Traduzido para 25 línguas e com mais de um milhão de exemplares vendidos, 1001 filmes para ver antes de morrer inclui obras de mais de 30 países e revela o que há de melhor no cinema de todos os tempos. Mais de 50 críticos consagrados selecionaram 1001 filmes imperdíveis e os reuniram neste guia de referência para todos os apaixonados pela sétima arte.

Ilustrado com centenas de cartazes, cenas de filmes e retratos de atores, o livro traz lado a lado as obras mais significativas de todos os gêneros - de ação a vanguarda, passando por animação, comédia, aventura, documentário, musical, romance, drama, suspense, terror, curta-metragem ficção científica. Organizado por ordem cronológica, este livro pode ser usado para aprofundar seus conhecimentos sobre um filme específico ou apenas para escolher o que ver hoje à noite. Traduzido para 25 línguas e com mais de um milhão de exemplares vendidos, "1001 filmes para ver antes de morrer" inclui obras de mais de 30 países e revela o que há de melhor no cinema de todos os tempos.
É claro que eu, amante das duas coisas Sétima Arte e Listas , não podia deixar passar a oportunidade de trazer para vocês a lista dos filmes e os respectivos links na nossa querida mulinha que vai trabalhar sem parar por um bom tempo...rsrsrs
Lembrem-se que as datas e traduçoes dos títulos dos filmes segue a lista do livro e não do IMDb.
Sempre que necessitarem de fontes na mula é só solicitar. Abraços a todos.

NOSSOS DIRETORES

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

256. A UM PASSO DA ETERNIDADE (1953)

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Em 1941, Robert E. Lee Prewitt (Montgomery Cliff) pede transferência do exército e vai parar na base militar de Schofield, no Havaí. Seu novo capitão, sabendo que ele é um exímio boxeador, deseja que ele faça parte da equipe de boxe, mas ele se recusa terminantemente. Irritado, o capitão consegue que seus subordinados transformem a vida do novo recruta em um inferno. Paralelamente, o Sargento Warden (Burt Lancaster), ouvindo histórias que a esposa do capitão procura relações extra-conjugais por ter sérios problemas no casamento, começa a se interessar por ela e acaba sendo correspondido. Para complicar a situação na base, Maggio (Frank Sinatra), um amigo de Prewitt, é vítima de Fatso (Ernest Borgnine), um sádico sargento, e Prewitt se apaixona por uma prostituta. Mas enquanto todos estes acontecimentos têm andamentos algo muito mais grave está para acontecer: o ataque japonês a Pearl Harbor.

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255. DESEJOS PROIBIDOS (1953)

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Esta interessante história gira ao redor de um par de brincos dados a uma mulher, Louise, pelo seu marido e os quais ela tem de vender para pagar dívidas pessoais, sem o marido saber. Por sua vez, o marido compra-os de novo e através de sua amante, os brincos vão parar nas mãos de um diplomata (interpretado por Vittorio de Sica) por quem Louise se apaixona.

Curiosidades
Max Ophuls é considerado um importante estilista e mestre do cinema. Entrou para a história como o cineasta da valsa. Nenhum outro diretor mexeu tanto a câmera, utilizando-a para criar um bailado com (e em torno) de seus personagens.

Kubrick amava Ophuls, cujos travellings homenageou em "Glória Feita de Sangue" e "2001", dois filmes que bebem na fonte deste sensível e refinado judeu austríaco que foi um dos maiores diretores do cinema sem ter, a rigor, nada parecido com ele. Grande Ophuls. O cineasta, filho de industriais nascido em Sarrebruck, operava, de dentro do romantismo aristocrático e burguês, a destruição do segundo.

Max Ophuls foi jornalista durante a 1a. Guerra Mundial e depois tornou-se francês por adoção. Estreou no teatro em 1919 como ator para depois se desenvolver como diretor, encenando desde o teatro clássico até a opereta, No cinema, começou como assistente de Anatole Litvak, em 1930, ano em que realizou seu primeiro filme.

