Traduzido para 25 línguas e com mais de um milhão de exemplares vendidos, 1001 filmes para ver antes de morrer inclui obras de mais de 30 países e revela o que há de melhor no cinema de todos os tempos. Mais de 50 críticos consagrados selecionaram 1001 filmes imperdíveis e os reuniram neste guia de referência para todos os apaixonados pela sétima arte.

Ilustrado com centenas de cartazes, cenas de filmes e retratos de atores, o livro traz lado a lado as obras mais significativas de todos os gêneros - de ação a vanguarda, passando por animação, comédia, aventura, documentário, musical, romance, drama, suspense, terror, curta-metragem ficção científica. Organizado por ordem cronológica, este livro pode ser usado para aprofundar seus conhecimentos sobre um filme específico ou apenas para escolher o que ver hoje à noite. Traduzido para 25 línguas e com mais de um milhão de exemplares vendidos, "1001 filmes para ver antes de morrer" inclui obras de mais de 30 países e revela o que há de melhor no cinema de todos os tempos.
É claro que eu, amante das duas coisas Sétima Arte e Listas , não podia deixar passar a oportunidade de trazer para vocês a lista dos filmes e os respectivos links na nossa querida mulinha que vai trabalhar sem parar por um bom tempo...rsrsrs
Lembrem-se que as datas e traduçoes dos títulos dos filmes segue a lista do livro e não do IMDb.
Sempre que necessitarem de fontes na mula é só solicitar. Abraços a todos.

NOSSOS DIRETORES

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

490. NA MIRA DA MORTE (1968)

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Em seu filme de estréia, Peter Bogdanovich narra com maestria duas histórias paralelas: a de Byron Orlok (Boris Karloff), veterano ator de filmes de terror que pretende abandonar a carreira, e a de Bobby Thompson (Tim O'Kelly), um típico rapaz americano de classe média que, sem qualquer motivo aparente, começa a reunir um imenso arsenal de armas de fogo. As duas histórias, a princípio desconexas, encaminham-se para um encontro final. Bogdanovich filma as duas histórias de maneira deliberadamente contrastante: na primeira, de Orlok, Bogdanovich coloca-nos dentro da ação através do uso da câmera subjetiva, instaurando um ambiente humano e afetivo; na segunda, de Thompson, a câmera objetiva estuda seus personagens com um olhar frio e quase documental - a câmera objetiva só dá lugar à subjetiva quando Thompson mira seus alvos, à distância, preservando a frieza de sua história. Um metafilme do talentoso Bogdanovich, que discute o cinema e a impossibilidade do terror no cinema frente a uma realidade muito mais aterrorizante.

Crítica
por Daniel Dalpizzolo no Cineplayers

Curiosidade
• Último filme de Boris Karloff.

• Primeiro filme de Peter Bogdanovich.

• O filme foi realizado a convite de Roger Corman, que disse a Bogdanovich que ele poderia fazer o filme que quisesse, desde que atendesse as seguintes condições: incluir 20 minutos de sequências de "The Terror" (1963), filme de Corman estrelado por Boris Karloff; incluir sequências filmadas com Boris Karloff durante dois dias, totalizando uma participação de 20 minutos (Karloff devia esse período de filmagem a Corman); realizar 40 minutos extras do filme com o restante do elenco, ao longo de 2 semanas. Karloff ficou tão impressionado com o roteiro que acabou ampliando sua participação de 20 para 30 minutos e recusou qualquer pagamento extra pelo tempo adicional.

• O roteiro teve a inestimável colaboração de Samuel Fuller, amigo de Bogdanovich, que recusou terminantemente qualquer cachê ou créditos.

• Peter Bogdanovich deu a seu personagem o nome de "Sammy Michaels" em homenagem a Samuel Fuller (cujo nome completo era Samuel Michael Fuller).

• No momento em que o personagem de Bogdanovich, Sammy Michaels, assiste na TV ao filme "The Criminal Code", de Howard Hanks, ele repete a famosa frase do próprio Bogdanovich, "todos os bons filmes já foram feitos".

