descobre na verdade é uma dura realidade, que só se faz valer a pena através da amizade de um vagabundo conhecido como Ratso.

Premiações
*Oscar 1970 (EUA)
-Venceu nas categorias de melhor filme, melhor diretor e melhor roteiro adaptado.
-Indicado nas categorias de melhor ator (Jon Voight e Dustin Hoffman), melhor edição e melhor atriz coadjuvante (Sylvia Miles).
*Globo de Ouro 1970 (EUA)
-Venceu na categoria de melhor revelação masculina (Jon Voight).
-Indicado nas categorias de melhor filme - drama, melhor diretor, melhor ator - drama (Dustin Hoffman e Jon Voight), melhor atriz coadjuvante (Brenda Vaccaro) e melhor roteiro.
*Festival de Berlim 1969 (Alemanha)
-Ganhou o Prêmio OCIC.
-Foi indicado ao Urso de Ouro.
*BAFTA 1970 (Reino Unido)
-Venceu nas categorias de melhor ator (Dustin Hoffman), melhor diretor, melhor filme, melhor edição, melhor roteiro e melhor revelação (Jon Voight).
*Prêmio Bodil 1969 (Dinamarca)
-Venceu na categoria de melhor filme não-europeu.
*Prêmio David di Donatello 1970 (Itália)
-Venceu nas categorias de melhor diretor estrangeiro e melhor ator estrangeiro (Dustin Hoffman).
*Prêmio NYFCC 1969 (New York Film Critics Circle Awards, EUA)
-Venceu na categoria de melhor ator (Jon Voight)
*GRAMMY Awards 1969 (N.A.R.A.S., EUA)
-Venceu na categoria de melhor performance de vocalista masculino contemporâneo (Harry Nilsson) com a canção original de Fred Neil, Everybody's Talkin' , utilizada na trilha sonora do filme.

Curiosidades
- Dustin Hoffman usou pedras no seu sapato durante toda filmagem para que seu personagem (que é manco) ficasse convincente em todas as cenas.
- Perdidos na Noite foi o único filme classificado como "X" nos EUA à vencer o Oscar de Melhor Filme. Pouco após a premiação sua classificação mudou para "R".
- A participação de Sylvia Miles é a mais curta jamais indicada ao Oscar. Ela aparece em cena por apenas 6 minutos.
- Em 1994 o filme foi relançado numa edição especial remasterizada deste clássico, que inclui também um pequeno documentário e os trailers do mesmo. O lançamento aconteceu por ocasião do aniversário de 25 anos do lançamento do filme.
- O papel de "Ratso" foi oferecido a Robert Blake, mas ele não aceitou.
- Warren Beatty estava muito interessado em interpretar o personagem "Joe Buck", mas o diretor John Schleisinger achou que ele era muito famoso para convencer no papel de ingênuo.

Crítica
Gênero cinematográfico por excelência, foi justamente o western, este que Clint Eastwood define como a forma de arte genuinamente norte-americana, o mais simbólico e emblemático dos territórios para a criação de lendas no cinema. E a figura do cowboy, seu estandarte, seu mito definitivo. Este arquétipo do herói americano, do homem virtuoso e destemido penetrou no imaginário coletivo dos EUA (e sem dúvida mundial também), de modo que sua imagem passou a ser uma referência de status, de independência e autoconfiança, de um modo de vida livre e atraente. Tamanha é a carga simbólica intrínseca ao modelo do cowboy, este já foi motivo de campanhas publicitárias tão vastas, agregando valor em desde marcas de jeans até cigarros, e que mesmo depois de tantos anos, permanecem ainda inesquecíveis.

No entanto, um dos mais belos e premiados filmes da história de Hollywood a tratar da figura do cowboy no imaginário não é um western. Tampouco sequer há um cowboy de verdade no enredo. Grande ganhador do Oscar de 1970 (melhor filme, melhor diretor, melhor roteiro adaptado), Perdidos na Noite conta a saga de Joe Buck (Jon Voight), um jovem ingênuo e sonhador do interior do Texas que abandona um emprego em uma lanchonete para, vestindo um traje de cowboy, tentar ganhar a vida em Nova York como garoto de programa. Sumariamente, é o conto do jovem iludido que parte de sua terra natal em busca da cidade grande e das oportunidades. Personificando a imagem idealizada que aprendeu vendo filmes com John Wayne, chegando lá evidentemente as coisas não acontecem como o planejado, a dura realidade vai de encontro ao protagonista, e lembranças e traumas mal resolvidos no passado vêm à tona demonstrando toda a fragilidade de Joe, um “cowboy” perdido na selva de pedra. Completamente mal-adaptado à sociedade, irá encontrar a redenção na única relação pessoal genuína que pode realizar, esta na amizade com o marginal sem-teto Ratso (Dustin Hoffman).