O primeiro sucesso só veio com Uma história de amor, realizado na Alemanha com o título de Libelei, em 1932. Neste filme, seu estilo elegante e refinado já se definia na adaptação de Arthur Schnitzler, em quem Ophuls mais tarde se inspiraria para criar um dos seus mais importantes filmes, Conflitos de amor, em 1950.

A ascensão de Hitler ao poder na Alemanhar obrigou Ophuls a abandonar o país e a instalar-se na França, onde o êxito de Uma história de amor lhe permitiu prosseguir carreira - com o parênteses de duas obras realizadas na Itália e na Holanda. Na França, pôde desenvolver um estilo romântico e nostálgico e de grande elaboração formal em filmes de sucesso como La tendre ennemie (1936), Sans Lendemain (1939) e De Mayerling a Saravejo (1940), onde narrou os amores do Arquiduque Francisco Fernando com a condessa tcheca Sofia Chotek.

O avanço das tropas alemãs levou-o à Suíça e, em seguida, aos Estados Unidos, onde a ajuda de Douglas Fairbanks lhe possibilitou continuar sua carreira, a partir de 1947, com The exile, Cartas de uma desconhecida, em 1948 - uma adaptação de Stefan Zweig - e The reckless moment, de 1949, seu último filme na América.

Em 1950, reiniciou sua filmografia na França onde, com o prestígio de ter sido descoberto pela nova crítica da revista Cahiers du Cinéma, realizou suas obras de maturidade. A este período de apogeu correspondem Conflitos de amor — novamente uma adaptação de Arthur Schnitzler; O prazer - baseado em várias narrativas de Maupassant; Madame De... - segundo uma novela de Louise de Vilmorin - e a reconstituição romanceada da vida da bailarina de flamenco Lola Montez, filme que sofreu a mutilação de uma remontagem, perpetrada pela produtora com vistas à sua distribuição comercial.

Nesta obra, Ophuls realizou — da mesma forma que seus contemporâneos Vidas Amargas de Elia Kazan e Nasce uma estrela de George Cukor - a primeira utilização esteticamente criativa do então discutido formato Cinemascope.

A mutilação de sua obra mais importante e ambiciosa abalou Max Ophuls que — afetado por problemas cardíacos — morreu um mês depois da apresentação da nova montagem, em 1957. Até 1968 - quando graças ao produtor Pierre Braunberger - foi relançada a versão integral de 140 minutos, só se pôde conhecer a discutível edição realizada pelos produtores, suprimindo quase todas as cenas do circo, que representavam a parte mais contundente do filme.

Max Ophuls, no entanto, não estava só. Uma "carta aberta" redigida por famosos diretores da França - que atendiam ao apelo de François Truffaut de que "é necessário participar" - protestava contra os ataques sofridos pelo filme à época do seu lançamento, em dezembro de 1955, afirmando que "o filme faz pensar e acreditamos que o público queira pensar".

Foi debaixo de chuva que uma multidão entusiasmada fez fila para ver a versão restaurada de Lola Montès no Festival de Cannes 2008, a obra-prima de Max Ophuls. O que Cannes fez foi uma justiça histórica, devolvendo Lola Montès, de roupa nova, para o reconhecimento que Ophuls não teve, na época, salvo por alguns solitários defensores.
Fonte

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(Informações by.deadmeadow MKO)

254. A RODA DA FORTUNA (1953)

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Astro decadente pretende reviver seus dias de glória nos palcos da Broadway. Seus melhores amigos, também compositores, conseguem com que o melhor diretor de teatro do momento aceite o desafio de dirigi-lo e torná-lo novamente famoso. Mas Hunter descobrirá que o novo teatro é bem diferente daquele a que ele estava acostumado.

Premiações
Indicado a 3 Oscars, Melhor Figurino, Trilha Sonora e Roteiro.