• O filme não obteve sucesso de público, mas seu reconhecimento junto à crítica abriu as portas para que Bogdanovich pudesse realizar sua obra-prima, "A última sessão de cinema".
(Inf. obtidas no post do Vicente Ribeiro do MKO)

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489. A HORA DO LOBO (1968)

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A história decorre numa ilha, onde um casal – Liv Ullmann (recém casada, na altura, com Bergman) e Max Von Sydow – vive, praticamente isolado. Ao longo do filme vamos conhecendo várias personagens circenses e vampíricas que accionam e detonam os fantasmas de Von Sydow. Liv Ullman interpreta Alma – nome igual ao da enfermeira de Persona -, uma (mais ou menos) viúva que nos conta a história do marido ou dela. Já Johan, a personagem masculina, é um pintor que se reclusa com a mulher naquela ilha, amedrontado com os mesmos fantasmas que propulsionam a sua veia criadora. John e Alma nunca dormem durante as cinco e as sete da manhã – período em que se insere a hora do lobo, supostamente o momento do dia em que, devido a atracção da lua, mais gente nasce/morre e que é também a altura mais propícia para a prática de magia – e o cumprimento deste ritual torna a mente de Johan numa entidade cada vez mais instável.

Crítica
Diante a profunda perplexidade de mais um filme do graestre sueco, me vem a pergunta fundamental: seríamos mesmo capazes de conseguir exprimir em palavras as múltiplas e infinitas sensações que nos é invadida após assistirmos algum filme do Bergman? E o que dizer daquilo que é indizível, cujas palavras não conseguem se unir (quanto menos se perder) para dar conta de um emaranhado confuso e intenso de tormentos psicológicos, tão abstratos e dispersos quantos os nossos pensamentos, cuja expressão só se faz presente pela total desconstrução da linguagem, da quebra de paradigmas do início, meio e fim? Se teorizar sobre cinema já se faz uma arte difícil, o que dizer então quando se trata de teorizar sobre a filmografia do maior cineasta vivo (salvo controversas de gostos e contragostos, coisa que não devemos questionar)? Para falar a verdade, o nosso querido Bergman amedronta, não porque seus filmes possam soar hermético demais para um público que não costuma a assistir cinema pela arte em si, mas sim porque são realmente raros os cineastas que conseguem expressar, se não em palavras, mas em imagens, o que nem mesmo conseguimos refletir.

Talvez deixar de preocupar-se em entender e permitir-se apenas sentir seja realmente o nosso grande consolo deixado pela imortal Clarice Lispector. Mas não é o bastante para aqueles que se angustiam pela busca de um sentido, pela busca da palavra exata que possa exprimir o sublime de uma obra de arte. Nesse sentido, a angústia de um [bom] apreciador de cinema (note que não uso o termo crítico pela falta de um termo mais condizente) chega a lembrar a angústia psicológica do artista, não o artista Johan Borg propriamente dito, mas do artista (no sentido nato da palavra) em geral. A angústia do fazer literário de um escritor, em que o conceito de beleza, harmonia e perfeição sempre estiveram marcadamente regidos por um universo de assombro e fascinação não deve ser comparada à angústia do personagem Joahn Borg – magistralmente interpretado pelo grande Max von Sydow - unicamente porque sentimentos são abstratos demais para serem postos em uma balança com o fim de serem comparados.

Mas se pudermos apontar alguma temática abordada em A Hora do Lobo - aquela trepidante hora que antecede o amanhecer; em que vários enfermos morrem, mas, também, em que muitos bebês nascem – esta seria o enigma da criação artística. No filme, o pintor que se refugia com sua linda e dedicada mulher chamada Alma (interpretada por Liv Ullman, na época, grávida da filha Linn Ullmann, fruto da união com Bergman) e que passa a ser perseguido por fantasmas psíquicos (e antropófagos) diz, num jantar (felliniano) promovido pelos seus próprios fantasmas, que, em sua criação, não há nada evidente, fora a obrigação. "Preciso apenas considerar a completa falta de importância de arte no mundo dos homens e volto para a Terra rudemente. Mas a compulsão persiste", nos fala Borg. Nas palavras do criador, Bergman nos diz que "Borg se defronta com um "é preciso", uma dor que nunca o abandona, como uma dor de dente. (...) Não se trata portanto aqui de um Dom vindo de cima. Não há relação extraterrena em tudo isto. Só há, nisto , uma doença, uma perversão, um fenômeno. Ele vê a situação de uma forma muito brutal. (...) Fala-se aqui do artista como um eleito. De qualquer forma, sei que quando escrevi esta cena, quis exprimir o sofrimento, o seu sofrimento."