O filme foi dirigido pelo inglês John Schlesinger, fato que já explica grande parte da linguagem peculiar do filme – repleto de flashbacks e fluxos de consciência bem à moda do filme 8½ de Fellini, principalmente no que se refere às lembranças de experiências religiosas do protagonista. Schlesinger é oriundo da cena britânica dos fins da década de 50, de onde surgiu o movimento de vanguarda chamado “Free-Cinema”, que mais tarde, já início da década de 60, teve papel decisivo no então movimento “British New Wave”, algo como a Nouvelle Vague dos ingleses. Além de propor certa quebra da linguagem cinematográfica tradicional, as produções do período davam vez aos “young angry men”, personagens jovens, rebeldes e incompreendidos, marginalizados e errantes. O filme máximo deste cinema inglês é Tudo Começou no Sábado (Saturday Night and Sunday Morning), de Karel Weisz. Partindo deste celeiro, Schlesinger rumou para a América, onde em Perdidos na Noite compôs sua obra máxima.

O filme é apresentado por meio de uma abordagem de formas poéticas, e de maneira alguma de modo panfletário ou moralista é tratada a questão da identificação e da projeção que o público estabelece ao entrar em contato com as grandes histórias e heróis do cinema. Magistralmente o diretor coloca como cidadãos comuns podem incorporar a fantasia, o grande sonho que é o cinema, o desejo de triunfar na vida baseando-se em personagens irreais da tela grande. Mas foca-se em especial na relação com o western (tanto que o maior diretor do gênero, John Ford, é conhecido como o “Homero” do cinema). De Jean Luc-Godard (que chorou ao ver no cinema Rastros de Ódio, um clássico do estilo) a David Lynch (que em Cidade dos Sonhos, seu filme que versa sobre imaginário, sonhos e ambição em Hollywood, também plantou lá o símbolo do cowboy), não há como negar o apelo do gênero. Malgrado este aspecto do filme, Perdidos na Noite ainda conseguiu a façanha de ser um dos grandes precursores de todo o “American Art Film” que viria nos anos 70 nos EUA com diretores como Peter Bogdanovich, Francis F. Coppola, Martin Scorsese entre outros, que em uma carga mais autoral, realizariam produções de temática mais crua e pesada, tratando de temas urbanos urgentes, como drogas e prostituição. Em 1969, surpreendentemente a academia premiava este filme que exibia uso explícito de drogas, prostituição masculina, homossexualismo e sexo oral, promovendo uma quebra de tabus sem precedentes na indústria americana. Assim como os contemporâneos Sem Destino e Bonnie & Clyde - Uma Rajada de Balas, Perdidos na Noite era um reflexo do seu tempo, das transformações dos valores sociais que tomaram forma a partir daquela década. E o cinema americano abria espaço para personagens principais que, opondo-se ao típico herói do cinema clássico, pela primeira vez mostravam-se frágeis e indecisos, ou como Fernando Mascarello afirma em seu livro "História do Cinema Mundial", a Hollywood daquele período dava vazão ao protagonista "não-afirmativo", sem objetivos claros.

As atuações de Jon Voight e Dustin Hoffman, absolutamente inesquecíveis, freqüentemente são apontadas como o grande ponto alto de suas carreias (e, falando em Hoffman, não quer dizer pouca coisa). Tão marcantes e inesquecíveis que fazem deste filme um dos mais lembrados e parodiados não só no cinema, mas da cultura pop em geral. A frase “I’m walking here”, que dada altura do filme o coxo personagem Ratso exclama ao atravessar a rua já foi incluída em diversos filmes posteriores, presente até em De Volta para o Futuro 2. As cenas de Joe Buck caminhando deslocado pelas ruas de Nova York ao som de “Everybody’s Talking’”, de Harry Nilsson, foram parodiadas em Borat. O filme ainda inspirou o clipe da música “Devil’s Haircut”, do cantor Beck. Porém talvez nada disso possa exemplificar melhor a aura e o sentimento deste longa-metragem da que é, de acordo com a opinião deste editor, a mais bela música tema de um filme já realizada. Composta por John Barry, “Midnight Cowboy Theme”, com sua melodia entoada na harmônica de boca, representa tudo sobre o que o filme fala: a solidão de cada indivíduo impulsionado por seus sonhos frente à melancolia da vida.

por Juliano Mion - Cineplayers

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495. BUTCH CASSIDY (1969)

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Dois amigos inseparáveis, Butch (um ex-açougueiro) Cassidy e Sundance Kid, lideram o Bando do Buraco na Parede e vivem de assaltar trens e bancos. Quando são caçados por todo o país resolvem ir para a Bolívia e juntamente com Etta, a namorada de Sundance, rumam para a América do Sul. Mas esta decisão não lhes proporcionará grandes assaltos ou uma vida mais tranqüila.