Curiosidades
A canção "That's Entertainment", composta para esse filme, se tornou uma das mais famosas da história do cinema e deu título à famosa série de documentários sobre os musicais da Era de Outro da MGM.

O filme é baseado em situações reais. Fred Astaire estava de fato considerando aposentadoria na época, acreditando que sua carreira havia chegado ao fim.

Crítica
"O maior de todos os musicais." - Stuart Klawans, THE NATION

Habilmente dirigido por Vincente Minnelli, Fred Astaire encanta seus fãs com números encenados em uma estação de trem (cantando By Myself), em uma passarela (cantando A Shine on Your Shoes), no Central Park (ao som de Dancing in the Dark) e em um café enfumaçado (ao som de Girl Hunt), algumas vezes acompanhado pela incomparável Cyd Charisse. E quando ele, Nanette Fabray e Jack Buchanan interpretam bebês que "se odeiam muito uns aos outros!" no inesquecível Triplets, se tem mais uma razão para idolatrar muito está produção. E como se costumou dizer nos palcos da Broadway e nos bastidores do cinema, o show não pode parar! (Contra-capa do dvd)

Um dos últimos grandes musicais de Hollywood – e ponha-se grande nisso. Como Cantando na Chuva, escrito pela mesma dupla de roteiristas, Betty Comden e Adolph Green, um ano antes, o filme dirigido pelo veterano Vincente Minnelli é uma história de bastidores que tira suas piadas sem dó (mas com muita classe) da experiência real dos envolvidos. (Estação Veja)

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domingo, 29 de novembro de 2009

253. O BÍGAMO (1953)

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Harry Graham (Edmond O'Brien), um pacato vendedor ambulante de San Francisco, é casado há vários anos com Eve (Joan Fontaine). O casal decide adotar uma criança, mas o comportamento suspeito de Graham durante a entrevista na agência acaba chamando a atenção do responsável pelo processo de adoção (Edmund Gwenn). Ele investiga a vida de Graham e passa a desconfiar de suas repetidas viagens a Los Angeles, até finalmente descobrir que Harry tem uma vida dupla. Um filme belo e sensível que bem representa a curta porém brilhante filmografia de Ida Lupino atrás das câmeras.

Crítica - Contracampo

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(Traduzida e sync para ptbr por Vicente Ribeiro do MKO)

252. A CARRUAGEM DE OURO (1952)

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Uma das obras-primas de Jean Renoir (1894 - 1974), o grande mestre do cinema francês, diretor dos geniais "A Regra do Jogo", "A Grande Ilusão", entre outros. A inesquecível atriz Anna Magnani ("Roma, Cidade Aberta") brilha como Camilla, a estrela de uma trupe italiana de commedia dell'arte que viaja para se apresentar em uma colônia espanhola da América Latina no século XVIII. Junto com a companhia teatral, chega da Europa uma carruagem de ouro encomendada pelo vice-rei. É o início de uma série de eventos inusitados. Renoir experimenta com a cor e brinca com a fronteira entre a realidade e a representação da realidade nesta monumental homenagem ao teatro.