Os conflitos internos de Johan, os demônios que eles representam, manifestam-se em suas pinturas através de retratos surreais e impressionistas de uma sociedade sufocante que sempre o perseguiu: as máscaras que camuflam a identidade das pessoas são expressadas por um quadro em que uma mulher, ao jogar seu chapéu, acabar por jogar sua face junto; os homossexuais; o diretor da escola, os carnívoros, os insetos e a figura de um homem-pássaro, cujo bico também lhe esconde um possível parentesco com o papagaio de "A Flauta Mágica" (obra de Mozart homenageada na Hora do Lobo e que, mais tarde, vai servir de inspiração a um musical com o mesmo nome); tudo isso compõe um universo delirante, já vivenciado pelo próprio Bergman quando ainda era um garoto que sonhava em ser cineasta. E aqui convém um destaque especial para a seqüência em que Borg mata um garotinho. "Nesta cena, trata-se na verdade, de exprimir o medo intenso que sente Joahn Borg de ser mordido. A criança é um dos demônios. Joahn Borg não pode discernir se o que aconteceu é sonho ou realidade, se ele atingiu mortalmente um garotinho vivo ou se tudo isto só existe na sua imaginação. A fronteira entre o sonho e a realidade está inteiramente apagada", revela Ingmar Bergman, que só passou a libertar-se de seus "demônios" quando a superestrutura religiosa imposta pelo catolicismo ortodoxo de seu pai foi abandonada mais tarde pelo grande cineasta sueco.

Porém, Bergman é conhecido também por ser imprevisível, e não podia ser diferente em "A Hora do Lobo". A quebra da expectativa de estarmos diante de um filme essencialmente autobiográfico é feita logo no início do filme, já que podemos escutar Bergman a conversar com os técnicos. É um filme, então, o que estar por vir. Utilizando-se de um recurso muito próprio do teatro (leia-se parábase), Bergman utiliza fórmula semelhante ao que foi usada por Godard em Acossado, quando Belmondo vira-se de vez em quando para o público para comentar a ação. Liv Ullman várias vezes estar a conversar com o espectador. Eram realmente poucos os filmes que traziam tal técnica, o que com certeza pode explicar tanta polêmica.

Os pavores existenciais do angustiado pintor são palpáveis, reais. Uma possível esquizofrenia do mestre é descartada porque, com o passar do tempo, a dedicada Alma também se torna a vítima de suas alucinações. A teoria que sustentava de que pessoas velhas que moram juntas por muito tempo começam a se parecer umas com as outras, se concretizam e ela também visualiza, inerte, os tormentos do marido, que assim como Tamino de "A Flauta Mágica", só se acalma quando o interminável minuto de uma noite escura cede lugar a tranqüilidade de um novo e ensolarado dia.

O limite foi atingido. Finalmente eu lhes agradeço. O vidro está despedaçado, mas o que se reflete nos cacos? Podem me dizer isso?", pergunta Borg quando encontra a luz que tanto procurava. Quem pode dizer? E aqui talvez cabe uma humilde reflexão sobre a arte. Espantamo-nos à medida que conhecemos um pouco mais sobre nós mesmos, sobre o que nos impulsiona e nos mantém vivos. Para um escritor, talvez o ato de "escrever" seja comprometer-se intelectualmente; ou seja, assumir antes um compromisso com você mesmo diante daquilo que você pensa sobre o mundo. Não somente isso. "Escrever é conhecer-se"; como dizia Clarice Lispector, "é lembrar-se do que nunca existiu"; sem se preocupar com o rótulo que ela possa vir a ter, pois "o hermetismo depende mais do leitor do que do próprio autor", já dia João Cabral de Melo Neto.

E que bom que Bergman ajudou a nos conhecer também.

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488. 2001, UMA ODISSÉIA NO ESPAÇO (1968)

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Uma Odisséia no Espaço é uma contagem regressiva para o futuro, o mapa para o destino da humanidade, uma indagação para o infinito. Ele é fascinante, vencedor do Oscar de Melhores Efeitos Especiais (1968), mostra o drama entre a máquina e o homem envolto em música e movimento, um trabalho tão influente que Steven Spielberg o comparou com o "Big Bang" dos produtores de sua geração. Talvez seja o maior trabalho do diretor Stanley Kubrick (que escreveu o roteiro junto com Arthur C. Clarke) que ainda inspira e fascina inúmeras gerações.Para começar sua viagem pelo futuro, Kubrick visita nosso passado ancestral, então salta milênios (em um dos maiores cortes já concebidos) para o espaço colonizado onde o astronauta Bowman (Keir Dullea) entra realmente no universo, talvez até mesmo para a imortalidade. "Abra a porta HAL". Deixe o medo e o mistério da aventura invadir você.