Premiações
*Oscar 1970 (EUA)
-Venceu nas categorias de melhor roteiro original, melhor fotografia, melhor trilha sonora e melhor canção original (Raindrops Keep Fallin' on My Head, interpretada por B.J. Thomas).
-Recebeu ainda outras três indicações, nas categorias de melhor filme, melhor diretor e melhor som.
*Globo de Ouro 1970 (EUA)
-Venceu na categoria de melhor trilha sonora.
-Recebeu outras três indicações, nas categorias de melhor filme - drama, melhor canção original (Raindrops Keep Fallin' on My Head) e melhor roteiro.
*BAFTA 1971 (Reino Unido)
-Venceu nas categorias de melhor filme, melhor diretor, melhor ator (Robert Redford), melhor atriz (Katharine Ross), melhor fotografia, melhor trilha sonora, melhor roteiro e melhor edição.
-Recebeu ainda mais uma indicação, na categoria de melhor ator (Paul Newman).
*Grammy 1970 (EUA)
-Venceu na categoria de melhor trilha sonora composta para um filme ou programa de TV.
*Prêmio Eddie 1970 (American Cinema Editors, EUA)
-Indicado na categoria de melhor edição.

Curiosidades
-O personagem "Sundance Kid" foi primeiramente oferecido (e aceito) ao ator Steve McQueen. Porém, como tanto McQueen quanto Newman estavam no auge de suas carreiras, surgiu o problema de qual nome apareceria primeiro nos créditos do filme, tendo sido proposto que -os nomes dos dois aparecessem antes do título do filme, o que daria uma idéia de igualdade. Newman concordou com a idéia mas McQueen desconfiou que a proposta fosse na verdade um truque e resolveu desistir do filme e o personagem acabou com Robert Redford.
-O ator Warren Beatty recusou o papel de "Sundance Kid" pois preferiu atuar em outro filme.
-A produção queria que Bob Dylan cantasse a famosa canção de Burt Bacharach, mas ele não aceitou o convite.
-Ao ver a cena em que Newman experimenta uma bicicleta, o futuro diretor Redford não teria gostado, sugerindo que a mesma fosse cortada do filme. A cena, com a música de Burt Bacharach, acabou se tornando uma das mais famosas do cinema.

Crítica
Pode perguntar a qualquer um com 50 anos ou mais, e que entenda um pouco de televisão e cinema, qual era o seu gênero de filmes preferido que a resposta, na lata, será o faroeste. Pode apostar com quem quiser. Seriados como Bonanza, Maverick e James West e filmes como Sete Homens e um Destino, O Dólar Furado, Rastros de Ódio e Um Estranho Sem Nome eram febre entre os adultos e crítica. Astros como Guiliano Gemma, Terence Hill, John Wayne e Clint Eastwood eram idolatrados em todo o mundo. Os westners, como eram chamados, possuíam praticamente as mesmas coisas. Eram variações de um mesmo tema. Deserto como pano de fundo, índios como vilões, mocinhos e bandidos quase indistintos, saloons, donzelas em perigo, mulheres folgosas, duelos ao entardecer e muita morte coreografada - e sem derramar uma gota de sangue. Influenciaram gerações, inspiraram cineastas mas acabaram. Puf! O antigo gênero perdeu espaço para as aventuras cheias de efeitos especiais. Ainda são admirados e realizados hoje em dia, mais como homenagens do que como obras de respeito, e desta vez enquadrados na categoria aventura. Quando a Fox produziu Butch Cassidy e Sundance Kid, os faroestes já estavam numa curva descendente. Para que o filme atingisse o público, portanto, era necessário uma abordagem diferente. O diretor George Roy Hill encontrou-a no balanço ideal entre drama e humor com uma pitada de musical. Prontamente cativou o público jovem, que se identificou com o caráter anti-heróico dos protagonistas. No fundo mesmo, Butch Cassidy era um filme sobre amizade - e, ao mesmo tempo, a sensível recriação de um processo de transição entre épocas antagônicas: com o advento do século XX, o mundo tornou-se pequeno demais para bandidos românticos como Butch e Sundance (aliás, realmente existiram?). Paul Newman e Robert Redford em parceria histórica, compreenderam a principal mensagem do roteiro e tornaram-na clara para o espectador. Os dois, mais Katherine Ross (que vive Etta Place), vivem um triângulo amoroso fora-da-lei enquanto o Bando do Buraco na Parede, do qual fazem parte, é caçado por uma super força-tarefa que os persegue até a Bolívia. Impossível não se encantar pelos três. Ah, e se você não sair, ao final da sessão, murmurando a célebre canção "Raindrops Keep Fallin'on My Head" de Burt Bacharach, tema do filme (e de uma infinidade de comerciais da vida em seguida), procure um terapeuta. Para ver e rever quantas vezes for necessário, parceiro!

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(Versão de excelente qualidade, optei por esta de poucas fontes pois o filme merece, as outras perdem qualidade de imagem e principalmente som)
Butch.Cassidy.And.The.Sundance.Kid.(1969).BRRip.AC3.XviD.avi

Legenda
Butch.Cassidy.And.The.Sundance.Kid.(1969).BRRip.AC3.XviD.ptbr.srt
ou
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