Crítica
Com a eclosão da Segunda Guerra, Jean Renoir mudou-se para os Estados Unidos. Ao contrário de seus compatriotas René Clair e Julien Duvivier, sua experiência americana não foi bem-sucedida. Talvez por ser o mais francês dos diretores, na afirmação de Georges Sadoul, ele não tenha conseguido se adaptar à cultura daquele país, nem ao processo de produção de filmes em Hollywood. Ele só voltaria ao cinema europeu, não na França, mas na Itália, com "A Carruagem de Ouro", e entre este e seu último filme americano, realizou, na Índia, "The River", que Andrè Bazin alçou à altura de obra-prima.
Pelo que se depreende do depoimento de Renoir nos Extras do DVD, a peça "Le Carrose de Saint Sacrement", de Prosper Mérimée, serviu, digamos, apenas como um ponto de partida para a concepção de "A Carruagem de Ouro". Na verdade, um amante do teatro, Renoir foi movido pelo propósito de prestar uma homenagem à "Commedia dell' Arte", um popularíssimo gênero teatral originário da Itália. Ele pretendeu fazer um filme que absorvesse o espírito do gênero, isto é, que a trama tivesse que se despojar de qualquer resquício de realismo, ou naturalismo. E além disso, eliminasse a fronteira entre o que se passa no palco e na realidade - realidade aqui no sentido da trama do filme. Quer dizer: que as apresentações realizadas pela trupe italiana que vai parar numa colônia espanhola (não identificada) na América do Sul se confundissem com a história (realidade) do filme. É o que ocorre com Colombina (Anna Magnani) no palco e, fora deste, Camila, cortejada por três homens: o Vice-Rei (Duncan Lamont), que lhe presenteia a carruagem de ouro que mandara buscar na Itália e transportada no mesmo navio em que Camila viera; o oficial espanhol Felipe (Paul Campbell), que a acompanhara na excursão, e o toureiro Ramon (Riccardo Rioli). No envolvimento com este, aliás, há um momento em que Camila passa de atriz para espectadora. Uma cena de belo efeito cinematográfico, iniciada com um "close" do rosto dela, seguida por um "traveling" que vai até à arena.
Por falar em Anna Magnani, não se pode deixar de relevar o desafio de Renoir ao escolhê-la para viver um personagem tão diverso, até mesmo antagônico, dos que ela interpretara até então. E devido à natureza do seu personagem, La Magnani contém certos excessos que marcaram os seus desempenhos, a despeito do seu inquestionável talento interpretativo. Ela, inclusive, teve que aprender inglês (o filme tem uma versão nesse idioma, que é a deste disco, com vistas a atingir o mercado anglo-americano), porque Renoir pretendia que o inglês falado pela atriz, impurificado pelo forte acento italiano, tivesse um efeito expressivo, confrontado com o dos intérpretes nativos da Inglaterra, que compõem a maioria do elenco.
Com uma carreira iniciada ainda no cinema mudo, apenas pela segunda vez Renoir fazia uso da cor, sendo a primeira no já mencionado "The River". E ela constitui-se em um elemento fundamental no resultado do filme. Contando com a colaboração valiosa do fotógrafo e seu sobrinho Claude (com quem trabalhou em tantos filmes), o diretor empenhou-se em que a cor casasse perfeitamente com o cenário, os figurinos e a iluminação. Há outro importante colaborador, e, como diz Renoir em tom de "blague", é do tipo que não dá problema, que concorda com o realizador em tudo, pois já não está neste mundo. Trata-se de Vivaldi, que com seu peculiar estilo musical contribui para que o filme tenha a leveza de outros tantos do diretor.
Pelas qualidades artísticas e pela atração do enredo, "A Carruagem de Ouro" talvez seja o filme em que Renoir tenha conseguido promover a união dessas duas categorias geralmente inconciliáveis, ou seja, a crítica e o público.

Escrito por Francisco Sobreira

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(Postado Originalmente por Mfcorrea do MKO)

sábado, 28 de novembro de 2009

251. UMBERTO D. (1952)

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Itália, início dos anos 50. Enquanto a economia do país renasce das ruínas da Segunda Guerra, os idosos sofrem com as suas miseráveis aposentadorias. Em Roma, Umberto Domenico Ferrari, um funcionário público aposentado, é ameaçado de despejo por não conseguir pagar o aluguel. Na companhia de seu único amigo, o cachorrinho Flike, Umberto vaga pelas ruas, buscando apenas um objetivo: viver com dignidade.

Premiações
De Sica levou 3 prêmios de Melhor Direção.O Filme foi indicado para o Grande Prêmio do Festival de Cannes e ainda indicado ao Oscar de Melhor Roteiro.