Premiações
* Oscar 1969 , EUA
-Venceu na categoria de Melhores Efeitos Especiais (Douglas Trumbull); Concorreu nas categorias de Melhor Direção de Arte, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Diretor.
*BAFTA Awards 1969, Inglaterra
- Venceu nas categorias de Melhor Direção de Arte (Anthony Masters, Harry Lange and Ernest Archer), Melhor Fotografia (Geoffrey Unsworth), Melhor Trilha Sonora (Winston Ryder) ; Indicado ao Premio de Melhor Filme
*Cinema Writers Circle 1969, Espanha
-Venceu na categoria de Melhor Filme Estrangeiro
*Premio David di Donatello 1969, Itália
- Venceu na categoria de Melhor Produção Estrangeira (Stanley Kubrick)

Curiosidades
- Este filme foi lançado um ano antes (verão norte americano de 1968) da primeira viagem tripulada do homem à lua, que foi realizada em 20 de julho de 1969, com o desembarque dos astronautas na lua, sendo que o filme gerou uma grande polêmica, com deputados conservadores norte americanos querendo saber se houve vazamento de informações secretas para a equipe de efeitos especiais e filmagem, dada a precisão e realismo das cenas, das maquetes e das naves utilizadas em cena;

- O nome do computador HAL é uma referência indireta à IBM, gigante do ramo de computação, que ficou indignada quando soube que o computador se tornaria um vilão ao longo do filme, retirando seu apoio e patrocínio. Cada letra de HAL é exatamente uma anterior, em relação ao alfabeto, às letras de IBM;

- Douglas Rain, intérprete da voz do computador HAL, não chegou a ir aos sets de filmagem um único dia sequer;

- O relançamento de "2001: Uma odisséia no espaço" reserva aos espectadores brasileiros duas seqüências não apresentadas no lançamento original do filme em 4 de julho de 1968: a primeira na abertura do filme e a outra no início da sétima parte, ambas no escuro total, apenas com uma suave música que induz ao relaxamento e à introspecção. A primeira introdução em negro dura exatos 55 segundos. A segunda dura dois minutos e dezenove segundos;

- Stanley Kubrick e Arthur C. Clarke desenvolveram simultaneamente a história de "2001 - Uma Odisséia no Espaço". Enquanto Kubrick trabalhava em cima do roteiro, Clarke escrevia o livro "A Sentinela", com ambos trocando idéias e opiniões durante o trabalho. Era inclusive intenção de Clarke, ao lançar o livro, colocar Stanley Kubrick como co-autor da história, mas o diretor não autorizou a utilização de seu nome, já que Clarke havia iniciado seu trabalho antes de Kubrick;

- Sim, Kubrick sabe ser sentimental também, mas com classe. A sequência próxima do final, em que ele mostra a evolução do homem, é belíssima, assim como a sequência inicial, com os homens pré-históricos e sua evolução;

- O filme custou cerca de US$10 milhões, mas arrecadou mais de US$190 milhões em todo o mundo;

- A música de abertura do filme, é de autoria de Richard Strauss, e é parte do poema sinfônico "Assim falou Zaratustra" ou em alemão "Also sprach Zarathustra", e a música da sequência no espaço se chama "Danúbio Azul" ou "An der schönen, blauen Donau" de Johann Strauss;

- Entre as curiosidades de "2001: Uma Odisséia no Espaço", está uma avaliação da época do lançamento original do filme sobre a razão de tanto sucesso entre o publico jovem. Tal sucesso era então atribuído às suas imagens psicodélicas nas seqüências do túnel de luz, considerada a visão mais próxima possível dos efeitos de uma viagem de LSD, sem se ter tomado a droga;

- O filme prima pelos efeitos especiais, até então inéditos e revolucionários, sendo que alguns inexplicáveis até hoje. A belíssima arte, a recriação do espaço, o nível de detalhes, o som magnificamente bem trabalhado, fazem de "2001: Uma Odisséia no Espaço" um dos melhores e mais importantes filmes de toda a história do cinema, ou como diz Friedrich Nietzsche no livro que dá título ao tema musical do filme, “o homem é uma corda estendida entre o animal e o além-do-homem”. E assim falou Kubrick, nesse clássico do cinema moderno.