Crítica
Umberto D. é um clássico sobre o drama do abandono na velhice, marcando o apogeu da parceria entre o mestre Vittorio De Sica e o roteirista Cesare Zavattini, a dupla responsável por obras-primas do neo-realismo italiano, como Ladrões de Bicicleta, Milagre em Milão e Vítimas da Tormenta.

História sensível e comovente em um clássico europeu de personagens fortes e marcantes.Considerado o grande filme de Vittorio de Sica ao lado de Ladrões de Bicicletas (embora bem menos popular do que este último), Umberto D. conta, em sua narrativa, os problemas enfrentados por um senhor aposentado em uma Itália afundada na crise econômica. Apesar de possibilitar várias leituras, considerando os contextos políticos (governo irresponsável), sociais (crise de emprego) e até mesmo geográficos (Itália pós-guerra), a minha preferida é a mais óbvia, e é a leitura que vem da enorme sensibilidade da história. Umberto D. faz de tudo para sobreviver (dê uma ênfase ao prefixo “sobre”), e acompanhar sua jornada é simplesmente emocionante.
Apesar de se passar na Itália em um período específico da história daquele país (o pós-Guerra, quando a inflação devorava rapidamente o dinheiro do povo), a situação de Umberto Ferrari é atemporal e, também, poderia se passar em qualquer país. Desde os problemas comuns e mais abrangentes como o abandono dos idosos, governo irresponsável, arrogância dos ricos para com os pobres; até situações mais pessoais, como a solidão e a tristeza. O filme funciona como um prato-cheio de emoções tristes. Não há como não torcer para que Umberto encontre um final feliz. Mas, ao fazer isso, o espectador sabe que pode estar se enganando: como terminar bem com um cenário tão ruim ao seu redor?
Umberto tem apenas duas coisas com quem contar: seu cachorro (que acabaria por ser o responsável por um dos finais mais arrebatadores, em minha opinião, do cinema da década de 1950) e a empregada da pensão, uma jovem grávida que possui seus próprios problemas e, por isso talvez, entenda os problemas de Umberto muito bem. Todos os outros personagens significam adversidade: desde a dona da pensão até os velhos amigos que não querem (ou não podem) ajudar Umberto financeiramente. Por conta das adversidades, Umberto nem sempre consegue ser um personagem moralmente estável. Quando a necessidade aperta, ele é capaz de tomar decisões bastante desumanas, o que torna seu personagem completo e real, acima de tudo.
À época de seu lançamento, o filme foi um fracasso de crítica e de público. Talvez este não tenha gostado de assistir a uma história tão deprimente, sendo que o mundo ainda reconstruía-se depois da guerra. Hoje o filme é revisitado por críticos e cinéfilos e reverenciado como um ótimo exemplo de cinema, o que pode ser visto como uma atitude bem merecida. De Sicca conseguiu criar um filme cheio de complexidades que se mantém simples em sua essência, atingindo quaisquer objetivos que o diretor tenha almejado com total eficiência.
Tecnicamente belo, o trabalho do diretor italiano encontra-se situado em um momento de transformação do cinema. O filme encontra resquícios do cinema clássico, do expressionismo (longas sombras projetadas), mas serve para apresentar, de certa forma, o novo cinema, o cinema que ficaria famoso em Fellini, principalmente por este também ser italiano, e Antonioni. O cinema sendo utilizado como crítica social e política, mais do que nunca.
Agora, independente da técnica utilizada, o filme deixa sua marca na história do cinema é pela sua belíssima história. Como comentei lá no começo desta matéria, Umberto D. possui personagens muito fortes (mesmo o cãozinho tem grande importância e significado) e humanos, capazes de realizarem boas e más ações, geralmente com boas intenções (e por isso não há personagens estereotipados). Permanece aqui, então, a recomendação de mais um clássico do cinema europeu, tão ou mais valoroso que o popular Ladrões de Bicicletas.
Por Alexandre Koball, 02/10/2007

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(Legenda e info by Cris bsb do MKO)

domingo, 22 de novembro de 2009

250. MATAR OU MORRER (1952)

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Numa manhã de domingo do fim do século XIX, Will Kane, o xerife resignatário do povoado de Hadleyville, no Oeste dos Estados Unidos, está se casando com a quaker e, por conseguinte, pacifista, Amy Fowler, e vai com ela partir para uma nova vida em outro lugar. É quando chega a notícia de que Frank Miller, o pistoleiro que Kane mandara para a cadeia para o resto da vida, obteve o livramento condicional após cumprir cinco anos de pena e vem no trem do meio dia para executar a ameaça de vingança feita no passado. Ele está apoiado por três cúmplices que já estão na vila. Apesar de Amy, sua noiva quaker, argumentar que devem ir embora, ele acha que terá que fugir para sempre se não enfrentar a situação. O xerife tenta recrutar novos auxiliares, mas a população temerosa, hipócrita e até, em parte, exultante, com raras exceções, deixa-o sozinho com seu destino, se refugiando sem ajudá-lo, apesar dele pedir aos cidadãos para enfrentarem o pistoleiro e seus cúmplices. Um clássico do faroeste, que deixa frente a frente um homem e suas reações, frente a um desafio que ele teme, mas não tenta evitar. Imperdível!!!

Premiações
- Ganhou 4 Oscars, nas categorias de Melhor Ator para Gary Cooper, Melhor Trilha Sonora, Melhor Edição e Melhor Canção Original com "High Noon (Do Not Forsake Me, Oh My Darlin)", tendo recebido ainda outras 3 indicações, nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Roteiro;
- Ganhou os prêmios de Melhor Filme e Direção dados pela Associação de Críticos de Cinema de Nova York;
- Ganhou 4 Globos de Ouro, nas categorias de Melhor Ator - Drama com Gary Cooper, Melhor Atriz Coadjuvante com Katy Jurado, Melhor Fotografia - Preto e Branco e Melhor Trilha Sonora;
- Ganhou o Prêmio Bodil de Melhor Filme Americano.