Crítica
Passaram-se mais de 40 anos desde que este filme estreou...e a face da ficção cientifica nunca mais foi a mesma. Anos antes de "A Guerra das Estrelas", uma década antes de "Blade Runner" e quase 30 anos antes de "Matrix", apareceu esta obra-prima, este marco do cinema que ainda hoje nos seduz e fascina...apetece dizer que é como o Vinho do Porto, quanto mais velho melhor!
Partindo de um pequeno conto chamado "The Sentinel" de Arthur C.Clarke, Stanley Kubrick fez o que poucos conseguiram ou conseguem fazer; um filme que fica para a posteridade e que será lembrado e falado muito depois dos seus autores terem desaparecido.
Dividido em três partes, todas elas distintas, têm apenas uma coisa em comum: o Monólito negro(inteligência? conhecimento?) que interage com as personagens nos três estádios da evolução humana.
Aliando o seu perfeccionismo lendário e uma realização rigorosa, Kubrick criou imagens e cenas que são hoje lendárias; como a cena em que o macaco (homem?) atira o osso para o ar e, num belissimo plano, este transforma-se em nave espacial; ou o maravilhoso baile das naves espaciais ao som de "O Danúbio Azul"; não esquecendo o tema "Assim falava Zaratrusta" de Richard Strauss no inicio do filme com o alinhamento da terra, e do sol sob a apresentação do filme,criando aquela que será talvez a melhor abertura cinematográfica de todos os tempos, e no final do filme com o olhar da criança-estrela apontado para o planeta terra; inesquecível é também "a trip" de Dave Bowman através das estrelas.
Filme incontornável na história do cinema, "2001:Uma Odisseia no espaço" mantém ainda hoje a frescura e a mesma inovação de hà mais de 40 anos, convidando-nos em cada novo visionamento a questionarmo-nos sobre o que seria do cinema se ele não existisse!
obrigatório!
Por Rui Cunha

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2001.A.Space.Odissey.(1968).DVDRip.AC3.XviD-by.Camelo.do.Alasca.[PFEvolution].avi

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487. VERGONHA (1968)

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Os efeitos de uma guerra civil no relacionamento de um casal de músicos. Eva e Jan Rosenberg, ambos violinistas que, desde que sua orquestra foi dissolvida, têm trabalhado em uma fazenda isolada para ganhar a vida. Quando sua área é invadida por tropas rebeldes, a paisagem anteriormente bonita é transformada em um pesadelo de morte e destruição.

Premiações
Indicado ao Golden Globe de Melhor Filme em Língua Estrangeira em 1969
Vencedor do Cinema Writers Circle Awards, na Espanha na categoria de Melhor Filme Estrangeiro.

Crítica
Originalmente da United Artists, este é dos filmes menos conhecidos de Bergman (1918-2007), que, como de hábito nesta fase, foi rodado na ilha onde morava, a de Faro. Filmado logo depois de "A Hora do Lobo", é o único filme de guerra do diretor. Naturalmente, ele não identifica que guerra, ou o que esta acontecendo exatamente. Na verdade, o que lhe interessa é mostrar como os seres humanos reagem a uma situação de guerra. No caso, parece ser uma guerra civil. Morrem vizinhos e eles chegam a ser presos como colaboracionistas. São liberados, mas um capitão continua a persegui-los.

Indicado ao Globo de Ouro de filme estrangeiro, ganhou no National Board of Review como filme estrangeiro e atriz. Mas é um filme tão fora da tradição do diretor que, embora tenha sido feito durante a Guerra do Vietnã, parece ser mais contra qualquer guerra, não importa de que lado você esteja. Não que o filme tenha uma mensagem óbvia ou faça discursos, Bergman não era um diretor político ou menos ainda engajado.

Seco, mesmo árido, é belamente fotografado em preto e branco. Muita gente interpreta que a "vergonha" seja de Deus. Se uma pessoa acordar uma manhã e tiver vergonha do que fez? Essa pessoa poderia ser o próprio Deus. Para Liv Ullman, o filme rodado com o mínimo de orçamento e o máximo de rigor, é uma alegoria sobre o povo na guerra, sobre gente comum, que mal entende os motivos do conflito, quem está do lado certo ou errado; guerra como o mal social definitivo. Mostra a desintegração das pessoas e de um casal, numa situação louca e sem sentido. Afinal, quem vai nos matar?

Rubens Ewald Filho - Cinema Uol

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486. O BANDIDO DA LUZ VERMELHA (1968)

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Um assaltante misterioso usa técnicas extravagantes para roubar casas luxuosas de São Paulo. Apelidado pela imprensa de "O Bandido da Luz Vermelha", traz sempre uma lanterna vermelha e conversa longamente com suas vítimas. Debochado e cínico, este filme se transformou num dos marcos do cinema marginal.

Curiosidades
- Aclamado pela crítica como inovador, o filme soa propositalmente desconexo e foi vagamente inspirado nas proezas do marginal João Acácio Pereira da Costa.
- Frases do filme:
"Quem não pode nada tem mais é que se esculhambar."
"Posso dizer de boca cheia: eu sou um boçal."
- Rogério Sganzerla foi homenageado no Dia Nacional da Cultura e do Cinema Brasileiro, em 5 de novembro de 2003, com a exibição do longa-metragem.

Crítica
O Bandido da Luz Vermelha, primeiro longa-metragem do jovem cineasta Rogério Sganzerla que com 22 anos inaugura no Brasil uma nova escola cinematográfica, o Cinema Marginal. Antes de se tornar diretor, Rogério já era respeitado como crítico de cinema do Jornal da Tarde e do Estadão. Com este filme ele define e inova os moldes estéticos de um tipo de cinema que não se preocupa com a claridade dos fatos, filmes que buscam explodir com linguagem e mostrar uma relação totalmente pessoal da imagem com o Cinema, a Política, a Arte e a Vida.

“Movimento” instaurado posteriormente ao Cinema Novo, ambos tinham alicerces ligados ao Neo-Realismo Italiano, porém o Cinema Novo era ligado à cultura Brasileira (cangaceiros, negros, pobreza) enquanto que o Cinema Marginal tinha uma proposta mais experimental, era ligado a várias artes, ligado ao anarquismo (os meios de comunicação de massas, as drogas, o psicodelismo, o nonsense em geral).

Fanático por Orson Welles e Godard, Sganzerla começa seu filme com uma homenagem ao diretor francês. Ao invés de créditos iniciais convencionais, o filme inicia com um painel luminoso na qual se movimentam por ele as informações. Começa com “um filme de cinema de” e logo após o nome de toda equipe que idealizou o filme. Paulo Vilaça (Jorge) faz o papel principal, o roteiro do filme foi baseado na vida de João Acácio Pereira da Costa, bandido catarinense que atormentou a polícia paulista na década de 60.

Helena Ignez (Janete Jane) que futuramente casaria com o diretor e seria a musa do Cinema Marginal cria um estilo de atuar debochada, extravagante. Ela faz o papel de uma prostituta que se torna a relação mais pessoal entre o assassino e as pessoas. Um momento que o assassino deixa de matar e começa a amar. O filme feito em um estilo documentário utiliza sempre de recursos da comunicação em massa (rádio, TV) sempre com um tom debochado, uma narração policial sensacionalista.

O matador nos lembra o poeta de Terra em Transe que com técnicas extravagantes consegue invadir mansões na capital paulista sempre com uma lanterna vermelha e sempre a manter um diálogo com suas vítimas. Um anti-herói que na história real só era odiado pelos policiais, o povo de um certo modo o amava, os lembrava um Robin Hood moderno que ao invés de distribuir o dinheiro roubado aos pobres, distribuía seu sêmen à burguesia.

O desfecho se dá com mais uma homenagem a Godard, dessa vez a Pierrot le fou, o bandido finge ter sido baleado pela polícia e cambaleia a gargalhadas, ironizando o medíocre serviço da polícia que não consegue e nunca conseguirá pegá-lo. Dessa vez ele não se suicida com uma dinamite como no filme de Godard, mas morre eletrocutado num lixão. Posteriormente seu corpo é achado pela polícia que duvidando ser o famoso assaltante, convoca o delegado ao local que comete o mesmo erro que o bandido e acaba morto eletrocutado e morre ao seu lado gritando ao final comicamente: “Mamãe!”