Curiosidades
- A ação de "Matar ou Morrer" transcorre em tempo real, ou seja, começa às 10:40 h e vai andando, minuto a minuto, até o meio-dia, o que nos dá a exata dimensão do suspense e da tensão a que o personagem principal está passando, e é exatamente aí que reside toda a graça do filme, o tempo se esgotando e o mocinho da história cada vez mais caminhando para a morte certa nas mãos dos pistoleiros vingativos, com toda a população da cidade lhe dando as costas de maneira covarde e cínica;
- Gary Cooper, como William Kane, tem uma atuação maravilhosa neste filme, não por isso lhe rendeu seu segundo Oscar. O delegado Kane é um homem resoluto, que não pretende abrir mão de seu orgulho frente aos foras-da-lei, mesmo que isso custe sua vida. No entanto, ele não é um destes xerifes unidimensionais que povoam o gênero: ele tem medo, hesita, precisa de ajuda. Kane tem pouco mais de uma hora para conseguir auxílio entre os habitantes do lugarejo, pois ele sabe que quatro homens armados representam a sentença de morte para quem quiser enfrentá-los sozinho. E não é só isso: ele não sabe, exatamente, o porquê de não aceitar deixar a cidade. Orgulho? Preocupação com a população local? Determinação? Estupidez? Sua expressão tensa, carregada durante todo o filme, é um indicativo de seu conflito interior, e não é só isso, afinal Cooper estava com a úlcera supurada, sangrando durante todo o processo de filmagem;
- Faroeste ou “western” é um gênero especificamente norte-americano, que explora principalmente marcos históricos como a Guerra de Secessão e a Conquista do Oeste. Caracteriza-se, tradicionalmente, por apresentar um esquema narrativo simples, uma ação episódica intensa e uma paisagem física e humana peculiar. Além de possuir valores inerentes de ritmo e movimento, impõe uma universalidade por criar um tipo de herói mitológico cuja vida é lutar pela justiça. O mocinho é geralmente representado pelo caubói ou pelo xerife solitário, destemido e justiceiro que desafia o bandido ou fora-da-lei;
- Gary Cooper, nascido em 7 de maio de 1901 em Helena, Montana, e falecido a 13 de maio de 1961, em Hollywood, California, foi um ator anglo-estado-unidense duas vezes vezes vencedor do prêmio Oscar de melhor ator. Sua carreira durou desde a década de 1920 até o ano de sua morte, tendo atuado em mais de cem filmes. Ele era reconhecido por seu forte estilo de atuação, e pelos vários papéis que teve em filmes de Faroeste. Em toda sua vida, Cooper recebeu cinco indicações aos prêmios Oscar de melhor ator, tendo ganhado duas vezes, o primeiro em 1941 com "Sargento York" (Sergeant York), depois em 1952 com este "Matar ou Morrer" (High Noon). Ele também recebeu um prêmio honorário da Academia em 1961. Em 1999, o American Film Institute nomeou Cooper como o décimo-primeiro maior ator de todos os tempos. O nome verdadeiro do ator era Frank James Cooper, e nasceu em Helena, Montana, mas viveu grande parte da sua infância em Dunstable na Inglaterra. Quando tinha treze anos de idade, machucou-se num acidente automobilístico, e teve que se mudar para o rancho de gado de seu pai em Montana para se recuperar. Lá, aprendeu a montar cavalos e fez amizade com a futura estrela Myrna Loy, que tinha dez anos de idade, que morava por perto. Quando adulto, sua altura era de 1,91m, ocnferindo a ele o porte necessário para as produções da época. Talvez uma das suas poucas decepções tenha sido não aceitar o convite de Alfred Hitchcock para estrelar "Correspondente Estrangeiro" (Foreign Correspondent), de 1940 e "Sabotador" (Saboteur), de 1942. Cooper em entrevista anos mais tarde admitiu ter errado em não aceitar a proposta do aclamado diretor;
- O personagem Will Kane foi inicialmente oferecido pelo produtor Stanley Kramer ao ator Gregory Peck, que o recusou por considerá-lo muito parecido com o papel que fizera em "O Matador" (The Gunfighter), de 1950;
- A forte trilha sonora de Dmitri Tiomkin (que atinge seu clímax no minuto final, antes da chegada do trem) e a belíssima música High Noon (Do Not Forsake Me, Oh My Darlin’), também de Tiomkin em parceria com Ned Washington. A música, que acompanha o personagem de Gary Cooper durante todo o filme, cria uma clima de solidão e angústia em torno de Kane, sendo de muita importância para a narrativa;
- O filme é inovador em vários pontos. Foi a primeira vez que um filme foi narrado em tempo real, foi também o precursor do western psicológico e utilizou pela primeira vez o suspense no gênero, afinal, toda hora aparece o relógio para lembrar o tempo restante e aumentar ainda mais a tensão;
- O ator Lee Van Cleef não tem um único diálogo durante todo o filme, apesar de estar muito destacado, sendo o primeiro personagem a aparecer na tela;
- John Wayne declarou uma vez que “Matar ou Morrer” foi o maior filme antiamericano já feito. Wayne estava aparentemente ofendido com o trecho do filme que mostra o xerife tirando seu distintivo do peito e o jogando fora com ar de desprezo para ele e para com a perplexa população da cidade;
- A cidade mostrada em "Matar ou Morrer" chama-se Hadleyville. Apesar de em nenhum momento do filme o nome da cidade ser dito, ele é bem visível na estação de trem mostrada no filme;
- "Matar ou Morrer" teve uma polêmica em seu elenco, a indicação de Gary Cooper, pois, apesar de ele ter ganho um Oscar por sua atuação neste filme, foi considerado velho demais para o papel, afinal, ele contava com 50 anos, trinta a mais que Grace Kelly;
- Seguido por "Matar ou Morrer 2 - A Volta de Will Kane" (High Noon Part II: The Return Of Will Kane), de 1980, feito para a TV norte-americana;
- Refilmado para a TV norte-americana como "Matar ou Morrer" (High Noon), de 2000, com o ator Tom Skerrit no papel principal;
- Este é um filme imprescindível, contribuiu para consolidar a carreira do super-star Gary Cooper, colocou em evidência a belíssima atriz Grace Kelly, que interpretou seu primeiro papel importante, e confirmou Zinnemann como um dos mais célebres cineastas do mundo. Clássico absoluto do gênero!