Com certeza esse filme é um marco no Cinema Brasileiro, aclamado pela crítica, Sganzerla estréia seu longa dignamente como Acossado de Godard e Accatone de Pasolini. O Bandido da Luz Vermelha satiriza tudo e a todos redefine os moldes conservadores e cria os futuristas. Genialmente editado, torna-se o expoente máximo do Cinema Marginal.

por Lucas Murari - Cineplayers

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485. PRIMAVERA PARA HITLER (1968)

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Um produtor de teatro falido e um tímido contador criam o "plano ideal" para levantar dinheiro fácil: superfaturar um orçamento de produção para uma peça na Broadway, fazer do espetáculo um tremendo fracasso, e fugir para o Rio de Janeiro com o dinheiro arrecadado. Assim, eles produzem Primavera Para Hitler, um infame musical sobre o nazismo. O plano tinha tudo para dar certo, não fosse por um pequeno detalhe: a peça se transforma num grande sucesso, para o desespero dos trambiqueiros. A confusão e as deliciosas situações cômicas criadas por Mel Brooks estão apenas começando!

Premiações
Vencedor do Oscar de Melhor Roteiro e Indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante (Gene Wilder)em 1969
Indicado ao Globo de Ouro de Melhor Ator (Zero Mostel ), e no mesmo ano de 1969 Indicado ao Globo de Ouro de Melhor Roteiro.

Crítica
A II Guerra Mundial é um tema que já rendeu, e na verdade ainda rende, material para uma infinidade de produções cinematográficas. Há até aquela piada que pergunta o que seria do Oscar de melhor filme estrangeiro se não fosse tal evento histórico (o Brasil, inclusive, tentou entrar nessa onda ao tentar obter uma indicação com o amplamente malhado “Olga”). Apesar dessa quantidade absurda de filmes sobre o assunto, entretanto, raramente o tratamento sobre o tema fugiu de abordagem séria, dramática ou cerimoniosa. O que é compreensível, afinal é um assunto que mexe em algumas questões delicadas: racismo, genocídio, destruição, colaboracionismo, etc. Essa uniformidade freqüente na visão do cinema em relação a II Guerra criou um certo bode quando se fala em filmes sobre a mesma, pois logo se pensa em obras marcadas pela previsibilidade e o politicamente correto.

É na subversão dessa lógica conformista que está um dos grandes prazeres em assistir “Primavera Para Hitler”, o genial primeiro filme de Mel Brooks. A premissa de sua trama é simples e hilária: ao chegarem a conclusão de que um fracasso comercial pode lhes dar muito mais lucro que um sucesso devido a trambiques contábeis, dois produtores teatrais picaretas Max Bialystock e Leo Bloom (Zero Mostel e Gene Wilder, respectivamente) montam um musical de exaltação a Hitler e ao Nazismo na esperança de obterem um certo e almejado fiasco artístico e financeiro. Só que os seus planos acabam não sendo tão bem sucedidos assim... Por trás desse argumento insólito e bem humorado, esconde-se uma insuspeita perspectiva humanista de Brooks sobre a forma com que encaramos o nosso passado histórico. A perplexidade da platéia ao assistir à peça nazista remete a uma incapacidade de revermos fatos incômodos da história mundial sem recorrermos a paradigmas intocáveis ou temas tabus. Nesse sentido, é impressionante a atualidade do filme, lançado em 1968, tendo em vista a atual conjuntura mundial, em que criticar a agressiva política militarista de Israel e dos Estados Unidos representa o risco de ser taxado de anti-semita e terrorista.

Mas a perenidade de “Primavera Para Hitler” não se dá apenas pela sua parte temática. A obra-prima de Mel Brooks é um verdadeiro exemplo de concisão cinematográfica, conseguindo conciliar todas as loucuras do rocambolesco roteiro em compactos 90 minutos. Dessa forma, citar cenas de destaque chega a ser problemático, pois todas as suas seqüências são antológicas, desde o histérico primeiro encontro entre Bialystock e Bloom, passando pelos insanos ensaios da peça e chegando ao final com os nossos “heróis” na cadeira. Mas as sacadas brilhantes de Brooks não ficaram restritas aos seus aspectos cinematográficos, sendo que o próprio score da peça musicada nazista foi composto pelo cineasta, trabalho esse também magnífico, com canções que grudam para sempre no inconsciente cinéfilo.

É claro que ainda não se pode esquecer do fantástico trabalho de Mostel e Wilder. O cínico Bialystock e o tenso Bloom são personagens emblemáticos na história do gênero comédia devido a exuberante caracterização de seus respectivos intérpretes.

André Kleinert

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The.Producers.(1968).DVDRip.XviD-DaTa.avi


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