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High.Noon.(1952).(Dual.ENG.PTBR).DVDRip.XviD-by.Maceio.avi

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Postado originalmente por Maceió no CSTBR.ORG mais informações retiradas do MKO adicionadas pelo usuário ElWoOdBlUeS

249. O RIO DA AVENTURA (1952)

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Jim Deakins é um negociante que entra numa jornada com um grupo de homens pelo rio Missouri. O problema é que eles sofrem problemas com a hostilidade em território indígena, o que faz, pouco a pouco, eles desistirem da empreitada. Hawks deixa de lado o aspecto aventureiro da conquista do Oeste e lança um olhar sobre a amizade que une dois aventureiros.

Premiações
Indicado ao Oscar de Melhor ator Coadjuvante (Arthur Hunnicutt) e Melhor Fotografia em 1953

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The.Big.Sky.(1952)DVDRip.DivX5.avi

Sem Legendas até o Momento

248. ASSIM ESTAVA ESCRITO (1952)

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Jonathan Shields (Kirk Douglas) é um produtor de filmes de Hollywood corrupto, amoral e que está vivendo uma fase ruim em seus negócios. Neste drama em preto e branco sensacional Kirk Douglas é uma pessoa que freqüentemente considerou a indústria cinematográfica como algo para satisfazer seus próprios interesses.
A história tem seu inicio em uma reunião entre a atriz Gloria Lorrison (Lana Turner), o diretor Fred Amiel (Barry Sullivan) e o roteirista James Lee Bartlow (Dick Powell) para a assinatura de um novo projeto cinematográfico. Eles são convidados a pedido do produtor Harry Pebbel (Walter Pidgeon). Pebbel está trabalhando no estúdio principal com Jonathan Shields, estúdio esse que está em dificuldade financeira e precisa de um golpe de blockbuster para se superar e para isso ele conta com os três.
Uma sucessão de mentiras, conflitos sucederiam este encontro, mostrando o quanto brilhantes estão os atores na interpretação desta história com um enredo surpreendente, The Bad and the Beautiful ganhou cinco Prêmios da Academia de Hollywood, inclusive Melhor Enredo e a Melhor Fotografia em Preto e Branca dada a Robert Surtees em 1953.

Premiações
Venceu o Oscar de 1953 nas categorias de Melhor Atriz Coadjuvante, Melhor Figurino, Melhor Fotografia , Melhor Roteiro e Melhor Direção de Arte. Indicado ao Oscar no mesmo ano de Melhor ator (Kirk Douglas) e indicados ao Globo de Ouro para Melhor Ator Coadjuvante (Gilbert Roland) e Melhor Atriz Coadjuvante (Gloria Grahame)

Curiosidades
- O filme Swimming with Sharks de 1994 é um outro bom resultado de críticas à indústria cinematográfica. - Uma continuação feita pelo próprio Minnelli chamada "Two Weeks in Another Town", com Kirk Douglas foi lançada no ano de 1962.

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The.Bad.And.The.Beautiful.(1952).FS.DVDRip.XviD-C00LdUdE.avi

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